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New World: Aeternum | Preview

A Amazon Games irá lançar New World: Aeternum para PC, via Steam, Xbox Series X|S e PlayStation 5, em 15 de outubro, levando finalmente o MMORPG para os consoles da nova geração. Desta forma, o jogo, que já era conhecido no PC, se expandirá, buscando trazer ainda mais jogadores para seu mundo de fantasia. Recentemente, tive a oportunidade de jogar a versão beta, sendo possível observar o que o título nos apresentará ao ser lançado. Portanto, trarei aqui minhas impressões em mais uma preview especial. Sendo assim, prepare suas armas e venha comigo desbravar esse mundo repleto de criaturas e histórias!

Bem-vindo de volta ao Novo Mundo!

Assim que começamos nossa aventura em New World: Aeternum, somos gradativamente apresentados ao seu mundo, não tendo grandes novidades diante do jogo anterior. E, confesso que gosto da proposta apresentada, repleta de criaturas, combates intensos, missões e tudo o que um MMORPG deve ter. Aliás, neste ponto, New World: Aeternum não se afasta de uma fórmula bem conhecida do gênero, que acaba tendo repetições em missões de coleta, mate x personagens, e por aí vai. Isso não é ruim de todo, mas denota uma ausência de novidade narrativas, embora os personagens que vamos conhecendo ao longo do jogo tenham seu charme, sendo muito bem dublados em português.

Na narrativa de New World: Aeternum, nós damos vida a náufragos, que desembarcam na ilha sobrenatural de Aeternum, repleta de perigos e oportunidades. O combate é baseado em habilidades e dinamismo, utilizando espadas, armas e magia para uma experiência complexa e satisfatória, seja em lutas contra criaturas amaldiçoadas ou em batalhas PvP em grande escala. Os jogadores podem personalizar totalmente a aparência e as habilidades de seus personagens, e esse ponto foi aprimorado nesta versão, que tem um sistema de transmogrificação repleto de opções.

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New World: Aeternum expandirá ainda mais seu universo de jogadores. (Imagem: Divulgação)

New World: Aeternum também segue incorporando elementos básicos, como as profissões, como pescar, fabricar ferramentas mais eficientes para extrair peles, carnes, entre outros recursos. E, com isso, é possível aprimorar suas habilidades culinárias, criar itens, armas, armaduras e munição, algo observado em outros MMORPGs, é claro, mas com um contexto bacana. Neste aspecto, o jogo soa muito como World of Warcraft, tendo um sistema de nível específico para cada uma das atividades.

Boas novas a caminho

Engana-se quem pensa que o Novo Mundo não tem algumas boas novas. New World: Aeternum foi projetado pensando especificamente nos consoles, trazendo paridade para os jogadores de console e PC, além de funcionalidades focadas no crossplay. Para jogadores de console, o jogo apresenta bloqueio de alvo e assistente de mira, além de um cursor virtual, recursos de acessibilidade e outros pontos essenciais para se jogar no controle. Contudo, minha análise é baseada na versão de PC, que eu já estava bem familiarizado. E, nesta versão, a jogabilidade é praticamente a mesma, tendo algumas melhorias bem pontuais. Aliás, resolveram alguns problemas de desempenho, o que já é algo muito bem-vindo.

Além disso, New World: Aeternum apresenta mais conteúdo para os jogadores, como sua primeira zona de combate PvP em grande escala, finalmente apresentando grandes batalhas; um desafio específico para 10 jogadores; testes solo no endgame; além de uma experiência de nivelamento aprimorada, algo essencial para manter o jogo acessível e justo. Mas não é só isso: novos arquétipos de personagem foram adicionados, trazendo ainda mais liberdade ao jogo. Fora isso, o jogo mantém a boa estrutura anterior, com menus simples e tutoriais muito úteis para os novatos.

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Os gráficos do jogo seguem sendo um bom destaque. (Imagem: Divulgação)

Os novos arquétipos predefinidos, novidade implementada nesta versão, nos possibilita escolher uma base de pontos predefinida, sendo dividida em sete: Soldado, Destruidor, Patrulheiro, Mosqueteiro, Ocultista, Místico ou Portador da Espada. Assim, podemos escolher o que melhor se adequa ao nosso estilo. No entanto, podemos variar ao ir construindo nosso personagem, redistribuindo pontos e ganhando níveis em diferentes tipos de armas, liberando assim mais habilidades.

Contudo, vale ressaltar que New World: Aeternum não terá progressão cruzada, algo que impossibilita a transferência de personagens entre as três plataformas. Porém, os novos jogadores poderão optar em ser alocados em servidores novos, onde terão mais igualdade; ou ir para os servidores já consolidados, com os jogadores de PC. No geral, as mudanças são muito bem-vindas, e a ideia de expandir Aeternum para os consoles é animadora, sobretudo se o jogo se mantiver firme nas atualizações e aprimoramentos.

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Novas missões, incursões e PvP em grande escala prometem agitar o Novo Mundo! (Imagem: Divulgação)

O que esperar de New World: Aeternum?

Com melhorias interessantes, mas com a mesma consistência do título anterior, New World: Aeternum promete unir jogadores de PC com os jogadores de console da nova geração, expandido assim a sua base de jogadores, algo que pode ser muito positivo, se a Amazon souber explorar bem. Ao recordar de minha primeira preview sobre New World, felizmente vejo que o jogo teve muitos avanços, se consolidando como um ótimo MMORPG, mesmo com algumas repetições colocadas em sua fórmula. Agora, espera-se que com a chegada de novos jogadores, New World: Aeternum consiga um pouco mais de atenção, mesmo com o seu gênero sendo engolido por outros.

Enfim, quem gosta de MMORPG e tem console, muito provavelmente gostará de ter a oportunidade de conhecer Aeternum e todas as suas belezas e variados desafios. Já para os jogadores de PC, posso afirmar que, no geral, pouquíssima coisa mudou. E isso não chega a ser um problema, pois as diversas atualizações feitas deixaram o jogo bem redondinho, mesmo nas cidades mais movimentadas, em que o PC sofria para conseguir processar tantas informações e jogadores. Agora, nos resta apenas esperar e ver como ficará este mundo com ainda mais jogadores, algo que me parece um tanto promissor, podendo dar uma nova vida ao projeto da Amazon.

*Review elaborada em um PC equipado com uma RTX, com código fornecido pela Amazon Games.

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.