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The Quarry | Review

The Quarry é o novo jogo de terror desenvolvido pela Supermassive Games, mesma desenvolvedora de jogos como Until Dawn e a antologia The Dark Pictures. Lançado no último dia 10 de junho de 2022, e voltado para os amantes de mistérios e eventos sobrenaturais, o game promete ser uma grande narrativa de horror, com um elenco recheado de atores experientes em filmes do gênero. The Quarry chega para os consoles PlayStation 4 e 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC.

Será que vamos ser conduzidos por um caminho sem volta nessa história, composta por nove monitores de um acampamento, onde teremos que mostrar a capacidade de manter todos vivos (ou não) e desvendar o que ronda na pacata Hackett’s Quarry. Dito isso, coloque as pilhas na lanterna, pegue sua bag de acampar e seus suprimentos de sobrevivência e vamos desbravar esses eventos sobrenaturais juntos em mais um review no nosso Pizza Fria!

The Quarry é imersivo, porém não traz dificuldades

A Supermassive Games acertou ao trazer para o elenco de The Quarry um grupo de atores já experientes em filmes de terror e suspense, unindo isso a uma boa narrativa. Não teríamos problemas para dizer que o jogo tem esse grande ponto positivo. A história abordada no jogo busca elementos que envolvam o jogador em pequenos detalhes, sejam eles pelas características das personagens ou ainda pelas situações enfrentadas por eles. As decisões que aparecem durante a história são uma incógnita, pois não dá pra saber ao certo quais são aqueles determinantes para a sobrevivência ou não das personagens e quais deles vão mudar o rumo da história traçada.

Falando um pouco mais da história, ela é dividida em capítulos onde conhecemos um pouco melhor os monitores do acampamento e também toda a atmosfera que envolve os ocorridos. Logo no prólogo, já somos surpreendidos pelo que vem pela frente, gráficos interessantes, história intrigante e mistérios a serem resolvidos.

The Quarry
David Arquette, de Pânico, está em The Quarry (Imagem: Divulgação)

Uma pena que as coisas nem sempre são tão boas como parecem. The Quarry apesar de começar com essa pegada de alucinante, as coisas demoram um pouco pra engrenar, e quando engrenam, não é sempre que conseguem nos surpreender. Algumas escolhas trazem consequências óbvias, o que podem acabar quebrando um pouco da imersão. Mas, se você for um aficionado por jogos do gênero, pode acabar deixando esses momentos passarem batido.

Durante o passar do tempo, algumas pistas e evidências serão apresentadas e poderão ser utilizadas para melhorar a narrativa, mas perder alguma coisa, não impede de terminar o jogo e para algumas pessoas, isso é algo que deveria ter sido levado em consideração (ser possível terminar o jogo sem pegar as pistas e salvar a todos).

Durante as partes de mais frenesie, poderão surgir os famosos Quick Time Events, porém, diferentemente do que pode ser esperar, as ações são mais fáceis do que era de se esperar e acabam diminuindo a dificuldade do jogo, fazendo oposição ao primeiro jogo da desenvolvedora – Until Dawn, que possuía QTEs bem desafiadores e que poderiam mudar completamente o rumo do jogo, tornando o momento ainda mais difícil. Vale citar também, que dependendo da versão adquirida do jogo, será possível rever algumas ações que prejudicaram a boa trajetória, fazendo um rollback e sendo possível trocar a opção escolhida.

Qualidade técnica superior aos seus predecessores

Quanto aos aspectos de qualidade gráfica, o jogo consegue ser bem superior aos seus predecessores, trazendo uma qualidade física as personagens que acaba diferenciando cada uma delas, seja pela forma de andar ou pela forma de ser expressar, sendo essa uma das poucas coisas que o jogo peca, seja por alguns momentos parecer que a personagem estar em deslocada (transmitindo uma expressão diferente do que o momento sugere) ou por algumas movimentações errôneas.

A parte de sons e trilha sonora, assim como já era de se esperar, os momentos mais calmos, o jogo traz músicas que quase se misturam com os movimentos das personagens, mas quando as coisas começam a esquentar, a trilha também trata de deixar as coisas mais interessantes ao ponto de quase confundir o jogador de se tratar de alguma ação ou ser apenas a trilha sonora.

The Quarry
Um grupo de jovens reunidos. Clássica cena de terror americano (Imagem: Divulgação)

O conjunto da obra deixa a desejar

O que era pra ser uma obra prima em The Quarry, acaba se tornando apenas mais um jogo do estilo de terror sem nenhuma novidade que faça se destacar, pois qualquer empolgação pela narrativa inicialmente interessante, com o passar do tempo, pode se tornar o mais do mesmo, sem uma profundidade ou deixar de explorar algumas ideias colocadas, como algumas habilidades de certas personagens ou até mesmo, personalidade dos “vilões”.

Outro problema que foi um ponto baixo do jogo, foi aquela sensação de que houve algumas facilidades para que as coisas transcorressem como os criadores desejavam, por exemplo do fato de que algumas pessoas já sabiam dos rumores do que poderia estar ocorrendo durante a história e outras já sabiam dos problemas e nenhumas delas falavam sobre isso, o que poderia ter mudado o curso da história.

Apesar do que foi dito, o jogo não deixa de ser complexo, cheio de ramificações e opções para tornar bem diverso o que pode ser vivido pelo jogador que decidir desbravar e optar por respostas não convencionais, podendo desfrutar de finais e momentos diferentes durante a história.

The Quarry
O ambiente em The Quarry é escuro, mas vai ao encontro da proposta (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar The Quarry?

The Quarry é um bom jogo de terror narrativo, com uma boa história, mas não espere algo inovador ou que faça você jogar diversas vezes para descobrir tudo que pode ser encontrado ou vivido. Uma opção para maratonar durante um final de semana e ter um bom conteúdo para discutir depois com os amigos, que também gostem de jogos do gênero. Vale ressaltar que se os desenvolvedores trabalhassem um pouco mais o jogo e desenvolvesse também as personagens e suas histórias/características, The Quarry provavelmente teria sido mais bem recebido pela crítica de jogos.

Disponível totalmente em português, The Quarry pode ser adquirido para Xbox One, Xbox Series X|S, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC, via Nuuvem, com versões a partir de R$ 349,90. Dito isso, recomendo a todos que gostariam de jogar, esperar uma promoção para comprar, pois o preço base está bem salgado.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela Nuuvem.

The Quarry

+ R$ 349,90
7.8

Jogabilidade

7.8/10

Gráficos e Sons

8.5/10

História

7.0/10

Extras

8.0/10

Prós

  • Bons Gráficos
  • Elenco de atores de ótima qualidade
  • Boa ambientação

Contras

  • Personagens mal explorado
  • Falta de novos recursos
  • Quick Time Events simples demais

Francesco Beghelli

    Fez até o ultimo período de Sistema de Informação e entusiasta desde pequeno. Não poupa verba para melhorar seu setup e acha que a felicidade está naquele FPS ganho com o RGB novo. Fã de Final Fantasy Tatics e jogos online.