Elden Ring | Review
Elden Ring é um dos jogos mais esperados de 2022. O título foi anunciado durante a E3 2019 e logo chamou a atenção dos fãs do gênero souls-like, já que a nova obra da já consagrada FromSoftware contaria com a parceria de duas grandes mentes neste projeto: Hidetaka Miyazaki, criador da franquia Dark Souls, e George R. R. Martin, a mente por trás dos livros que deram origem à premiada série de TV Game of Thrones. Está parceria deixou os fãs animados com o novo game, pois, logo em seu trailer de anúncio ficou notável a influência de Martin, com os clássicos elementos de fantasia sombria já conhecidos pelos fãs d’As Crônicas de Gelo e Fogo.
Mesmo com um desaparecimento repentino após o seu anúncio em 2019, o game conseguiu se manter na mente dos fãs, levando vários fóruns do Reddit a loucura, com muitas teorias sendo criadas em relação ao novo projeto. E, após um grande período de espera, em novembro do ano passado tivemos uma beta fechada que permitiu que alguns jogadores selecionados testassem Elden Ring. Eu tive a oportunidade de testar o game na época e até mesmo escrevi um preview para o Pizza Fria.
Já nas minhas primeiras impressões, pude perceber o quão profundo e inspirado a nova obra de Miyazaki seria. Pois, além de entregar algo que os fãs do gênero amam, como uma alta dificuldade, sensações de progressão únicas e claro, um mundo de fantasia sombria belíssima, também havia algo a mais… algo mais especial e inovador.
Se logo no beta ficou claro que o objetivo principal de Elden Ring seria expandir tudo que os fãs adoram neste gênero e adicionar muitas novidades, como o mundo aberto, uma narrativa com personagens mais complexos e uma liberdade maior nos elementos RPG, o que daria mais opções para os jogadores escolherem a forma de exploração e progressão naquele mundo.
Ao mesmo tempo, uma certa desconfiança acabou sendo criada. Pois, temos diversos exemplos recentes na indústria dos games de títulos que prometeram demais e acabaram não cumprindo nem metade. Entretanto, eu sempre dei meu voto de confiança para a FromSoftware, pois a desenvolvedora tem um excelente histórico de bons games, sendo que Dark Souls 2, considerado o abaixo do padrão pela comunidade, possui uma média de 91 de aprovação no Metacritic.
Agora, após muita expectativa, ansiedade e curiosidade em relação a este novo projeto, será que Elden Ring realmente é a mais nova obra-prima da empresa, ou temos mais um caso em que a decepção irá predominar? Se prepare Maculado, pegue um café e sente-se perto da fogueira mais próxima, pois está na hora de mais uma review antecipada do Pizza Fria!
A queda dos semi deuses
A narrativa de Elden Ring começa com uma cinemática narrando os eventos que se passam antes da jornada do protagonista se iniciar. Durante esta introdução, conhecemos a história dos semi deuses, que após terem a runa da morte roubada, entram em uma guerra para conseguirem obter o domínio daquele mundo. Mas este confronto acabou destruindo grande parte daquelas terras, sendo que nenhum dos guerreiros saiu vitorioso. Assim, eles se isolaram em diferentes partes do reino. Cada um destes guerreiros possui uma runa de poder misteriosa, que acabou corrompendo eles e os transformando em criaturas aterrorizantes e perigosas.
Entretanto, existe uma esperança neste mundo. Pois, de acordo com a lenda, o herói que juntar todas as runas e restaurar um poder chamado Elden Ring, se tornará o lorde pristino e levará a paz e o equilíbrio novamente para aquele mundo.
O maculado
Em Elden Ring, o jogador assumirá o controle de um maculado. Este personagem é descente de uma ordem que segue a graça de uma entidade antiga chamada de Erdtree. Entretanto, está benção foi ficando cada vez mais fraca ao decorrer do tempo e restam apenas fragmentos dela pelo mundo, elemento este que serve como a fogueira no título, porém falarei mais sobre isso mais a frente.
