Monster Hunter Stories | Review
Monster Hunter Stories é o primeiro RPG de turnos com foco narrativo da renomada série Monster Hunter, da Capcom. Lançado originalmente para o Nintendo 3DS em 2016, o jogo teve sucesso suficiente para ganhar uma sequência em 2021 nos consoles da nova geração e será relançado em 14 de junho para PlayStation 4, Nintendo Switch e PC, via Steam, oferecendo a chance para aqueles que não jogaram em dispositivos portáteis, já que o game também está disponível para Android e iOS.
Neste enredo envolvente, onde os heróis são conhecidos como Montadores de Monstros, você conviverá e criará vínculos com os monstros que antes caçava. A primeira parte da série Stories retorna totalmente dublada em japonês e inglês, com legendas em português do Brasil e novidades como um modo museu, permitindo que você ouça as músicas e veja as artes conceituais do jogo, proporcionando uma imersão ainda maior no universo de Monster Hunter Stories.
Então, ficou intrigado para saber como Monster Hunter Stories se saiu nesse retorno? Pois bem, faça uma pausa para pegar um café forte e quente para se aquecer neste frio, busque aquela pizza quatro queijos escondida na geladeira e venha conferir nesta análise selvagem do Pizza Fria!
O início de uma jornada épica
“Quando nascer a escuridão, e o Terror Sombrio se espalhar, um salvador, ao nosso chamado atenderá. Montado em um Dragão Branco, pelos céus ele voará, o miasma retrocede, antecedendo uma nova manhã, tudo graças ao Montador de monstros, o heroi Redan.”
A aventura em Monster Hunter Stories começa quando três jovens aventureiros decidem quebrar o código do caçador e se aventuram na floresta próxima à sua vila em busca de ovos de monstros. Ao descobrirem um ninho enigmático, realizam o ritual de Afinidade e, por coincidência, um ovo de Rathalos eclode, estabelecendo um vínculo especial com nosso protagonista, mesmo sem a Pedra de Afinidade, que normalmente une Montador e monstro.
Contudo, quando a paz parecia instaurada, um miasma surge e um Nargacuga, uma besta sombria, ataca a aldeia, destruindo lares, matando a mãe de Cheval, um dos amigos, e ferindo o jovem Rathalos que tentava protegê-los.
Passa-se um ano desde o ataque à Vila Hakum, que se recupera aos poucos. Retomamos o controle do nosso Montador no dia de seu Rito de Afinidade, o último passo para se tornar um Montador. Enfrente desafios e cresça em sua jornada, estabeleça laços com os monstros e parta da sua vila para explorar o vasto mundo de Monster Hunter Stories.
Os básicos de batalha para um bom montador
Como mencionado no início desta análise, Monster Hunter Stories é um RPG de batalhas por turnos. Para iniciar uma batalha, basta colidir com os pequenos monstros que perambulam pelo mapa. Até aí, nada fora do comum. No entanto, as batalhas são ligeiramente diferentes, tornando-as mais dinâmicas e menos tediosas.
Ao escolher lutar, pode-se alternar entre três tipos de ataque: o potente, o veloz e o técnico. Em um Confronto Direto com um monstro, seu ataque direto causará dano adicional. Para decidir qual tipo de ataque usar, é necessário ler os ataques do monstro, observando seus movimentos durante a batalha.
Funciona da seguinte maneira: um ataque veloz supera um ataque potente, um ataque técnico supera um veloz, e um ataque potente supera um técnico. Cada ataque e defesa tem seus pontos fortes e fracos. É essencial estudar os monstros para saber como agir em cada confronto.
Além dos ataques, todos os montadores têm habilidades especiais; por exemplo, a habilidade de encorajar, que é a primeira adquirida na aventura, não consome pontos de afinidade e aumenta o ataque de um aliado por um turno. No entanto, geralmente as habilidades requerem Carga de Afinidade para serem ativadas.
Da mesma forma, existem os ataques Monsties, que são ataques especiais dos monstrinhos e também dependem da Carga de Afinidade, que se acumula conforme atacamos nas batalhas. É possível montar nos Monstros, unindo os poderes do Montador e do Monstie. Se estiver montado e sofrer três ataques diretos de um monstro, você cairá do seu Monstie; mas se conseguir acertar e derrubá-lo, poderá executar as potentes Habilidades de Afinidade.
Por último, mas não menos importante, em relação aos itens usados em batalhas, é crucial usar apenas os que estão na bolsa de batalha. Verifique sempre no menu do acampamento e organize seus itens na bolsa de combate, que pode conter até dez tipos diferentes de itens.
Um modo museu carregado de conteúdo extra
A versão mais recente de Monster Hunter Stories traz uma deliciosa novidade: um modo museu cheio de conteúdos extras, onde é possível admirar ilustrações e ouvir músicas. Contudo, é altamente recomendado que se finalize o jogo antes de explorar esse modo para evitar spoilers inesperados.
O menu do modo museu é dividido em duas seções: ilustrações e músicas. Na seção de ilustrações, encontram-se personagens, cenários, instalações, monstros, entre outros, apresentados em artes estilo pôster, e a maioria delas inclui comentários dos desenvolvedores.
Quanto às músicas, estão organizadas por estilo em 90 faixas distintas, distribuídas em seis pastas: Despedida, Miasma Sombrio, Rito do Legado, Reunião, Dr. Manelger e Afinidade. E, para surpresa, até as músicas contam com comentários dos desenvolvedores.
Desempenho e audiovisual de Monster Hunter Stories
Não importa o que aconteça, Monster Hunter Stories roda a 60fps fixos no console mais avançado da Sony, e os tempos de carregamento entre as telas são quase imperceptíveis de tão rápidos. Em relação a bugs, travamentos ou lentidões, não encontrei problemas durante a aventura, que foi completamente estável no PlayStation 5.
Graficamente, o game é bastante satisfatório; os cenários são vibrantes e coloridos, e os personagens se destacam. Em geral, há uma paleta de cores muito agradável, com personagens expressivos e monstros bem modelados. As músicas e efeitos sonoros seguem o padrão da franquia Monster Hunter, com uma variedade que combina com cada cenário e situação.
As maiores surpresas para mim foram a inclusão de dublagem em japonês e inglês, além da manutenção do idioma original, e, principalmente, o fato de Monster Hunter Stories estar completamente localizado para o português do Brasil, com uma localização de alta qualidade. Parabéns à Capcom, que, ao contrário de outras empresas focadas apenas no lucro e que relançam jogos sem atenção aos detalhes, adicionou um modo museu detalhado e localizou o jogo para o nosso idioma com muito cuidado.
Vale a pena comprar Monster Hunter Stories?
Certamente, Monster Hunter Stories é um jogo que vale a pena, seja você um veterano do Nintendo 3DS ou um novato. O jogo foi completamente localizado para o nosso idioma, inclui um museu detalhado com comentários dos desenvolvedores, uma narrativa envolvente e um sistema de combate muito divertido.
A versão atual inclui todas as atualizações da original, com monstros como Kushala Daora, Teostra e Rajang, além de conteúdo expandido para o final do jogo e mais opções para personalização de personagens. Embora eu não tenha testado, há a possibilidade de jogar contra outros Montadores online. Com uma vasta quantidade de missões principais e secundárias no quadro de missões, o título promete muitas horas de entretenimento.
Monster Hunter Stories será relançado nesta sexta-feira, 14 de junho, para PlayStation 4 (compatível com PlayStation 5), Nintendo Switch e PC, via Steam. O título já conta com versões para Android e iOS.
*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Capcom.