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WWE 2K25 | Review

WWE 2K25 é o mais novo jogo de wrasslin‘ da World Wrestling Entertainment, uma das maiores empresas de luta livre dessa bola flutuante que chamamos de mundo. Desenvolvido pela Visual Concepts e publicado pela 2K, o título deste ano chega com algumas novidades e melhorias para a fórmula dessa franquia que vem nos agraciando já a tanto tempo.

E aí, será que deu bom? É o que saberemos agora, em mais uma review phenomenal do Pizza Fria!

Dois passos para frente, um para trás

É chegada a hora de nosso momento de lutadores livres do ano, Pizza Universe! Assim como manda a tradição, é hora de escolhermos (ou criarmos) nossos superstars, prepararmos nossa roupa mais chamativa, afiarmos nossos discursos para, então, entrar no ringue e dominar a competição. E já não era sem tempo, não é mesmo?

Entrando pelo lado direito, vindo diretamente de meu HD e pesando 103 GB, temos WWE 2K25. Uma salva de palmas virtuais, por favor! Do outro, temos 12 meses de expectativas e sonhos que criei em minha mente, em muito aumentados pelas novas promessas feitas para a edição deste ano. Fazer o que, não é mesmo? Fãs de telecatch são assim.

Falando sério agora, admito que fiquei intrigado com o que li sobre as possíveis melhorias e avanços nas mecânicas da franquia de agora em diante. E, apesar de eu não ser lá tão fã da Bloodline, também me interessei por conhecer mais sobre uma das famílias mais tradicionais do esporte, além da trajetória de seus lutadores. Muitas expectativas, não é mesmo? Mas, será que deu bom? É o que saberemos agora.

WWE 2K25
Junta a galera, é hora da review. (Imagem: Divulgação)

História

O modo história de WWE 2K25, o MyRise, gira em torno da luta de um personagem que criamos contra uma nova facção chamada Mutiny, criada por lutadores e lutadoras que vieram da NXT e desejam mudar a forma que a empresa enxerga a marca. É uma narrativa bem boba e divertida, com algumas reviravoltas e caminhos que bifurcam de acordo com algumas decisões que tomamos.

Além disso, ela une o que antigamente era dividido entre protagonistas femininos e masculinos, reforçando a mentalidade deste ano de promover lutas intersexo. Eu achei ele bem construído e interessante, com uma boa quantidade de conteúdo a ser explorado e um fator de rejogabilidade maior do que o que tínhamos nos últimos anos.

Além disso, o modo Showcase de WWE 2K25 se foca na jornada das famílias Samoanas mais tradicionais do esporte, cobrindo a jornada de lutadores famosos tanto das antigas quanto dos dias atuais. Após uma boa narração inicial do mano Paul Heyman, começamos a diversão revivendo a vitória de Yokozuna contra Hulk Hogan no King of the RIng de 1993. Clássico.

No geral, esses dois modos me agradaram bastante e, acredito, vão ser um prato cheio tanto para os fãs das storylines viajadas que temos nos modos MyRise quanto aqueles que querem aprender mais sobre a história da WWE, principalmente se forem fãs do pessoal do Bloodline e de seus familiares. Tudo considerado, é um aspecto bem sólido do título.

WWE 2K25
A lenda. (Imagem: Divulgação)

Gameplay

O coração da jogabilidade de WWE 2K25 se mantém como sempre. Logo, lutamos com uma quantidade bem grande de lutadores, utilizando golpes, agarres, submissões e pins para vencer nossas partidas. Cada lutador se enquadra em uma classe que favorece um estilo de jogo diferente, como mais golpes aéreos, melhor técnica para submissões, e por aí vai.

Também temos muitos modos de customização para criarmos personagens, nossos golpes, entradas, e por aí vai. Como o jogo é anual e vem sendo construído em cima de bases sólidas, vou gastar mais do meu tempo conversando sobre as novidades que tivemos esse ano. Afinal, em jogos anuais como esse, acredito ser o que realmente importa.

Uma das primeiras novidades de WWE 2K25 é o retorno do chain wrestling, uma mecânica que está ausente faz uns aninhos. Ela simula aquela velha técnica que os lutadores usam de ficarem engalfinhados tentando dominar o oponente e transformar o embate em algo mais interessante como um pin, submissão e por aí vai. Ele funciona através de um minigame no qual precisamos encontrar uma posição especial para o analógico e segurar antes que o oponente faça o mesmo.

Também temos a volta das promos, dentro do modo de simulação Universe, nas quais nosso lutador fala besteiras para se promover ou oprimir o oponente antes da partida começar. Temos uma boa seleção de opções que, além de dar um flair maior para coisa, também serve para gerar resultados diferentes para as partidas. Algo simples, mas que adiciona variedade.

WWE 2K25
O rei das promos. (Imagem: Divulgação)

Uma das grandes novidades de WWE 2K25, além das lutas Underground e Bloodline, é a adição das lutas intersexo. Agora, todos os personagens do roster podem se enfrentar, criando uma nova gama de possibilidades e oportunidades. Isso é algo que vinha sendo pedido a tempos, e marca mais um avanço para as mecânicas da franquia e para as opções narrativas do modo MyRise.