O objetivo principal do Maculado é encontrar as runas, descobrir a verdade sobre os acontecimentos daquele mundo e ao juntar todas as peças, assumir o poder do Elden Ring, se tornando assim o lorde pristino.
Uma narrativa contada pelo mundo e personagens
Elden Ring segue o padrão FromSoftware de storytelling. Portanto, não temos aqui grandes cinemáticas presentes durante o título para expandir a história. O grande prior das histórias do estúdio, sempre foi contar a narrativa por meio do mundo, diálogos com NPCs e claro, com documentos espalhados por toda a região.
Está formula permanece, entretanto, de uma maneira aprofundada. Pois fica evidente a colaboração de George R.R Martin na narrativa do jogo. Temos personagens interessantes e cativantes, sendo que alguns deles, como Melina, conseguem cativar o jogador apenas com seu tom de voz e formas de expressar os seus objetivos. Fica notável que em Elden Ring, os personagens não estão ali apenas para preencher o mundo, eles possuem uma história que se os jogadores prestarem atenção e insistirem, poderão se surpreender.
Quando digo insistir, não quero dizer que os diálogos são ruins ou algo assim. Muito pelo contrário! Para termos conversas completas com os personagens, é preciso que interajamos com eles varias vezes, elemento este que já é característica dos games da desenvolvedora. Durante estas interações, poderemos aprender sobre o passado de vários dos NPCs do título, além de como aquele mundo se tornou o que é hoje. Uma personagem que me cativou, foi uma moça que encontramos logo no começo do jogo.
Ela se diz como uma cuidadora de leito de morte. Pois, em sua crença, ela sempre está ao lado dos angustiados e próximos da morte para lhes dar conforto em momentos de turbulência, mesmo que seja apenas com um abraço. Os moradores da região na qual ela morava não apoiavam a sua forma de demonstrar a fé e a baniram da região.
Agora ela se encontra ao lado dos guerreiros da ordem do maculado, oferecendo conforto para aqueles que estão em busca do Elden Ring. Portanto, ao conversamos com ela em diversos momentos do game, saberemos mais informações sobre ela, sendo que também nos será oferecido um abraço. Este elemento faz com que recebamos uma graça que fornece um bônus em perks do protagonista.
Este é apenas um exemplo da complexidade dos personagens de Elden Ring, sendo que ao conversarmos com eles, poderemos descobrir segredos, obter informações importantes e até mesmo conseguir alguns itens fornecidos por eles.
E, embora em um primeiro momento, a perspectiva seja de que o game não possui uma lore muito profunda, este pensamento não poderia ser mais equivocado, pois, ao explorar o vasto mundo das Terras Intermédias, fica evidente que esta narrativa idealizada por George R.R Martin e Hidetaka Miyazaki possui complexidade, genialidade e muito a apresentar aos jogadores.
A criação de classe
Após está introdução na história de Elden Ring, finalmente chegou a hora de falarmos sobre os elementos de gameplay. Logo que a cinemática de introdução se encerra, podemos escolher entre 10 classes iniciais. São elas, Vagabond, Warrior, Hero, Bandit, Astrologer, Prophet, Samurai, Prisoner, Confessor e Wretch. Cada uma destas classes possui suas próprias características, que incluem força, vitalidade, fé, arcano e mais. Portanto, é preciso que o jogador leia com atenção cada um destes tópicos para que não selecione uma opção que não se encaixa com o método de jogo do jogador.
Depois da seleção da build, será possível personalizar o personagem de forma completa. Podemos mudar estilos de corpo, cabelo, barba, em uma customização realista, algo bem distante do que nos foi apresentado anteriormente nos games da FromSoftware. Neste aspecto, Elden Ring dá um show! Os jogadores realmente possuem uma grande liberdade em criar o Maculado que da forma que preferirem, sendo que eu mesmo gastei um bom tempo apenas personalizando o personagem. Outro aspecto legal também, é que é possível salvarmos uma personalização feita. Logo, mesmo que comecemos do zero, podemos usar o mesmo design de um personagem anterior.
