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Symphony of War: The Nephilim Saga | Review

Symphony of War: The Nephilim Saga é um RPG tático em turnos, desenvolvido pela Dancing Dragon Games para PC, via Steam. Inspirado por clássicos como Fire Emblem e Tactics Ogre (ao que parece aos meus olhos cansados de jogar por horas), o titulo nos joga no meio do conflito que assola o mundo de Tahnra. Nossa história começa no reino de Veridia, recém saído de uma guerra de sucessão e em vias de entrar em outra. Lugar amável, não?

Será que este jogo eletrônico vale nosso precioso tempo? Seja ele em minutos ou em muito suados dinheiros? É o que veremos agora, em mais uma análise do Pizza Fria!

Sinfonia da destruição

Ohoho, leitor. Estou sentindo aquela velha sensação novamente. Uma sensação confortante, quase aconchegante. Isso só pode significar duas coisas: ou que minhas alergias irão atacar novamente (cortesia de nosso tempo cada vez mais instável), ou que estou prestes a falar de algum jogo dentro de um de meus (relativamente) poucos gêneros favoritos. Conseguem adivinhar qual é o caso?

Curiosamente, são os dois. Posso jurar ter visto uma pessoa andando e parando, de forma constante, em frente a porta de minha casa. Deixando um código em minha caixinha de correio, apontando para mim, e andando novamente, sempre adiante. Pois vejam bem, alguns podem dizer que foi uma alucinação causada por uma inflamação terrível de minhas vias aéreas, a febre ou os antialérgicos.

Mas não é nada disso, cara leitora. A realidade é que um bom samaritano, que curiosamente parece se movimentar em turnos, nos proporcionou a experiência do jogo que falaremos hoje: Symphony of War: The Nephilim Saga. Devo admitir que, logo de cara, fiquei atraído pelas vibes de Tactics Ogre (quem se lembra?) e Fire Emblem.

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Diablo, é você? (Imagem: Divulgação)

Agora, comecemos falando um pouco sobre o pano de fundo para toda essa aventura e destruição. Symphony of War: The Nephilim Saga conta a novela que se passa no mundo de Tahnra. Nosso personagem, o qual escolhemos no começo, se chama Devoa. Nosso querido é um recém formado da academia militar, que se vê envolvido em um conflito contra um general rebelde do reino de Veridia, sua terra natal.

O que começa como um embate de interesses locais acaba se desenvolvendo em um conflito muito maior, envolvendo todo o mundo e muito mais do que simples questões de sucessões, reinados ou políticas. Claro, tudo isso é jogado no caldeirão da história de Symphony of War: The Nephilim Saga, mas ela não segue nessa linha por todo tempo.

Devo dizer que gostei do que vi aqui, apesar de ter um leve impressão de já ter visto algo parecido em algum lugar. Como falei, senti que Fire Emblem foi uma grande inspiração para o título, em vários pontos diferentes. A história foi um deles. Mas vejam bem, as idas e vindas da vida de Devoa me interessaram o suficiente para ver a obra até o final, então podemos pensar que foi um positivo e cumpriu o que se propunha a fazer.

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Veridia, a terra das tretas constantes de Symphony of War: The Nephilim Saga. (Imagem: Divulgação)

Se você prestar atenção, leitor, verá que uma boa parte de nosso tempo com Symphony of War: The Nephilim Saga será utilizada lutando contra exércitos inimigos, deste ou outro mundo. Pensou isso? Excelente poder de observação, figura de linguagem representativa quem lê o conteúdo deste maravilhoso site! E lutar iremos, com certeza. Os combates no título se dão em turnos, com o jogador e a máquina movendo personagens e engajando em batalha um com o outro.

Olhe para o canto rapidamente, leitora. Vê aquela sombra? É a inspiração que venho falando desde cedo. As minúcias do combate lembram muito títulos como o já batido Fire Emblem ou Tactics Ogre. Nossos esquadrões são compostas por um líder e outras unidades de apoio. Quando entramos no alcance de um esquadrão inimigo podemos começar a “trocação” honesta de tapas e bolas de fogo.

Os embates de Symphony of War: The Nephilim Saga se dão de forma automática, sem nenhum comando nosso. Podemos escolher quem luta e quem atacar, mas os personagens realizam suas ações sozinhos de acordo com suas classes, de onde atacam, se foram emboscadas ou não, entre outros. Aliás, outro ponto positivo para o título. Temos muitos fatores para levar em conta, e isso serve como um bom tempero para o que, de outra forma, poderia ser um prato um tanto quanto sem gosto.

