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DeathOmen | Review

Fomos convidados a experimentar DeathOmen, jogo desenvolvido pelo brasileiro Jeff Winner e publicado pela CreativeForge Games. A promessa? Uma experiência perturbadora, na qual a ambientação e o design de som não apenas causam desconforto, mas também despertam a curiosidade do jogador.

Seguindo a clássica receita dos indies voltados para terror psicológico e jumpscares, vamos para mais uma análise aqui no Pizza Fria! P.S.: Apague as luzes, verifique os cantos do quarto e não invoque nomes que possam atrair espíritos… Dito isso, simbora!

Uma narrativa enigmática e intrigante

É impossível não olhar para DeathOmen com um certo diferencial ao descobrir que seu desenvolvedor é brasileiro. Jeff Winner já havia demonstrado talento no gênero com Horror Story: Hallowseed, deixando clara sua habilidade em explorar o terror psicológico. Agora, em seu novo título, a sensação que fica ao concluir a breve jornada é de que preciso jogá-lo mais vezes para compreender completamente sua narrativa. Há camadas na história que podem passar despercebidas à primeira vista, e isso gera um misto de curiosidade e inquietação.

A trama é contada por meio de momentos de sanidade intercalados com flashbacks, que ajudam a reconstruir os eventos vividos pela protagonista. Esses elementos, combinados com os objetos e detalhes presentes no cenário, oferecem diferentes perspectivas da narrativa. No entanto, mesmo após finalizar a história, tive a impressão de que algumas peças do quebra-cabeça ainda estavam faltando.

DeathOmen
Imagem: Divulgação

Atmosfera e terror na medida certa

Mas não é só a narrativa que chama atenção. A ambientação e os jumpscares são pontos fortes de DeathOmen, e dois momentos específicos (que deixarei para vocês descobrirem) foram de tirar o fôlego – e arrancar aquele grito involuntário. A composição das cenas, com quadros, detalhes e iluminação, contribui muito para tornar a experiência desconfortante e imersiva.

O ponto negativo é a curta duração, podendo ser terminado em torno de uma hora. Isso pode ser frustrante para quem busca uma experiência mais extensa, e talvez o tamanho do jogo interfira diretamente no desenvolvimento da história, deixando a sensação de que algumas informações poderiam ter sido mais bem exploradas.

Sobre os personagens, a protagonista aparenta estar perturbada por um evento traumático do passado, e essa é a chave para sua trajetória. Já a entidade que surge ao longo do jogo levanta dúvidas: trata-se de uma pessoa real ou de uma alucinação? A incerteza só aumenta conforme analisamos os detalhes ao nosso redor. Além disso, há uma última figura enigmática na trama – e a questão que fica é: ela representa apenas o medo da protagonista ou é, de fato, uma assombração que a persegue?

DeathOmen
Imagem: Divulgação

No fim, DeathOmen entrega uma experiência curta, mas intensa, com uma atmosfera imersiva e momentos genuinamente assustadores. Mesmo sem compreender 100% da história, o jogo deixa sua marca e faz com que o jogador queira voltar para mais uma tentativa de decifrar seus mistérios.

Vale a pena comprar DeathOmen?

DeathOmen é uma experiência curta, mas intensa, que aposta no terror psicológico e em uma atmosfera imersiva para prender o jogador. Com uma narrativa fragmentada, intercalada entre sanidade e flashbacks, o título instiga a curiosidade, mas deixa algumas questões em aberto. A ambientação sombria e os jumpscares bem colocados garantem momentos de tensão genuína, embora sua curta duração possa frustrar quem busca uma experiência mais extensa. Ainda assim, o game se destaca pelo cuidado nos detalhes e pelo impacto que causa, deixando aquela vontade de revisitá-lo para tentar entender melhor seus mistérios.

DeathOmen está disponível somente para PC, via Steam, ao preço super acessível: apenas R$ 11,99 e ainda está localizado para o Brasil na interface do jogo e em suas legendas.

*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código disponibilizado pela CreativeForge Games.

DeathOmen

BRL 11,99
7.5

História

7.0/10

Gameplay

7.5/10

Gráficos e Sons

8.0/10

Extras

7.5/10

Prós

  • Atmosfera imersiva
  • Jumpscares bem colocados

Contras

  • Experiência curta
  • Amarração que deixa questões em aberto

Francesco Beghelli

    Fez até o ultimo período de Sistema de Informação e entusiasta desde pequeno. Não poupa verba para melhorar seu setup e acha que a felicidade está naquele FPS ganho com o RGB novo. Fã de Final Fantasy Tatics e jogos online.