Quando finalizamos a criação do Maculado, devemos escolher um item inicial que levaremos para a aventura. Existem várias opções, que vão deste um amuleto que fornece um bônus de HP, como também uma chave misteriosa que será importante em algum lugar do título. No geral, está escolha tem importância apenas no início, pois, ao decorrer da aventura encontraremos novos itens e descobriremos outras maneiras de deixar o protagonista mais forte.
A jornada do Maculado começa
Após escolhermos nossa classe, a aventura do protagonista finalmente se inicia. Na minha aventura, escolhi a classe Astrologer, uma build mais focada em magias e ataques a distância. Logo, quando a jornada se inicia, estamos em um lugar misterioso que se assemelha bastante a um castelo destruído. Neste segmento, já fica evidente a beleza artística da obra, sendo este um aspecto que os games da FromSoftware nunca decepcionaram. Ao avançarmos pela região, encontraremos o primeiro chefe, sendo que ele é bem desafiador e serve para apresentar aos jogadores a tela que eles mais irão ver neste game… o famoso, “Você Morreu”.
Depois disso, somos teletransportados para outro local e uma figura misteriosa em cima de um cavalo nos encontra. Ela diz algumas palavras que inicialmente não fazem sentido e então o nosso personagem acorda. Logo em seguida, encontramos o primeiro ponto de graça, que se assemelha bastante as fogueiras de Dark Souls. Estes pontos de graça estão espalhados por todo o mapa do game, sendo que, ao acessa-los, podemos fazer melhorias no personagem, fazer upgrades nos frascos, que incluem vida e mana e até mesmo passar o tempo, recurso este que é bem útil no mundo aberto. Pois, no período da noite, criaturas mais perigosas irão aparecer.
Logo que avançamos um pouco mais no cenário chegamos a um grande elevador de pedra. Ao entrarmos nele somos levados para cima e finalmente avistamos o aspecto mais aguardado pelos fãs… o mundo aberto.
Explorando Limgrave
A primeira região que exploraremos em Elden Ring é Limgrave. Logo que avistamos o grande local para explorarmos, um sentimento de liberdade predomina. Pois, podemos avançar e descobrir as coisas naquele ambiente da forma que preferirmos.
Claro, existe um caminho ideal para progredirmos na história, entretanto, a minha recomendação é que os jogadores explorem com calma cada local presente neste vasto mundo. Será possível encontrarmos NPCs para conversamos e expandirmos nosso conhecimento sobre o lore, chefes opcionais que trarão um verdadeiro desafio para os players, com o destaque ficando com o primeiro deles, um cavaleiro dourado que é realmente um confronto desafiador.
Além disso, podemos encontrar por toda Limgrave personagens que servirão como vendedores, no qual poderemos comprar novos equipamentos, armas e itens. Para isto, usaremos runas, que são almas que conseguimos ao derrotarmos inimigos e chefes durante o título. Assim sendo, ao termos uma quantidade adequada, será possível melhorarmos nossos itens ou até mesmo comprar algo novo.
Outro aspecto interessante da exploração são as surpresas que podemos encontrar pelo caminho. Uma das mais marcantes foi quando eu entrei em uma caverna e encontrei um baú. Logo, pensei que ao abri-lo encontraria um item valioso, porém, na verdade, cai em uma armadilha e acabei sendo transportado para outra região do mundo de Elden Ring. Está imprevisibilidade do mundo do game é um dos aspectos que mais se destaca no game, pois, cada local novo que adentramos pode nos levar a enfrentar perigos grandiosos, entretanto, recompensadores.
Para nos ajudar na locomoção por este grandioso mundo, podemos invocar um cavalo chamado Torrent. Ao montamos nele, é possível nos locomovermos pelo mundo de Elden Ring de uma maneira mais rápida e fluida, sendo que a montaria possui uma grande agilidade, podendo até mesmo ser usada em combate. Para exemplificar, existe um local no jogo no qual iremos enfrentar um dragão.
