Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind | Review
Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind é o novo game baseado no super sentai mais famoso da TV brasileira nos anos 90. O game de ação é um beat’em up, famoso estilo pancadaria de rua, e foi desenvolvido e publicado pela Digital Eclipse, estúdio responsável por Volgarr the Viking II e Atari 50: The Anniversary Celebration, e será lançado dia 10 de dezembro para PC e consoles.
Em Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind, os Power Rangers enfrentam uma reencarnação robótica de sua arqui-inimiga, a Robô-Rita, que criou um portal para viajar no tempo, a fim de formar uma aliança com Rita Repulsa, para impedir que os Power Rangers se juntem. O game promete trazer visual clássico dos anos 90 com pixel-art desenhada à mão, inimigos extraídos de diferentes temporadas do programa de TV, jogabilidade cheia de ação com sequências de tiro e direção no estilo arcade, suporte off-line e on-line para até 5 jogadores, além da possibilidade de pilotar todos os Dinozords originais.
Mas e aí, ficou animado e quer saber como o novo beat’em up dos Power Ranger ficou no PlayStation 5? Pois, bora dar aquela pausa de cinco minutinhos para preparar aquele coado quentinho, procura aquela quatro queijos que ficou desde sábado escondida na geladeira, e vem conferir comigo nessa empolgante análise do Pizza Fria!
Um confronto futurístico, no passado
A trama de Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind é bem simples, mas extremamente divertida: uma versão robótica da famosa inimiga de longa data Rita Repulsa, conjurou um portal para voltar no tempo a fim de derrotar finalmente, os Power Rangers, formando uma aliança com a sua versão mais jovem. Porém, diferente da vilã, os Rangers do futuro não puderam voltar ao passado, evitando que haja um colapso na linha do tempo, deixando a esperança da humanidade, nas mãos dos Rangers do passado.
Trabalhando juntas, Robo-Rita e Rita Repulsa rebobinam, reescrevem e remixam o passado em uma tentativa de impedir a própria formação dos Power Rangers, alternando o curso da história (e é exatamente por isso que em Rita’s Rewind você encontrará inimigos de diferentes temporadas do super sentai) invocando seu exército monstruoso para acabar de vez com os adolescentes cheios de atitudes, defensores da Alameda dos Anjos.
Pegue seu morfador e junte-se a Zordon e Alpha nessa nova aventura clássica, destrua as minas de cristal da Rita, defenda a Alameda dos Anjos e aproveite para dar um pulinho no bar do Ernie, faça uma pausa para se divertir nos fliperamas, e reveja personagens como Bulk e Skull. Enfrente inimigos icônicos como Goldar, e a caveira Bones, em divertidos estágios e em diferentes perspectivas, tudo isso em um game com som extremamente contagiante.
Você terá quatro diferentes dificuldades para escolher
Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind possui um bom fator replay, com recursos pós game e quatro diferentes níveis de dificuldade, sendo o último deles, desbloqueado logo após o término do jogo no modo difícil. Tendo dito, para os jogadores mais casuais e que não estão muito acostumados com jogos do gênero beat’em up, o Easy, que como o próprio nome sugere, é o modo de jogo mais fácil, entrega uma campanha mais casual com inimigos fáceis e continues ilimitados, ideal para quem quer curtir a história.
Já o modo balanceado é o normal, que entrega uma dificuldade justa, contendo um total de 10 continues para você finalizar o jogo e inimigos mais espertos e fortes. O Hard é o modo difícil, com inimigos ainda mais poderosos e te entregando apenas 5 continues para concluir o game. Por fim, termine o jogo e libere o modo Headache, esse sim é para os veteranos em busca de desafio, aquele modo que vai realmente te dar uma dorzinha brava de cabeça, entregando inimigos extremamente fortes e mais inteligentes.
O clássico nunca sai de moda
Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind realmente nos entrega aquela crocante jogabilidade clássica dos beat’em up, com personagens que se movem da esquerda para a direita, tendo uma certa profundidade nos cenários, onde você poderá também se locomover para cima ou baixo sentando a lenha nas hordas de inimigos que vierem pela frente. Dito isso, os controles aqui são simples e bem responsivos, os poderosos Power Rangers além de saltar, podem usar um salto duplo no ar, correr, desviar dos ataques inimigos, atacar em diferentes direções, fazer sequências de golpes com socos, chutes, até mesmo armas e usando seus golpes especiais.
E algo que considero a cereja do bolo no novo game de pancadaria com os Rangers, foi a implementação de diferentes jogabilidades, passamos por estágios onde pilotamos motos, e controlamos os poderosos Dinozords, progredindo com a jogabilidade ao estilo rail shooter, bem como o clássico do Sega Saturn, Panzer Dragoon, ou o próprio Star Fox do SNES que utilizada o poderoso chip gráfico Super FX, onde você controla a mira enquanto atira em todas as direções da tela, escapando dos tiros e obstáculos para esquerda, direita ou saltando com seu robô gigante.
