Destroy All Humans! 2 – Reprobed | Review

Destroy All Humans! 2 foi lançado em 2006 para PlayStation 2 e Xbox, e alcançou um relativo sucesso à época. Dando sequência ao primeiro jogo, o título evoluiu diversos aspectos de sua sátira à Guerra Fria com alienígenas e mapas abertos, com visuais jocosos que lembravam até mesmo a franquia GTA. Depois do remake de Destroy All Humans, lançado em 2020, chegou a vez de Destroy All Humans! 2 – Reprobed, remake do segundo jogo, chegar ao público, também pelas mãos da Black Forest Games e publicado pela THQ Nordic.

Com lançamento previsto para a próxima terça-feira, 30, com versões para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, tivemos a oportunidade de jogar o título de forma antecipada e contar para vocês o que esperar desse clássico cult! Vem comigo em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!

A volta dos que não foram

Ao iniciar o modo história de Destroy All Humans! 2 – Reprobed, uma das primeiras mensagens que o jogador lê é que trata-se de uma cópia fiel do jogo original, e que algumas partes do jogo podem ser ofensivas para cérebros modernos. Bom, só de ler isso já dá pra imaginar que a zoeira, e o politicamente correto, passam longe da narrativa e do gameplay do jogo.

Em Destroy All Humans! 2 controlamos Crypto-138, um clone do nosso herói do jogo passado. Ambientado na década de 1960, o furon mais simpa… ranzinza da galáxia se infiltrou na humanidade de vez, e assumiu até o corpo do Presidente dos Estados Unidos! Mas, esse povo tão bobalhão foi incapaz de notar a diferença entre um humano e um furon, e Crypto governava tranquilamente o país e o mundo em meio à Guerra Fria. Mas algo não estava certo.

Os russos descobriram a interferência alienígena no governo americano e decidiram que era hora de atacar a Nave-Mãe. Assim, em um tiro certeiro e inesperado, um míssil destrói a espaçonave, e mata Pox, aquele que orientava Crypto. Pior que isso: toda cópia de DNA da Terra é evaporada. Mas, segundos antes de ser evaporado em uma explosão espacial, Pox consegue baixar sua consciência para um holograma e se ejetar da nave. Logo, a missão em Destroy All Humans! 2 é uma só: ir atrás dos russos e fazê-los pagar pelo que fizeram.

Para isso, precisamos explorar algumas regiões do planeta em busca desses agentes russos. Mas, o que encontramos, é algo muito assustador! Uma tal de Refletina está deixando os hippies de Bay City ainda mais malucos, e não só ele, tem até mutações genéticas que atacam a primeira vista. Logo, Crypto não tem outra escolha: é preciso destruir tudo o que tiver em sua frente para que as coisas retornem a normalidade e ele continue sua pacata vida em meio aos terráqueos.

A fórmula do sucesso

Destroy All Humans! 2 foi totalmente reconstruído na Unreal Engine 4 para a sua versão Reprobed, com uma evolução gráfica notável em relação ao primeiro jogo. Sem versões para a geração passada de consoles, o título foca em entregar aquilo que há de melhor no PlayStation 5 (versão testada), mas falha em alguns aspectos, que falarei mais à frente.

Mesmo assim, aquela evolução natural, já presente no remake do primeiro jogo, ficou ainda mais evidente. Se o primeiro remake tinha alguns problemas com gameplay, envolvendo controles de mira, isso foi corrigido. Mas o uso constante dos mesmos modelos de personagem segue sendo algo que incomoda. Eu encontrei o mesmo hippie em várias partes do jogo, me levou até achar que era um Furon disfarçado…

E Destroy All Humans! 2 – Reprobed segue a mesma linha do seu antecessor, fornecendo aos jogadores armas malucas e diferentes formas de eliminar os inimigos. Desde a sonda anal até o extrator cerebral, os jogadores tem um vasto arsenal à disposição para extrair DNA humano, e, claro, tirar do caminho aqueles que estão impedindo nossa calma aposentadoria na Terra.

E mantendo a característica cômica de usar capas de jornais com manchetes sensacionalistas justificando todas as maluquices que Crypto-138 faz no jogo, o game entrega momentos de diversão quando você usa a habilidade de Roubo de Corpo para iniciar uma missão e precisa conversar com os inimigos. A voz de Crypto é sempre a mesma, independente se ele assume o corpo de uma mulher ou de um homem. É engraçado demais, tanto a dublagem (em inglês), como a localizaçao foram muito bem feitas.

Panes no sistema

Testei Destroy All Humans! 2 – Reprobed em um PlayStation 5, e devo dizer que fiquei um pouco decepcionado com as opções que o jogo não me ofereceu. Isso porque não há qualquer opção de modo desempenho ou resolução, não que isso fizesse alguma diferença bruta, mas como é algo bastante usual em diferentes tipos de jogos hoje, é algo que poderia estar presente. Fora isso, em momentos em que você explode muitas coisas com o Disco Voador, é comum notar quedas na taxa de quadros.

Outra coisa que chamou bastante atenção foi que os loadings não estão otimizados para o console. Eles são rápidos se comparados com a geração passada, mas longe de ser aquilo que vemos em exclusivos ou AAA muito mais preparados para essa tecnologia. De novo, não é algo que vai atrapalhar sua experiência, mas fica o questionamento de porque não foi feito de uma forma que explorasse todo o potencial do console.

Vale a pena comprar Destroy All Humans! 2 – Reprobed?

Destroy All Humans! 2 – Reprobed é um jogo que não se leva a sério, e isso é muito bom, pois ele deixa isso bem claro a partir do primeiro momento. E, mesmo assim, é um game bem construído, com uma narrativa interessante, gráficos bonitos, gameplay divertido e muitos momentos de diversão e zoeira. O jogo ainda pode ser jogado totalmente cooperativo em modo local. Porém, algumas pessoas podem considerar o conteúdo ofensivo, mas o aviso foi dado: é uma cópia fiel de um jogo de 2006, com tudo o que isso pode significar.

Destroy All Humans! 2 – Reprobed será lançado no dia 30 de agosto de 2022 para PC, via Steam e Epic Games Store, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. 

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela THQ Nordic.

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