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Drag x Drive | Review

Relembrando os nostálgicos anos do Wii, quando os jogos exigiam movimentação real do jogador, Drag x Drive nos leva a uma quadra de basquete com uma proposta inusitada: controlar uma cadeira de rodas utilizando o sensor de movimento do Joy-Con 2. Mas será que a Nintendo conseguiu entregar mais uma experiência criativa e divertida? É isso que vamos descobrir em mais uma análise do Pizza Fria!

Muita fluidez e responsividade

Sem perder tempo com menus, Drag x Drive coloca o jogador diretamente em seu hub principal logo ao iniciar. Nos primeiros minutos, o game ensina o funcionamento da movimentação: é preciso utilizar o controle deitado e realizar movimentos em uma superfície para girar as rodas, com os Joy-Cons esquerdo e direito controlando cada roda individualmente.

Felizmente, os comandos são extremamente responsivos e mais fáceis de aprender do que o esperado. Além disso, existem movimentos extras que podem ser descobertos no menu, como o Bunny Hop. Antes das partidas, o hub — apelidado de “Parque” — oferece conteúdos adicionais, como desafios de tempo, manobras, corridas e confrontos rápidos contra bots com dificuldade selecionável. Esses modos são importantes, já que, para quem não assina o serviço online da Nintendo, eles representam as únicas opções de jogo, uma vez que não há suporte para multiplayer local de dois jogadores.

Drag x Drive
Drag x Drive marca também a primeira excelente utilização da função de sensor do console. (Imagem: Divulgação)

As partidas acontecem em formato 3×3, com duração de três minutos. Vence o time que acumular mais pontos ao final. Para roubar a bola de um adversário, basta colidir diretamente com ele. Já em posse da bola, o arremesso é feito com o movimento da mão, enquanto o passe — essencial na dinâmica — ocorre ao pressionar simultaneamente os botões L e R. O jogo é bastante generoso na precisão dos passes, permitindo trocas rápidas e com baixa margem de erro.

Com seis jogadores em uma quadra pequena e movimentações aceleradas, Drag x Drive se mantém constantemente dinâmico. Em cerca de quatro horas de jogatina no modo Dock e três no modo portátil, a performance foi estável e otimizada. Mesmo enfrentando jogadores de fora do Brasil, não houve problemas de conexão ou queda na jogabilidade.

Entre partidas, o título ainda inclui dois minijogos para todos os participantes: uma corrida simples e um desafio de quem pega a bola primeiro. Apesar de básicos, tornam-se divertidos pela presença de 12 jogadores simultâneos, resultando em momentos caóticos e engraçados.

Há também opções de customização, com capacetes e cores que contribuem para a identidade de cada jogador e adicionam diversão extra, especialmente nas telas de vitória e nos minijogos intermediários.

Drag x Drive
Passes são extremamente satisfatórios e indispensáveis durante as partidas. (Imagem: Divulgação)

Um experimento acima de tudo

A ousada proposta de Drag x Drive é bem executada em seu modo principal, mas apresenta deslizes significativos. Apesar do foco no online, a seleção de modos é bastante limitada. Doze jogadores são reunidos no “Parque” e apenas votam se desejam a presença de minijogos. As partidas são obrigatoriamente no formato 3×3, a não ser que o servidor não encontre rapidamente os 12 jogadores, priorizando então o modo 2×2. Curiosamente, essa variação torna a experiência mais focada na cooperação direta com o parceiro, mas não há opção para selecioná-la manualmente.

O fato de Drag x Drive estar restrito a esse único formato, sem a inclusão de modificadores ou itens, faz com que a jogatina se torne rapidamente um jogo puramente competitivo. Assim, perde-se parte do fator diversão, além da oportunidade de explorar melhor a movimentação do personagem com recursos criativos na jogabilidade.

Outro ponto importante é o consumo de bateria: o uso simultâneo do controle de movimento e do sensor do “mouse” gasta muita energia. É improvável que seja possível jogar por mais de uma hora sem que o aviso de bateria fraca apareça na tela.

Drag x Drive
A jogabilidade poderia ser melhor aproveitada com modificadores ou quadras alternativas. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Drag x Drive?

Fiquei verdadeiramente surpreso com o quanto a equipe por trás de Drag x Drive trabalhou em uma zona segura, já que o diretor e o produtor já estiveram envolvidos em títulos como Mario Kart e Wii Sports. Como experimento que combina controle de movimento e sensor de “mouse” do console, o jogo se mostra competente.

Apesar do conteúdo limitado, a proposta de jogabilidade é divertida, bem otimizada e diferenciada dentro do catálogo do Switch 2. Drag x Drive é altamente recomendado para entusiastas das mecânicas do console e para quem possui um grupo de amigos para aproveitar partidas em servidores privados.

Drag x Drive foi lançado no dia 14 de agosto exclusivamente para Nintendo Switch 2.

*Review elaborada com chave cedida pela Nintendo.

Drag X Drive

BRL 119,90
5.8

Gráficos

6.0/10

Performance e Conexão

9.0/10

Conteúdo

4.0/10

Longevidade

4.0/10

Prós

  • Excelente jogabilidade
  • Bom competitivo

Contras

  • Pouco conteúdo
  • Ausência de tela dividida
  • Elevado consumo de bateria