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Bite The Bullet | Review

Bite the Bullet é um jogo desenvolvido pela Mega Cat Studios e publicado pela Graffiti Games, que se especializou em jogos indies. Lançado em agosto de 2020 para  PC, via Steam, Nintendo Switch e Xbox One, o título chega prometendo ser um shooter de plataforma diferente de todos os outros.

Com dois personagens principais, que são mostradas logo na entrada do jogo, Chewie ou Chewella, você vai entender o porquê dessa história na qual a gula não é pecado, em mais um review no Pizza Fria!

Bite the Bullet (BtB) traz novos conceitos de arte, porém mal trabalhado

Se vamos considerar apenas a arte na qual Bite the Bullet traz, iriamos pensar que o jogo consegue ser diferente de todos aqueles que já foram lançados no estilo, porém essa realidade se perde quando a inovação dá lugar a uma bagunça generalizada. A iluminação dos mapas acabam tornando a experiência um pouco frustrante, pois cansa o jogador facilmente. Os mapas são extremamente longos de forma desnecessária, juntando com a vontade de apresentar muito conteúdo em toda sua extensão, torna todos os conceitos muito repetitivos.

No entanto, Bite the Bullet não é um desastre, já que mostra conceitos de artes bem trabalhadas, com uma variação de monstros e cores, apesar de achar que a paleta usada poderia ter sido menos chamativa. Isso mostra que a criatividade foi um ponto positivo para o projeto. Vale destacar também é a construção da dupla de personagens principais, nas quais vão se tornando mais gordas, dependendo da forma que se joga (irei abordar isso melhor mais para frente) e isso reflete também na arte das mesmas (sim, elas vão ficando mais gordas rsrsrs).

Bite The Bullet
Os personagens em Bite The Bullet ganham peso conforme você joga (Imagem: Divulgação)

O que poderia ser simples, se tornou um ponto negativo

Falando um pouco agora da mecânica presente no game, vamos ver que ele traz muito dos jogos da franquia Metal Slug, porém, com as mudanças, o título prometia ser algo a mais. O poder de comer tudo que se vê pela frente é algo bem empolgante, mas quando a gente se depara com algo bem difícil de ser realizado, torna a experiência bem frustrante.

Para poder comer qualquer coisa, você irá precisar deixar a vida do oponente bem baixa. No jogo, é possível se alimentar de tudo: de maquinas a mutantes. Quando o adversário fica com a vida bem baixa, ele ficar atordoado. Mas, para chegar à isso, é preciso uma certa paciência e pericia, pois um tiro a mais, acaba matando e perdendo a bocada livre. Além disso, é possível utilizar um poder especial, que para se ativar, precisa comer uma certa quantidade de monstros (e dependendo do seu nível, até balas dos inimigos é possível ser comido) e carregar o poder especial.

Bite The Bullet
A apresentação de Bite The Bullet lembra alguns clássicos do gênero (Imagem: Divulgação)

Algo que pesa também, diretamente para a progressão não ser tão eficiente, é a questão dos upgrades que são disponibilizados ao final de cada fase. Bem desorganizado e pouco explicado, isso acaba tornando cansativo a progressão e as consequentes melhorias que você pode receber.

Como nem tudo é coisa ruim, Bite The Bullet possuí uma grande variedade de armas, mesmo que as sprites sejam as mesmas, os atributos e as características delas acabam influenciando de forma direta o jeito que o jogador vai encarar os oponentes. Falando um pouco da história, vale ressaltar que é um pouco confuso no início, mas que acaba sendo um pouco genérica. Não que o foco do título seja a narrativa, mas sim a proposta de gameplay.

Bite the Bullet
É necessário deixar os inimigos atordoados para poder se alimentar deles (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Bite the Bullet?

Não sei se foi principalmente pela minha expectativa, ou se pelo fraco desenvolvimento da ideia, mas foi bem frustrante a minha experiência com o jogo. A ideia de poder comer tudo que o jogo tem, sejam tiros ou monstros, trazia um conceito bem bacana. O fato de comer e engordar, tornando o personagem escolhido mais lento, também é uma sacada bem legal. Mas não basta apenas uma ideia ou conceito bom. Se isso não for bem desenvolvido, vai frustrar o jogador.

Não sei se foi questão de falta de tempo para poder desenvolver e trabalhar melhor as ideias, ou se estamos diante de mais um game afetado pela pandemia de COVID, mas os desenvolvedores poderiam rever o que deu errado e tentar lançar uma nova versão, ou talvez até atualizar e corrigir o que eles acreditam ser necessário rever.

Vale a pena destacar que Bite the Bullet está traduzido para o Português do Brasil, o que facilita a leitura da progressão e também entendimento da história. O título contou com média de 64 pontos no Metacritic em sua melhor versão.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela Graffiti Games.

Bite the Bullet

6.3

História

6.0/10

Gameplay

6.0/10

Gráficos e Sons

7.0/10

Extras

6.0/10

Prós

  • Ideia bem empolgante
  • Estilo de jogo já bem consolidado
  • Legendado em PT-BR

Contras

  • Mal desenvolvido, o que torna a experiência frustrante
  • Gráficos psicodélicos demais, o que torna confuso
  • Progressão mal elaborada

Francesco Beghelli

    Fez até o ultimo período de Sistema de Informação e entusiasta desde pequeno. Não poupa verba para melhorar seu setup e acha que a felicidade está naquele FPS ganho com o RGB novo. Fã de Final Fantasy Tatics e jogos online.