Logo, é mais vantajoso ficar montado em Torrent e atacando o grande inimigo a distância. Está tática se mostrou altamente eficaz contra diversos inimigos no game. Além disso, teremos pontos específicos no jogo, no qual poderemos dar um grande salto como cavalo. Isto permite que o jogador atravesse grandes áreas de Limgrave mais rapidamente.
Um combate desafiador, mas que oferece opções ao jogador
Elden Ring é um dos games mais acessíveis do gênero souls-like. Em uma entrevista para o PlayStation Blog, Hidetaka garantiu que mais players chegariam ao final do game. E ao experienciar a jornada, fez sentido as palavras ditas pelo diretor. Pois, o jogo oferece várias formas para que os jogadores fiquem mais fortes e estejam mais fortes ao enfrentar os grandes e ameaçadores chefes de Elden Ring. Os pontos de graça, em sua grande maioria, ficam próximos do local que devemos enfrentar um boss, praticamente na “porta”. Além disso, nestes locais existem sempre uma série de inimigos próximos que fornecem uma grande quantidade de runas.
No entanto, sempre que interagimos com a graça, os vilões darão respawn. Este elemento facilita para os jogadores, pois eles apenas precisam fazer um loop para farmar pontos e aumentar os atributos do personagem. Além disso, o jogo permite que equipemos uma habilidade especial na arma, o que a torna extremamente poderosa. Entretanto, o jogador precisa encontrar os itens certos e então forjar esta melhoria, o que pode não ser tão simples dependendo da arma equipado pelo Maculado.
Outro aspecto que torna a jornada mais simples é termos a opção de invocar espíritos e NPCs para ajudarem em combates contra chefes. Na minha jogatina, eu equipei uma skill que me permitia invocar três lobos.
Logo, minha estratégia sempre era manda-los atacar e então distrair o grande inimigo, sendo que em seguida eu atacava a distância usando magia. Em relação à invocação de personagens, é preciso que encontremos o NPC em questão no mundo. Assim sendo, ao conversarmos com ele, talvez ele diga que está disposto a nos auxiliar. Portanto, se isto ocorrer, perto da fumaça que devemos atravessar para enfrentar o boss, teremos um sinal dourado para invocarmos este personagem.
Com toda está junção de elementos, o jogador tem mais opções para progredir. Logo, não temos mais aquela situação na qual os jogadores devem apenas repetir um trajeto infinitamente até estarem aptos a derrotar o boss em questão. Mesmo que a habilidade ainda seja um aspecto importante, equipamentos fortes e com boas melhorias acaba sendo o mais relevante em Elden Ring.
Progressão de personagem
Logo no começo da campanha, iremos conhecer Melina. Ela nos oferece ajuda para cumprirmos nosso objetivo, entretanto, inicialmente a sua motivação é misteriosa. Ao conversarmos com ela, podemos distribuir nossas runas entre várias opções de melhorias, sendo algumas delas, destreza, força, fé, arcano e inteligência. É preciso atenção nesta distribuição de pontos, pois, elas moldarão o protagonista e os aspectos no qual ele será mais forte.
No meu caso, por estar jogando com uma personagem mais voltada para magia, foquei as melhorias em stamina, fé e arcano. Falando nisso, um aspecto que é preciso se ter muita atenção em Elden Ring, é em relação às melhorias de HP e stamina. Pois, mesmo com uma build focada em magia, usar estes golpes irá drenar boa parte da stamina. Minha recomendação é que seja mantido um equilíbrio entre estas duas barras.
O combate em Elden Ring
No game, podemos andar, correr, atacar de forma rápida, forte e claro, dar aquela boa e velha desviado dos ataques. No geral, os confrontos em Elden Ring não fogem muito do que se espera dos jogos da FromSoftware. Portanto, a principal estratégia durante os combates sempre é atacar, deixar os inimigos atacarem e aprender o ciclo de golpes deles. Dessa forma será mais fácil descobrir o momento certo que eles dão uma abertura para atacarmos.
