Two Point Museum | Preview
Viver e gerenciar parece ser uma baita experiência, certo? E a Two Point Studios e a SEGA trazem em Two Point Museum esta oportunidade única, com aquela típica pegada irônica muito bem utilizada pela franquia. A ideia do jogo, que será lançado para PC via Steam, Xbox Series X|S e PlayStation 5, nos coloca na liderança de um museu, tendo a tarefa de criar o maior burburinho possível (sim, é esse o termo usado pelo jogo), além de organizar expedições em busca de diversas novidades.
No entanto, será que a franquia apresenta novidades sólidas, ou mantém um padrão diante dos outros títulos. Nesta preview, feita em uma build em desenvolvimento, pudemos ver um bocado do que esperar. Portanto, pegue seu ingresso e venha comigo!
Muito mais do que um curador
A ideia de Two Point Museum é a de nos colocar como verdadeiros curadores. No entanto, exercemos muito mais do que isso. Para além da curadoria, temos que gerenciar todas as minúcias do museu, que vão de questões estéticas a até mesmo ao controle de expedições em busca de novas peças. Aliás, este talvez seja o grande diferencial do título, algo que nos desafia a ir em busca de novidades. Porém, vale ressaltar que parece uma espécie de loot box de fósseis e outras coisas, mas isso não atrapalha, deixando o destino do museu a um certo acaso.
Com as peças encontradas, vamos gerando burburinho para o museu atrair milhares de visitantes, todos em busca de muito conhecimento. Para isso, temos que garantir entretenimento informativo e peças que saltem aos olhos de cada um deles. Mas não pense que é só isso: temos que gerir toda a equipe responsável pela manutenção das peças, do museu, da faxina e tudo mais. É um verdadeiro trabalho de gestão, mas com toda aquela ironia típica da Two Point. Inclusive, a narradora é a mesma, e faz questão de mencionar que “ela não é ela”. Esse é o tipo de piada besta que te arranca uma risada no meio de todo o processo do jogo.
Concluindo esta parte, somos verdadeiros “faz-tudo” em Two Point Museum. E isso não é uma tarefa árdua ou exaustiva. É divertido, do jeito que a Two Point faz em seus outros jogos. A propósito, a jogabilidade se assimila, facilitando bastante o processo de aprendizado. Sou suspeito para falar, pois fico horas e horas jogando e acabo nem percebendo. Desde jogos clássicos como Roller Coaster Tycoon, sempre adorei essa dinâmica, que não nos força a fazer coisas absurdas, dando objetivos plausíveis, nos desafiando na medida certa.
O recurso mapa-múndi
Como dito acima, o grande recurso de Two Point Museum é o mapa-múndi. Nele, mandamos nossos exploradores se aventurarem em diversas áreas desconhecidas e perigosas, indo em busca de relíquias bem inusitadas, com diferentes níveis de raridade. Com isso, somos obrigados a ir ajustando o layout de nosso museu para comportar as novidades. Assim, entre novidades e coisas mais antigas, Two Point Museum nos obriga a tornar o museu em um organismo vivo e em constante modificação.
Com isso, você terá como objetivo transformar seu megamuseu no mais visitado do condado de Two Point. Porém, você precisará gerenciar bem as suas equipes de expedição, calculando riscos e, inclusive, o aspecto financeiro, que é essencial para que seu negócio sobreviva. E para angariar fundos, você poderá aumentar o preço do ingresso, criar lojas de souvenir e até mesmo cativar os visitantes a doarem para o museu. Sendo assim, é considerável o impacto do mapa-múndi na jogabilidade de Two Point Museum, sendo uma excelente adição para a franquia, totalmente condizente com a ideia do jogo.
Gráficos e sons
Os gráficos de Two Point Museum são muito similares aos dos outros jogos, sendo excelentes para a proposta do jogo, tendo um tom meio cartunesco e engraçado. Ao aproximarmos a câmera, conseguimos ver diversos detalhes nas pessoas e itens do museu, o que é bem legal de ir acompanhando. Por conta disso, percebemos que o jogo é bem vivo, transmitindo toda a sensação do que é um museu. Já a parte sonora, é muito interessante que a franquia Two Point traz sua característica narradora, trazendo fatos curiosos, piadas engraçadas e muita ironia.
Assim, o jogo consegue trazer perfeitamente a ideia de recriar um museu, de maneira divertida e bem simples. Para quem quer passar um bom tempo distraído, cuidando de aspectos como ornamentação e gerenciamento, Two Point Museum é o jogo ideal, sendo leve, divertido e muito fácil de aprender. Por fim, o desempenho desta build antecipada não apresentou problemas de desempenho ou bugs, rodando perfeitamente bem, algo muito positivo para a chegada da versão final.
O que esperar de Two Point Museum?
Se eu fosse definir Two Point Museum em uma única palavra, eu diria: simples. No entanto, ao contrário do que possa parecer, isso não é ruim. Muito pelo contrário. A simplicidade do jogo o torna em uma excelente opção para passar o tempo e se divertir sem estresse. E, em meio a tantos jogos competitivos, soulslikes e outros gêneros mais agitados, que acabam mais nos estressando do que divertindo. E, nesta build, foi possível ter uma boa dimensão do jogo, que promete trazer uma grande variedade de ambientes e temáticas para os nossos museus.
Portanto, se você gosta de gerenciamento, piadas e construir coisas, Two Point Museum será ideal para você passar horas e horas se distraindo. E creio que o melhor ainda está por vir. Agora, se você quiser algo muito desafiador e extremamente detalhado, esta não é a proposta que o jogo traz. Aliás, a ideia dele é ser totalmente o contrário, fugindo daquela ideia de simulação.
*Preview elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela SEGA.