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God of War (PC) | Review

Fazem mais de cinco anos desde o explosivo trailer de gameplay que anunciou God of War na E3 2016, ainda para PlayStation 4. De lá pra cá, o jogo foi lançado em 2018, faturando, inclusive, o prêmio de jogo do ano no The Game Awards, o “Oscar dos videogames”. O sucesso foi enorme, chegando a quase 20 milhões de cópias vendidas, apenas no console, e os pedidos de um port para uma versão para computadores cresceu consideravelmente, sendo, enfim atendido pela Sony e pela Santa Mônica Studio.

God of War chegará à nova plataforma na próxima sexta-feira, 14, quase quatro anos após o seu lançamento original. Com o apoio da Sony, que nos forneceu uma cópia de review com quase um mês de antecedência, tivemos bastante tempo para re-jogar e pudemos testar como o título se comporta na nova plataforma. Curioso para saber o que esperar da última aventura de Kratos? Vem comigo em mais uma review antecipada do Pizza Fria!

Olá, velho amigo

O God of War que chega aos computadores é o mesmo lançado em 2018, para PlayStation 4, com adição de alguns recursos específicos para a plataforma. Não há nenhuma adição de conteúdo. Ou seja, se o jogo já brilhava com excelentes gráficos em um hardware com muitas limitações, o avanço tecnológico entre os anos transformou a nova versão em uma Definitive Edition.

A jornada de Kratos e Atreus por Midgar está ainda mais bonita, com muitas opções de personalização, e bastante acessível. Boa parte da minha crítica foi feita utilizando uma GTX 1080, e o título se comportou muito bem, com 60 FPS cravados em resolução 2560 x 1440, com AMD FidelityFX Super Resolution ligado. Depois, testei em uma RTX 2080 Ti, com resolução Full HD, e o jogo variou entre 89 e 150 FPS em alguns momentos, com DLSS ligado.

God of War
Sem limites de frames, e com texturas melhoradas, God of War está ainda mais bonito (Imagem: Divulgação)

God of War se tornou um dos jogos mais bonitos da plataforma, e é interessante como suas configurações gráficas permitem que ele seja acessível. O jogo exige, no mínimo, uma GTX 960, uma placa de quatro gerações atrás, e um i5 de segunda geração, ou seja, dez gerações atrás. Certamente a Sony está expandindo ainda mais uma de suas principais franquias, permitindo que ainda mais jogadores conheçam a nova história de Kratos.

E que história é essa?

O God of War lançado em 2018 dá sequência aos eventos de God of War III, lançado em 2010, para o PlayStation 3. O fato de não se chamar God of War IV, se deu, principalmente, por uma mudança de perspectiva. Saem os Deuses do Olimpo, entram os Deuses Nórdicos. Kratos estava levando uma vida aparentemente calma, quando toda a calmaria é rompida após sua esposa falecer.

God of War
A relação entre Kratos e Atreus é o foco de God of War (Imagem: Divulgação)

Mais do que a nova história de Kratos, God of War nos conta a história de Atreus, o filho do Deus da Guerra. E é por essa jornada intimista e cheia de desafios que partimos por uma Midgar perigosa, repleta de regiões para explorar.

Isso porque não se trata mais de uma jornada solitária em busca de vingança, como a franquia ficou marcada até ali. Cory Barlog, o diretor do jogo, fez questão de contar uma história de uma redenção, e uma complexa relação de pai e filho que mal se conhecem. Atreus é uma criança, ainda se conhecendo, cheia de emoções e vontades. Kratos, mais experiente, precisa ter calma para ensinar os perigos do mundo real – e nós sabemos que calma é algo que ele não tem. Trata-se de uma relação complicada, mas muito bem explorada ao longo das mais de 20h necessárias para terminar a narrativa principal, e quase 50h para finalizar o jogo com 100%.

God of War
Monstros gigantes estão de volta! (Imagem: Divulgação)

Mudanças importantes

Ao levar Kratos para a mitologia nórdica, os desenvolvedores de God of War precisaram, também, alterar detalhes importantes do gameplay. Com a inclusão de Atreus, os jogadores agora passam a utilizar o personagem para acessar áreas antes inacessíveis, em Quick Time Events (QTE), na solução de puzzles, para encontrar e abrir baús e até mesmo no combate, depois de algum tempo de jogo. Ele passa longe de ser um fardo para Kratos.

Além disso, a forma de se evoluir Kratos também é diferente. Até então, os jogadores obtinham orbes de sangue, e distribuíam pontos de habilidade na característica desejada. Agora, com muitos elementos de RPG, é possível personalizar suas armas, a armadura, além de utilizar runas mágicas – um elemento que faz parte da mitologia nórdica – para auxiliar no combate.

God of War
A nova perspectiva da câmera é um dos atrativos de God of War (Imagem: Divulgação)

Chama atenção que os inimigos agora possuem níveis, e eles se tornam mais difíceis conforme se avança na história. Isso se dá fundamentalmente porque God of War não é mais um hack & slash, mas sim, um jogo com combate tático, ao estilo souls-like. Kratos não pula, é lento, e na maioria das vezes, precisa se defender com seu escudo antes de atacar.

Por fim, uma outra mudança bem vinda em relação à franquia é a possibilidade de se atirar o machado, ao melhor estilo do martelo de Thor, que retorna para Kratos após apertar um botão. Isso gera um dinamismo grande, pois o machado pode ser utilizado tanto para combate, quanto para encontrar colecionáveis ou resolver puzzles. Para os fãs de carteirinha da franquia, há ainda o especial Fúria Espartana, além de uma arma bem conhecida dos fãs.

God of War
A profundidade gráfica impressiona (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar God of War?

God of War, sem nenhuma dúvida, é um título que merece ser jogado por todos os fãs de videogames. É um daqueles jogos que são quase unanimidade na comunidade, tamanha a qualidade oferecida. Se em 2018 o título já marcou época, sua versão para PC consegue ser ainda melhor, oferecendo recursos gráficos que tornam a experiência definitiva.

Além dos já citados AMD FidelityFX Super Resolution, DLSS, resolução 4K e taxas de quadros desbloqueadas, os jogadores podem customizar sua experiência para rodar como desejar, dentro de uma ampla ampla gama de predefinições gráficas e opções, como resolução ultra-wide (21:9), sombras de maior resolução, reflexos do espaço da tela melhorados, a adição de GTAO e SSDO, suporte ao NVIDIA Reflex e para controles personalizáveis em teclado e mouse, além de compatibilidade com controles genéricos de PC.

God of War está disponível para PC, via Steam e Epic Games Store, por R$ 199,90 – um preço alto para um jogo lançado há mais de três anos. Já a versão de PlayStation 4 custa R$ 99,50 na PlayStation Store, mas assinantes PS Plus podem comprá-lo “de graça” no PlayStation 5, através da PS Plus Collection.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce GTX, com código fornecido pela Sony.

God of War

R$ 199,90
9.5

História

10.0/10

Gameplay

9.5/10

Gráficos e Sons

10.0/10

Extras

9.0/10

Desempenho

9.0/10

Prós

  • Excelente história
  • Gameplay renovada e empolgante
  • Gráficos espetaculares
  • Muito conteúdo extra
  • Totalmente localizado em PT-BR

Lucas Soares

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS4, PSVR, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem "só" um PS5, um Nintendo Switch e um PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, The Last of Us Part II e Red Dead Redemption 2 completam o Top-5.