Mecha BREAK | Preview
Quem não gosta de robôs gigantes? Pois é. Agora, imagine um jogo multiplayer repleto deles. É exatamente essa a ideia de Mecha BREAK, game da Amazing Seasun Games, jogo que será lançado para PC via Steam, Xbox Series X|S e, posteriormente, para PlayStation 5. Recente, tive a oportunidade de participar de um dos testes, que me proporcionou um vislumbre de tudo o que está por vir neste jogo. Sendo assim, abordarei aqui as primeiras impressões sentidas durante a jogatina e, além disso, responderá uma grande questão: vale a pena se animar com as futuras batalhas de robôs gigantes, ou é só mais uma cópia da franquia GUNDAM? Descubra isso e muito mais aqui, em mais uma preview do Pizza Fria!
Um pano de fundo razoável
Em Mecha BREAK, por incrível que pareça, há um pano de fundo narrativo, dando um cadinho de imersão a toda a ação das partidas. Pois bem, a história acontece em um planeta Terra que já teve dias melhores. Após um colapso ecológico (tema cada vez mais comum nos jogos, vale ressaltar), a humanidade vive no meio do caos, tentando conter uma praga cristalina que infecta tudo: pessoas, bichos e até robôs. E aí entramos em ação, como pilotos da S.H.A.D.O.W., uma organização que luta para manter o pouco que ainda resta do planeta de pé. Isso é brevemente explicado em uma cutscene e no tutorial que acontece no início do jogo.
Mas é aquilo, né. Não espere lá uma campanha cinematográfica estilo RPG ou de um título single player. Porém, para um jogo multiplayer, as missões iniciais já dão um gostinho da lore e ajudam a situar o jogador no meio do tiroteio. Fora isso, dá para explorar o hangar, conversar com NPCs, ver nossos mechas de ângulos épicos e customizar tudo — um detalhe que, mesmo simples, dá um charme todo especial entre as partidas. Afinal de contas, são robôs gigantes e… customizáveis!

Tiro, porrada e bomba
O principal ponto de Mecha BREAK é o PvP frenético, com modos que vão do clássico 6v6 com controle de território, payload e variações de captura de ponto, até um modo de extração chamado Mashmak. Este modo é tipo uma mistura muito louca de Apex Legends e Titanfall (saudades, inclusive), mas com robôs maneiríssimos, tornados e outras tormentas passando no meio do mapa. Sim, tem evento climático no meio da batalha. Desde que vi isso acontecer em Battlefield 2042, confesso que adorei a ideia, trazendo uma dinâmica diferente para as partidas, indo além do mero tiroteio.
Porém, o que mais curti nessa versão prévia foi a variedade de mechas. O beta de Mecha BREAK já trouxe mais de 10 opções, cada uma com um estilo de jogo único. Desde os clássicos robôs de assalto, um mecha de suporte que fica invisível só auxiliando a turma, um sniper voador que dá tiros do alto, o tanque parrudão com metralhadoras pesadas, ao velocista que vira um jato no meio da porradaria e sai bombardeando tudo. E o melhor: respondendo uma das perguntas da introdução, apesar das inspirações óbvias, nenhum deles parece uma cópia de GUNDAM ou Evangelion. Felizmente, cada robô de Mecha BREAK tem seu estilo próprio.

Jogabilidade interessante e diversificada
Se tem uma coisa legal em Mecha BREAK é a sua jogabilidade. Pilotar os mechas é divertido e desafiador, na mesma medida. Cada mecha tem sua complexidade, mas nada que um treino no menu de testes resolva, permitindo que a gente teste cada um deles antes de comprar, conhecendo habilidades e movimentação. Aliás, a física de mobilidade dos robôs é bem fluida e dinâmica. Além disso, os efeitos do jogo são chamativos na medida certa, sem aquela encheção de linguiça. Portanto, cada tiro e pancada demonstram uma responsividade visual bem interessante para nós, jogadores e jogadoras. A HUD do jogo é bem intuitiva e o sistema de habilidades é fácil de se acostumar.
No entanto, preciso destacar a personalização: tem muita coisa para fazer. Pinturas, decalques e mods que alteram o desempenho são só algumas delas. Todavia, nem tudo são flores: os menus são meio complexos e a gente custa a pegar o jeito. Há muitas informações e, com isso, acabamos ficando meio perdidos. Agora, sobre a customização do humano que pilotará o mecha, a situação é totalmente o contrário, sendo ela extremamente limitada e genérica. Mas, na real mesmo, nós praticamente não os vemos…

O que esperar de Mecha BREAK?
Olha, se você gostar de robôs gigantes, o título já vale somente por isso. Mas se você também curte jogos multiplayer com ação frenética, pancadaria estilosa e um bom sistema de habilidades e customização, Mecha BREAK tem excelentes chances de te fisgar. Mesmo com alguns ajustes ainda por fazer, o jogo já mostra potencial. É bonito, rápido, divertido — e, convenhamos, às vezes tudo o que a gente precisa é de sair dando pancada adoidado em robôs inimigos, sem se preocupar com muita coisa. Aliás, os gráficos merecem um destaque especial, sobretudo dos robôs. Cara, que jogo esteticamente lindo! As explosões, mapas, robôs… Tudo é muito bem feito.
Porém, alguns pontos ainda incomodam e preocupam. A voz da IA que nos acompanha pode acabar ficando chata e repetitiva, sobretudo quando as habilidades demoram recarregar e a gente aperta o botão apressadamente. Além disso, vem aquele medinho do que será o sistema de loja, que ainda é uma incógnita. Sabemos bem que jogos free-to-play precisam de uma fonte de renda para se bancar, mas a gente sempre fica com aquele receio de que o game acabe virando uma máquina caça-níquel pay-to-win. Enfim… as primeira impressões desta preview de Mecha BREAK foram bem positivas, mas somente o lançamento poderá definir o que será do jogo.