Além dessas, temos um belíssimo modo em primeira pessoa usando o poderoso Megazord, sim, meus caros jogadores, em Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind, lutamos contra os inimigos gigantes enfeitiçados pelo bastão mágico da nefasta vilã, Rita Repulsa, com a visão de dentro do cockpit do poderoso robô dinossauro, desferindo socos, e desviando de ataques, bem como nos episódios do super sentai, enquanto toca aquela empolgante e clássica música “GO GO POWER RANGERS!!!!” no fundo, tudo isso em um belíssimo trabalho de pixel-art e com mecânicas simples, mas extremamente bem feitas e divertidas.
Juice Bar, o Bar do Ernie na Alameda dos Anjos
E não é só de luta que se vivem os Rangers. Em Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind, podemos visitar o clássico Juice Bar, ou Bar do Ernie como conhecemos aqui no Brasil, é nele que encontraremos personagens como a dupla Bulk e Skull, o próprio Ernie, e outros personagens que salvamos durante a jornada.
Essa também é a área onde você poderá verificar os colecionáveis, um painel na parte superior escrito view mementos te mostra quais dos 20 coletáveis foram pegos e com direito a uma breve história em cada um deles. Além disso, à medida que você progride na história, novos minigames são liberados, sim, os três fliperamas que estão fora de serviço no início contém jogos realmente jogáveis.
No Drive Bomber, você controla um carro vermelho que deve desviar de outros carros e chegar ao seu destino antes do tempo acabar, atirando bombas nos carros adversários, Karate Chopshop, em que você deve pressionar o botão no momento certo com os próprios punhos para destruir de caixas de ovos a peças de linguiça e impressoras a laser, e por fim, o Nanopilot, onde você controla uma nave que deve defender quatro células espalhadas pelo mapa, evitando os ataques de vírus.
Audiovisual de Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind
Rita’s Rewind é um game simples, e lembra bastante o clássico Mighty Morphin Power Rangers do Super Nintendo, mas com adição a belíssimas cenas pixeladas com perspectiva em 3D, e meus amigos, tudo aqui ficou extremamente belo, da paleta de cores, aos filtros de tela, dos personagens, aos inimigos e as animações.
E para deixar a experiência ainda mais nostálgica, Rita’s Rewind conta com 4 diferentes tipos de filtros, de início, você pode deixá-los desligado, caso curta a experiência mais moderna mesmo, o CRT 1 remete às scanlines horizontais das TVs antigas de tubo com a tela arredondada, enquanto o CRT 2, os tubões de tela plana. O 720P como o próprio nome sugere, mantém as scanlines, mas com resolução à 720 pixels enquanto o Telescope, o meu favorito, é o mais retrô de todos eles e simula a telona de um fliperama.
Já as músicas, meus amigos, sem dúvidas alguma são outro show à parte, compostas pelo compositor musical Sean Bialo, conhecido como ComicGem, responsável também pela trilha sonora de grandes jogos como Double Dragon Gaiden, Penny’s Big Breakaway e Teenage Mutants Turtle: Shredder’s Revenge. Com um repertório de desses, acredito que vocês já consigam ter uma noção da excelente qualidade do que está presente no jogo.
Vale a pena jogar Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind?
Meus amigos, sem dúvidas alguma, Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind vale cada centavo investido e cada minuto jogado. O game é lindo e extremamente divertido, as diferentes mecânicas que alternam entre as fases tornam o jogo ainda mais atrativo e menos repetitivo, problema que acontece em uma boa parte dos jogos do gênero, as músicas empolgantes, os inimigos, personagens e cenários extremamente bem construídos, e as divertidas lutas nos cockpits do Megazord, tudo isso é um convite para horas e horas de diversão.
Além disso, Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind possui alguns elementos que irão estender ainda mais suas horas de diversão, contendo um personagem desbloqueável no pós game, assim como a adição de um modo de jogo ainda mais difícil, e para os caçadores de Speed Run, vocês poderão se divertir no modo bônus. Ah, e além de tudo isso, o game contará com modo multi jogador, tanto local, que já estava disponível, quanto online, que não pude testar, pois será lançado junto do game. De negativo, faltaram as legendas em português do Brasil.
Mighty Morphin Power Rangers: Rita’s Rewind chega no dia 10 de dezembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC, via Steam, e Nintendo Switch.
*Review elaborada no PlayStation 5, com código fornecido pela Digital Eclipse.