Astro Bot | Review
Astro foi uma franquia que surgiu em 2018, para o PlayStation VR, com Astro Bot Rescue Mission. O sucesso aconteceu, tanto que a Sony optou por tirar a franquia dos dispositivos em realidade virtual com o lançamento de Astro’s Playroom em 2020, um título gratuito que vem pré-instalado em cada PlayStation 5. Quase quatro anos depois do último lançamento, chega Astro Bot, um jogo de plataforma que utiliza a fórmula de sucesso pré-estabelecida da franquia.
Mas será que o jogo se saiu bem? Pude testar o game nos últimos dias e trago a resposta para essa pergunta agora, em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!
Uma homenagem à PlayStation
Astro’s Playroom é quase uma unanimidade entre os donos de PS5 e fãs de jogos de plataforma. O jogo conquistou uma legião de fãs e sua sequência foi muito comemorada pela comunidade, que aguardava ansiosa pela estreia de Astro Bot. Eu, inclusive, era uma dessas pessoas que não via a hora de jogar o game. Já falei em outras oportunidades aqui no site que não dispenso um bom platformer, então o game rapidamente entrou no meu radar. E quando comecei a jogar Astro Bot, me lembrei automaticamente das boas emoções que tive em 2020, quando comecei a jogar em meu PlayStation 5 recém adquirido.
Isso porque o jogo começa quando nossa nave-mãe, um PlayStation 5, é atacada por um alienígena verde e tem seus componentes espalhados pela galáxia, e cabe ao Astro viajar pelo universo, recuperar os componentes chaves e fazer sua nave voltar à potência total. É verdade que a história de Astro Bot é simplória. Quase inexistente, para falar a verdade. Não há nenhum diálogo no jogo, apenas cutscenes e sons robóticos que auxiliam na narrativa. O objetivo, e foco, é recontar uma trajetória de quase 30 anos, trazendo, na forma de bots, personagens que marcaram a história da PlayStation e de jogadores que, assim como eu, cresceram junto com a marca.
Uma experiência espetacular
Não há outra palavra para definir o gameplay de Astro Bot que não seja espetacular. A Team Asobi acertou em cheio, porque o game pega a fórmula do seu antecessor e amplifica, trazendo um gameplay tão variado e criativo que o título pode estabelecer um novo padrão de jogos de plataforma. A integração com o DualSense, o controle do PlayStation 5, é um ponto de destaque, já que muitas das mecânicas são explorando o periférico.
Todas os atrativos que estavam presentes em Astro’s Playroom retornam, como o giroscópio do controle para algumas ações, a possibilidade de soprar o microfone para fazer o vento agir na tela, ou mesmo os gatilhos travando em determinados momentos. Além disso, a imersão sonora e visual do controle está ainda mais competente, com mais sons e a paleta de cores do controle respondendo ainda mais ao jogador. Resolver quebra-cabeças sentindo a resposta tátil do DualSense? Temos. Lado negativo é que não há como desabilitar essas interações, caso você queira um gameplay mais tradicional.
Ainda na variedade de gameplay, temos tanta diversidade que as fases não ficam repetitivas. Como há uma boa variedade de habilidades especiais, elas foram dosadas e espalhadas ao longo das fases justamente para favorecer essa sensação de que não é algo monótono. Temos as luvas de macacos, um propulsor à jato em formato de cachorrinho, a possibilidade de inflar Astro, seja para voar, ou para o personagem ficar gigante, ao absorver água. Falando em água, há fases e trechos subaquáticos – mas tenha em mente que não é recomendado molhar seu PlayStation 5!
As batalhas contra chefes também são criativas ao extremo, embora sigam um certo padrão que precisamos acertar três golpes principais para derrotá-los. Há bosses principais em cada galáxia, mas também temos chefões secundários, geralmente no fim de algumas fases. Há fases inspiradas em outros jogos, como uma já anunciada, baseada em God of War, com bots de Kratos e Atreus. Essa fase, inclusive, é fantástica!
Astro Bot incentiva a exploração das fases, porque é assim que encontramos os bots perdidos, ou o caminho para a Galáxia Perdida, com fases mais criativas. Há ainda fases mais hardcore, com nível de dificuldade elevada, muitas vezes colocando alguma habilidade que o personagem adquire à prova. Em especial, senti muita dificuldade em uma fase chamada Lavando a Lava, onde é uma mistura de plataforma de precisão, com velocidade e habilidade no controle. Foi difícil, mas passei!
Dito isso, eu não encontrei nenhuma opção de seleção de dificuldade em Astro Bot. O jogo base não é nem um pouco difícil, ficando o desafio maior para os complecionistas e interessados em obter os 100% dos mundos. Mas, repito, nada de outro mundo. Eu consegui, vocês também conseguem! Foram 13 horas para terminar a história e buscar os 100%. Um auxílio é que, se você não encontrou algum bot ou segredo da fase, é possível repeti-la e usar um pássaro robô, pela bagatela de 200 moedas de ouro, que sinaliza o caminho para esse colecionável faltante.
Audiovisual de respeito
Astro Bot entrega um visual maravilhoso, colorido e muito chamativo. Seja para adultos ou crianças, a paleta de cores e a identificação visual dos elementos do cenário são todas bem construídas. Há skins desbloqueáveis para o personagem, bem como opções de personalização do controle que guardamos os bots, que dão um tom mais pessoal para cada partida. No quesito sonoro, a imersão é bem dividida entre o som da TV e do DualSense, compensando totalmente a ausência de dublagem. É tudo tão bem construído que não sentimos falta de vozes.
Isso vem acompanhado de uma boa localização textual em português do Brasil, um desempenho sólido em 4K 60 FPS, entregando uma experiência de gameplay bem suave, sem travamentos e sem bugs visuais ou de desempenho. Baita acerto.
Vale a pena comprar Astro Bot?
Puxando tudo o que eu disse acima, acho que a resposta para a pergunta acima fica óbvia. Astro Bot é uma experiência espetacular e uma evolução bem-sucedida da franquia, com gameplay variado e criativo que eleva os padrões dos jogos de plataforma. O jogo utiliza de forma excelente os recursos do controle DualSense do PlayStation 5, proporcionando uma imersão sensorial que torna o gameplay ainda mais envolvente. A presença de mecânicas inovadoras, a integração com o controle, e a inclusão de fases diversificadas que evitam a repetição são grandes acertos.
Além disso, o jogo homenageia a história da PlayStation, oferecendo uma experiência nostálgica para os fãs, e mantendo um equilíbrio entre diversão e desafio, especialmente para quem busca completar o jogo com 100% de exploração. O visual chamativo e a performance sólida em 4K 60 FPS também são pontos positivos, criando uma experiência visual e auditiva de alta qualidade.
Portanto, considerando a qualidade do gameplay, a inovação nas mecânicas e o respeito à história da PlayStation, é impossível não recomendar Astro Bot. O game é uma excelente escolha, especialmente para fãs de jogos de plataforma e para quem busca uma experiência bem polida no PS5.
Astro Bot chega nesta sexta-feira, 6 de setembro, exclusivamente para o PlayStation 5.
*Review elaborada com código fornecido pela Sony.