Além dos ataques básicos, podemos usar uma série de itens para nos auxiliar e dar uma vantagem durante os confrontos. O mais comum é uma bomba que incendeia o inimigo, dando assim a oportunidade perfeita para o ataque.
Como foi dito anteriormente, Elden Ring consegue oferecer mais formas de progressão para os jogadores. Logo, nem tudo precisa ser resolvido na base da luta, pois, existem segmentos que podemos progredir usando a furtividade, o que fornece uma sensação diferente e única no título. Isto permite que o jogador explore novas localidades sem precisar derrotar um grande chefe, característica esta que estava fortemente presente nos games anteriores da From. Entretanto, este aspecto se manteve na narrativa principal, logo, para uma progressão na história, temos que derrotar os semi deuses.
Os grandes chefes do game
Em Elden Ring teremos uma grande variedade de chefes, tanto principais como opcionais. Logo, quando chegamos a Limgrave, já conseguimos avistar o primeiro boss opcional do jogo, um cavaleiro dourado. Não se engane com a calma que o inimigo se encontra, pois, ao o atacarmos, ele se mostra um adversário a altura, sendo um dos vilões mais desafiadores de Elden Ring. Claro, após tornarmos o nosso protagonista mais forte e decorarmos o set de movimento do cavaleiro, acaba sendo mais simples derrota-lo.
Além disso, ao explorarmos o mapa do game, iremos encontrar variados bosses, sendo alguns deles dragões, criaturas corrompidas, lobos e até mesmo os semi deuses, principais antagonistas de Elden Ring. Cada um deles possui um visual único e uma música tema que é simplesmente de arrepiar. Todos os combates contra chefes neste jogo são incríveis e possuem a sua característica única e marcante.
Para exemplificar, temos o primeiro grande chefe que enfrentamos no game, Margit The Fell Omen. A batalha contra ele já mostra que Elden Ring não está aqui para pegar leve. Pois, ele irá atacar agressivamente e mesmo após metade de seu HP ter sido esvaziado, ele simplesmente irá mudar de forma e começar a usar um novo set de ataques. Este é um aspecto que é preciso atenção, pois, a maioria dos bosses possui mais de 1 set de golpes, que irão mudar em determinado ponto do combate e levar a luta para outro patamar.
Dungeons
Outro aspecto que se destaca em Elden Ring são as dungeons. Estes são locais que exploraremos, lutaremos contra inimigos desafiadores e no fim… todo o local irá se conectar em um sistema de vai e volta. Logo, quando chegamos em um ambiente, realizaremos o caminho mais longo na exploração, entretanto, ao decorrer do avanço, liberaremos novas portas e paisagens que irão tornar a locomoção pelo local mais rápida e fluida.
Durante o meu gameplay, eu me senti jogando Dark Souls novamente, pois até então, aquele game era o que fazia esse aspecto de conexão de cenários com mais maestria. Felizmente, posso dizer que Elden Ring é equivalente ao antecessor neste aspecto, pois, explorarmos uma nova área e observarmos os locais se conectando é simplesmente uma sensação única.
Além disso, nestes locais poderemos encontrar NPCs e diversos itens que ajudarão a expandir a incrível narrativa do jogo. Sendo que é preciso atenção, pois nestes locais também existem diversas armadilhas que podem pegar os mais desavisados de surpresa. Logo, espere uma abundante quantidade de inimigos te cercando, vilões escondidos em cantos prontos para te atacar de surpresa e claro… os clássicos chefes opcionais que irão aparecer quando menos esperarmos.
Visuais e trilha sonora
Elden Ring é o game mais bonito e artisticamente ambicioso da FromSoftware. Cada local que adentramos possui um aspecto visual único e distinto, seja a sujeita das cavernas, o aspecto sujo dos pântanos ou até mesmo a beleza meio gótica dos grandes castelos. Além disso, a iluminação é um elemento que faz com que a ambientação se torna algo especial, pois, o game conta com ciclos de dia e noite, o que faz com que tenhamos sempre uma versão visualmente diferente dos mesmos cenários.
