The Finals | Preview
The Finals é um game que tem a premissa de entregar uma experiência inovadora no mundo dos jogos de FPS competitivo. Está é uma meta complicada, principalmente considerando a dominância no mercado de títulos como Call of Duty e Battlefield. Entretanto, admito que ao testar a beta fechada de The Finals, fiquei impressionado com alguns aspectos que a desenvolvedora apresentou. Principalmente em relação ao level design e a destruição dos cenários.
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Batalhas em um mundo virtual
Em uma primeira vista, The Finals não apresenta muitas novidades em comparação com o que já conhecemos de jogos deste gênero. Na interface inicial, podemos escolher nosso personagem, algumas classes e personalizá-la a medida que cumprimos desafios e claro, existe um passe de batalha com vários itens a serem desbloqueados. Por estarmos falando de um jogo que será gratuito, já é esperado que este fator de monetização exista. Porém, durante a beta, ele era bem limitado e ainda é cedo para avaliar como funcionará.
Na beta, o principal modo de jogo era um que se assemelha a um modo saque. Três equipes entram em confronto em um grande mapa e precisam coletar dinheiro e levar até o ponto de extração. O game tem a premissa que ambos os times adentram um mundo virtual altamente destrutivo e que o cenário irá mudar durante as batalhas.
Além disso, antes das batalhas se iniciarem, temos que escolher entre três classes, sendo que cada uma delas foca em um estilo de jogo especifico. Ataque leve, ataque pesado e médio. Meu estilo favorito foi o primeiro, pois, a classe apresenta uma habilidade em que é possível usarmos um gancho para subir em lugares altos do mapa e isto fornece uma grande vantagem durante os confrontos.
Confrontos cheios de adrenalina em mapas dinâmicos
The Finals faz um excelente trabalho ao introduzir os jogadores no campo de batalha. Na beta, o título apresentou um número limitado de mapas, entretanto, cada um deles possuía um sistema dinâmico de dia e noite e clima. Logo, as partidas sempre mudavam e não senti que estava sempre jogando a mesma coisa. Visualmente, os locais presente no jogo são bem bonitos e recorrem à iluminação via ray tracing. Na RTX 3060, consegui jogar em 1440P no alto acima de 60 FPS e tive uma experiência bem agradável e fluida.
O principal modo apresentado durante a beta de The Finals funciona bem em introduzir os jogadores na premissa, sendo que batalhar contra os inimigos pelo saque é emocionante e até mesmo desafiador. Pois, o level design do título é muito bem feito para apresentar uma grande verticalidade. Assim sendo, usando o gancho, podemos subir em prédios, entrar em várias casas e muitas vezes, as batalhas vão acontecer em vários andares diferentes. A locomoção do personagem é bem fluida e em muitos conflitos foi muito bem usar o parkour e a destruição do cenário ao meu favor para vencer o inimigo.
Por falar em destruição de cenário, este é outro ponto que o game se destaca. Ele faz jus a sua promessa e consegue entregar mapas destrutivos e que passam a sensação ao jogador que realmente estamos influenciando no rumo das batalhas. Arrisco dizer que neste aspecto, The Finals é o game que melhor faz bom uso de destruição massiva de cenários, superando até mesmo Battlefield no seu auge. Entretanto, nem todos os aspectos do game funcionam bem.
Predominância de classe e variação de armas
Um dos grandes problemas que pude sentir em The Finals é a forma que os jogadores que usam a classe leve tem uma grande vantagem competitiva. Isto ocorre porque recorrer ao gancho para chegar em pontos altos do mapa economiza muito tempo durante a locomoção e apresenta de imediato uma grande desvantagem as outras classes. Logo, no segundo dia de beta, já foi possível notar o quanto está classe está dominando as partidas e jogar com outras alternativas deixava o time imediatamente com poucas chances de vitória. Logo, acredito que se preciso um melhor balanceamento neste aspecto.
Além disso, o gun play do título deixa a desejar. Embora tenhamos acesso a snipers, metralhadoras e até pistolas, elas falham em transmitir uma sensação única ao jogador. Durante o meu gameplay, tive a sensação de que estava sempre atirando com as mesmas armas e que elas não causavam muito impacto nos inimigos. O balanceamento também é um fator que pode melhorar, pois, a predominância das metralhadoras era muito grande nos confrontos, justamente por elas serem mais leves e fornecerem vantagem na movimentação.
O game precisa de mais modos de jogo
Durante a beta, o principal modo disponível funcionava da seguinte maneira: três equipes precisam lutar entre si e coletar saques de dinheiro em uma parte específica do mapa e depois levar até o local de extração. Ambas as ações levam um tempo, sendo que a equipe precisa sobreviver um determinado período para a extração poder ser feita. Estes são os momentos em que os confronto se tornam mais ativos e temos todas as equipes em confrontos diretos para tentar ser o vencedor. Além disso, sempre que um companheiro de equipe morre, um companheiro pode reviver por meio de um token que fica presente no local da morte ou o jogador deve esperar alguns segundos para voltar ao jogo.
Embora esta modalidade em The Finals seja bem divertida inicialmente, fica evidente que não será o suficiente para o game se manter em destaque por muito tempo no lançamento. Claro, vivemos em tempos em que os grandes nomes do gênero não tem tanta força em comparação ao passado, o que está abrindo a oportunidade para competidores surgirem. Logo, se The Finals realmente quiser se destacar, será preciso mais variedade.
O que esperar de The Finals?
The Finals apresenta uma proposta promissora e consegue se destacar em uma série de fatores. A movimentação dos personagens é rápida e fluida, o level design é bem feito e o jogo realmente impressiona com a destruição de cenário. Entretanto, alguns pontos negativos como a pouca variedade de modos e o gun play problemático são aspectos que podem se tornar problemas sérios e determinantes a longo prazo se a desenvolvedora não der atenção a estes fatores.
The Finals está sendo desenvolvido pela Embark Studios e chegará em breve para PC, via Steam, de forma gratuita.
*Preview elaborado em um PC equipado com uma Geforce RTX, com código fornecido pela Embark Studios.