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Hora de ver o bicho pegar. (Imagem: Reprodução)

A segunda parte, e a mais interessante em minha opinião, do ciclo de jogo de Symphony of War: The Nephilim Saga gira em torno da customização de esquadrões e tropas. Toda unidade tem um classe, que pode ser evoluída conforme se ganha experiência (para níveis) e CP (para classes). Por exemplo, uma curandeira pode começar, humildemente, com a classe médica. Mas, não quer dizer que precise ficar nela para sempre.

Ao chegar em um determinado nível podemos evoluí-la para sacerdotisa, por exemplo, para curas mais fortes. Ou acolita, para uma cura menor com um potencial de defesa maior. Disso, podemos ter templárias ou paladinas. Fora isso, temos guerreiros que podem se tornar sentinelas com defesas absurdas, cavaleiros que batem duas vezes, fuzileiros, tropas aa cavalo. Enfim, as opções são excepcionais.

Achei interessante o ato de evoluir tropas e juntar em um esquadrão forte, pronto para qualquer situação. E, depois, vê-lo quebrar tudo em um dos mais de 30 estágios que compõe a campanha principal. Ter a satisfação de presenciar meu esquadrão de magos explodir a oposição me deu uma alegria que não tenho sempre. Sensacional!

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A parte mais divertida. (Fonte: Divulgação)

Sons e visuais

Symphony of War: The Nephilim Saga manda aquele visual pixelado, já conhecido de todos que apreciam esses títulos indies. Eu achei agradável, até, com boas animações e cores. Mas duas coisas me incomodaram. Primeiro, que a resolução parece um pouco estranha, mesmo quando está em um aspecto mais alto. Isso atrapalha um pouco a leitura. E, segundo, as ilustrações. Algumas são bem interessantes, mas muitas parecem genéricas e pouco inspiradas.

A trilha sonora é boa, com músicas que acentuam bem os momentos de combate normal, de desespero e das guinadas mais loucas da história. Os sons de combate, e afins, também são bons. Cavalos soam como cavalos, canhões como canhões e dragões cuspidores de fogo como a ameaça que são. Curti, e não tenho do que reclamar.

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Algumas artes são melhores que as outras. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar Symphony of War: The Nephilim Saga?

Hora da pergunta de ouro, gente bonita. Symphony of War: The Nephilim Saga vale a pena? Bem, vamos relembrar algumas coisas. O título tem um trama de fantasia com voltas e reviravoltas, com personagens interessantes (ainda que levemente clichês) e uma trilha sonora que se encaixa bem. As artes poderiam ser melhores, e a resolução um pouco mais nítida, mas não é nada que quebre a roda da carruagem.

O combate em turnos e a customização de unidades que brilha, aqui. Podemos evoluir nossas unidades de diversas formas, com atributos e habilidades diferentes, e isso é divertido demais. Além de dar um bom nível de rejogabilidade ao título. Além disso, existem algumas mecânicas simples de relacionamento entre personagens que ajudam a dar mais uma variada na obra.

Ao fim e ao cabo, me diverti demais com Symphony of War: The Nephilim Saga. Sou um fã confesso de jogos de estratégia em turnos, admito, e essa belezinha caiu em minhas graças rapidamente. Mas, mesmo que não fosse, acredito que encontraria o suficiente para me entreter e fazer valer a jogatina da mesma forma. Bons RPGs, de turno ou não, são sua praia? Pois se forem, sugiro dar uma sacada em Symphony of War: The Nephilim Saga. Recomendo fortemente!

*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce GTX, com código fornecido pela Dancing Dragon Games.

Symphony of War: The Nephilim Saga

R$ 37,99
8.8

História

8.5/10

Jogabilidade

9.5/10

Sons e Visuais

7.5/10

Extras

9.5/10

Prós

  • História não inova, mas agrada
  • Muitas opções para customizar unidades e esquadrões
  • Entrega muito valor e tempo de jogo
  • Se inspira nos clássicos, mas faz o suficiente para se destacar

Contras

  • Algumas artes ficaram bem estranhas
  • Resolução um pouco baixa, mesmo com configurações mais altas
  • Poderia ter aquelas legendas em nossa língua

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.