O modo MyGM, no qual nos tornamos gerente de nosso próprio show, também recebeu melhorias. Seja gerenciando algo que criamos ou que já existe, agora podemos colocar nosso roster para lutar contra outros jogadores no mundo real. Isso é bem interessante, pois expande um estilo de jogo que, até então, era focado apenas no solo.

Por fim, WWE 2K25 também recebeu outras novidades que aprimoram o pacote como um todo. Por exemplo, temos mais opções para controle de câmera, melhorias em mingames existentes, novas possibilidades de golpes utilizando as barricadas que ficam em torno da arena, e por aí vai. São coisas que, juntas, realmente dão um toque de novo ao produto.

WWE 2K25
Seria Bayley uma GM? (Imagem: Divulgação)

Agora vem a hora do maior problema e, admito, decepção que tive com WWE 2K25: o modo The Island. A ideia por trás dele é muito boa, admito. O chefe tribal Roman Reigns decidiu, um belo dia, que ia criar uma competição em uma ilha. Logo, recebemos o chamado e respondemos! Após selecionar um personagem, dentro de alguns arquétipos, vamos até o lugar e começamos a lutar. Ou quase isso.

O modo tem uma trama própria, que é contada de forma pouco dinâmica através de imagens estáticas de lutadores que, na real, mais parecem imagens JPG. Além disso, embora seja bem construída e cheia de referências, a ilha é vazia e sem vida, e não fazemos muito além de lutar contra outros jogadores ou NPCs. Mas esse não é o problema, senhoras e senhores.

Assim como já era de costume em modos como o Faction, o Island de WWE 2K25 pega pesado com as microtransações. Ainda que a experiência para fortalecer o boneco venha do jogo, roupas e outros cosméticos são comprados com moedas virtuais que ou pagamos com nossa suada grana ou ganhamos muito lentamente jogando.

E muito disso, inclusive, pode ser usado gratuitamente nos outros modos de jogo. Realmente achei que foi uma grande bola fora de WWE 2K25, e me parece que foi uma adição puramente comercial. Para que perder meu tempo com esse modo, se tenho outros vários com PVP, usando o boneco que quero, da forma que quero, sem pagar mais por isso?

WWE 2K25
Pisou na bola, romano. (Imagem: Divulgação)

Sons e visuais

Em se tratando de visuais, WWE 2K25 é um misto. Os modelos e animações são muito bons, além de tudo relacionado às arenas, roupas de lutadores e tudo mais. Muitos deles, inclusive, parecem muito com os de carne e osso. Contudo, os cabelos seguem parecendo perucas de plástico, as animações faciais são travadas como dos jogos do início dos anos 2000 e muitas peças mais longas ainda entram nas texturas umas das outras.

Do lado sonoro, temos muitas vozes e as músicas da empresa para ouvirmos, além de uma trilha sonora com boas músicas para embalar o tempo que passamos nos menus. Embora a dublagem do modo MyRise seja meio doida, ainda achei que realizou bem o seu papel. Pena que não legendaram pra gente, não é mesmo?

WWE 2K25
Ficou bem igual, né? (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar WWE 2K25?

Até que posso dizer que me agradei de WWE 2K25 esse ano, leitores e leitoras. Apesar de uns vacilos bem vacilões, acredito que a franquia segue evoluindo e, ano após ano após o fracasso de WWE 2K20, continua se tornando cada vez melhor. Essa nova entrada é uma prova disso, muito devido ao que ela coloca de volta em seu leque de opções.

As opções de customizações seguem incríveis, o modo MyRise tem uma boa rejogabilidade, as mecânicas estão cada vez mais refinadas, o Showcase homenageia dinastias que estão em alta e a maior parte das novidades caíram bem. Contudo, os deslizes visuais continuam os mesmos ano após ano e o modo The Island deixou de ser algo legal para se tornar apenas uma outra fonte de renda.

Mas, independentemente, ainda me diverti um bocado com WWE 2K25. Fãs de luta-livre terão mais um bom ano, e acredito que todos que curtam o esporte ou tenham curiosidade em conhecer também vão achar muito para apreciar aqui. Agora, é chegado o momento de seguir lutando com meu campeão ColdPizzaMan para conquistar o topo dos rankings mundiais. Vamos que vamos!

WWE 2K25 está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4Xbox Series X|S, Xbox One e PC, via Steam.

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela 2K.

WWE 2K25

BRL 379,90
8.5

História

8.0/10

Gameplay

9.0/10

Gráficos e Sons

8.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Modo MyRise oferece uma boa rejogabilidade
  • Showcase conta mais sobre grandes dinastias e famílias do esporte
  • Muitas inovações e melhorias rejuvenescem a jogabilidade
  • Muitas opções de customização, de lutadores até shows
  • Muito conteúdo para explorar, através de todos os modos de jogo e criação

Contras

  • Sem legenda em português
  • Mesmos problemas visuais que temos ano após ano, como cabelos e expressões faciais
  • Modo The Island foi uma oportunidade perdida, focando mais em microtransações do que em diversão

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.

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