Além disso, Elden Ring faz um excelente trabalho no design dos personagens, tanto NPCs, como os grandes chefes do game. Cada um deles possui um visual único e distinto, que surpreendem com a grandeza de seus aspectos visuais, principalmente durante os raros momentos cinemáticos do título.
Em relação a trilha sonora, Elden Ring traz de volta a talentosa Yuka Kitamura, compositora que está presente nos games da FromSoftware desde Dark Souls. Ela faz um excelente trabalho no game e arrisco dizer que as faixas do jogo são as melhores já feitas por ela. Pois, todas as músicas aqui se encaixam perfeitamente com o contexto executadas, sejam eles combates, exploração e cinemáticas.
Logo, durante os segmentos que estamos explorando o mundo de Elden Ring, uma faixa mais calma entra em ação, sendo que eu não ficava arrepiado ouvindo uma música de exploração desde Skyrim. Ela possui um toque sereno e calmo, mas que vai se intensificando na medida que o perigo se aproxima.
Além disso, durante os combates contra os chefes, cada um deles terá uma faixa épica exclusiva que irá deixar o jogador no ápice de adrenalina e pronto para enfrenta-los quantas vezes for necessário.
Desempenho
Minha experiencia foi no PlayStation 4. Elden Ring rodou de forma fluida em 30 FPS e surpreendentemente, não apresentou nenhuma queda de FPS, bug ou travamentos. Eu digo que este aspecto é surpreendente, pois, os requisitos mínimos para se rodar o game no PC são altos. Felizmente, o PS4, mesmo sendo um hardware de 2013, conseguiu se manter firme e forte durante a minha jornada neste incrível game. Além disso, os loadings do jogo são rápidos, se considerarmos que o game usa um HD padrão e não um SSD.
Vale a pena comprar Elden Ring?
Elden Ring é uma obra-prima da FromSoftware. Hidetaka Miyazaki e George R. R. Martin entregaram tudo que os fãs queriam e superaram de forma magistral todas as expectativas. Explorar o mundo do game é incrível, desafiador e, ao mesmo tempo, recompensador. Além disso, o título consegue apresentar uma excelente narrativa e construção de lore, mesmo sendo contada da maneira subjetiva que já é característica do estúdio.
Além disso, o jogo consegue impressionar com a beleza dos cenários e a vasta variação em cada um deles, sendo que temos aqui o game mais variado da desenvolvedora. Outro aspecto que se destaca, é o design dos personagens, pois, cada um deles possui caracteristicas únicas e visualmente impactantes. A trilha sonora também impressiona, pois, consegue elevaros acontecimentos do título a um patamar de grandeza que torna os segmentos presentes no jogo marcante e impactante.
Por fim, Elden Ring é a maior obra de Miyazaki, pois, o game entrega tudo o que os fãs sempre pediram de uma forma épica e com grandeza, provando mais uma vez que a FromSoftware merece o título de ser uma das desenvolvedoras mais aclamadas do mundo dos games.
Elden Ring será lançado no dia 25 de fevereiro de 2022 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC, via Steam. O jogo suportará Smart Delivery em consoles Xbox, assim como uma atualização gratuita para o PS5 para jogadores que comprarem a versão de PS4.
*Review elaborada em um PlayStation 4, com código fornecido pela Bandai Nanco.
Elden Ring
R$ 299,90Prós
- O game apresenta uma incrível narrativa inédita, que irá cativar os jogadores
- O mundo aberto é desafiador e recompensador
- Uma grande variedade de builds para os players escolherem
- Os chefes são impressionantes e levam as habilidades dos jogadores ao limite
- A trilha sonora se destaca, sendo o melhor trabalho da compositora Yuka Kitamura