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LOST EPIC | Review

LOST EPIC é um side-scrolling em 2D com elementos de RPG e ação em belíssimos gráficos ao estilo anime. O game foi desenvolvido e publicado pela One or Eight INC., e lançado originalmente no dia 27 de julho de 2022, para Playstation 4 e 5, e para PC, via Steam

Porém, a partir de hoje, alguns meses antes de completar um ano de seu lançamento, jogadores do Nintendo Switch também poderão controlar o cavaleiro aniquilador de Deuses e atravessar o mundo conhecido como Santuário, para eliminar, uma por uma, as divindades conhecidas como Panteão dos Seis.

Combine ataques e habilidades divinas para criar poderosos combos, desenvolva seu personagem da sua maneira usando pontos de habilidade, complete desafios e ganhe recompensas. E será que LOST EPIC realmente nos entrega tudo isso de maneira satisfatória no console híbrido da Big N?

Faz o seguinte amigão, pega aquela pizza de sábado que ficou no fundinho da geladeira, prepara aquele cafezinho sem açúcar para aquecer o coração, e vem conferir comigo em mais uma review antecipada do Pizza Fria!

Uma épica aventura contra o Panteão dos Deuses

Em tempos imemoriais, após a grande batalha que devastou esta terra, a Deusa Anciã partiu, e em seu lugar, vieram seis Novos Deuses. Heoxilia, a Mãe Fértil, Neovonis, a Lacrimejante Deusa D’água, Lundrute, o Defensor do Castelo, Ankah-Vaye, o Delírio Alucinado, Efufu-Paluno, o Salvador e Nozoth, o Defensor da Fronteira. Unidos, esses Novos Deuses tomaram este mundo para si, dominando cada um seu próprio reino.

Sendo assim, aqueles que recebem a proteção desses Deuses, são os abençoados, e por isso, tudo podem. Esses afortunados pelos Deuses por muito tempo viveram em harmonia em Santuário, enquanto aqueles a quem os Deuses desprezaram, eram os Renegados, e nada podiam ter.

Lost Epic
Excluídos do restante do mundo, os Renegados viviam em uma terra desolada, até que os chamados Cavaleiros, se opuseram aos Deuses com suas poderosas habilidades divinas. (Imagem: Reprodução)

Excluídos do resto do mundo, eles habitam uma terra desolada, apenas contando os dias até que a morte lhes chegue. Porém, surgiram entre os Renegados, aqueles que se oporiam aos Deuses. Chamados de Cavaleiros, eles usam suas Habilidades Divinas para derrotá-los, a fim de acabar com essa terrível dominação, e trazer a liberdade aos Santuários.

Personalizando sua maneira de jogar

LOST EPIC conta com excelentes dublagens de voz em japonês, e legendas localizadas em 8 idiomas distintos, inclusive o português do Brasil, em que se encontra extremamente bem localizado.

É possível também escolher entre três diferentes níveis de dificuldade, a padrão, que é um modo de jogo normal, e mais balanceado, a dificuldade -1, modo fácil, mais dano é infligido aos inimigos e menos dano é recebido, e por fim, a dificuldade -2, onde ocorre a redução no consumo de estamina do herói, mais dano é infligido nos inimigos e menos dano recebido, esse é o modo de jogo mais casual.

Lost Epic
Apesar de bem simples, a arte e modelagem dos personagens estão lindas e todas muito bem construídas. (Imagem: Reprodução)

Apesar de somente a opção de facilitar sua jornada em LOST EPIC estar disponível inicialmente, encontraremos durante a jornada, estátuas erguidas pelos Abençoados para louvar os Novos Deuses. Ao ofertar Anima, o nível do Santuário sob influência do Deus nele esculpido aumenta, sendo assim, tanto a dificuldade quanto probabilidade de encontrar materiais de atributos melhores, irá subir.

Após selecionar a dificuldade e passar por um breve tutorial, que ensina os comandos básicos de LOST EPIC, passamos para a “criação” de personagem, que é realmente bem básica mesmo. Na verdade, podemos apenas escolher 1 entre os 17 modelos já definidos de personagens, podendo apenas alternar entre seus equipamentos únicos, que não passa de skin, e vozes.

Comandos básicos do Cavaleiro

Apesar da jogabilidade ao estilo Souslike, que irei explicar mais a frente, os comandos básicos de LOST EPIC são simples e bem responsivos. Usamos o analógico esquerdo para mover o personagem, o botão usado para pular é o B, porém, pressione levemente para um pulo baixo ou mantenha-o pressionado para um salto alto, e apertando duas vezes o B, você usa um pulo duplo. 

O botão Y é utilizado para investigar elementos do cenário, assim como para usar o ataque leve. Pressionando o botão X utilizamos o ataque pesado, e se qualquer um desses for usado no ar, será lançado um ataque aéreo. A habilidade divina da arma é lançada quando pressionamos A, e ela possui uma barra de cooldown que precisa encher, para podermos usá-la novamente. 

Lost Epic
As habilidades divinas são poderosos golpes atrelados às armas adquiridas, que podem ser equipadas e utilizadas pressionando A para cima, baixo, esquerda ou direita. (Imagem: Reprodução)

Pressionando o botão Zr utilizamos a esquiva, pressione no momento certo e seu personagem não receberá dano ao se esquivar dos ataques inimigos, porém, sua estamina será consumida mais rapidamente com o movimento. Por fim, os botões direcionais são utilizados como atalhos rápidos para os itens, L muda o slot de arma, pressionar + abre o menu, e o botão – abre o mapa.

Armas, equipamentos e itens do Cavalheiro

Para ajudar na progressão da jornada, o game nos oferece um arsenal com uma satisfatória quantidade de armas, que variam de espadas de uma mão, espadões e arcos e flechas. As espadas de uma mão são fáceis de manusear e por isso, são armas rápidas. Possuem dano moderado e podem utilizar tanto ataques leves quanto pesados para um dano maior.

Já os espadões, são armas mais pesadas e lentas, deixam a defesa do Cavaleiro mais aberta e por isso mais vulnerável, porém, seu dano é mais alto. Os espadões são armas ideais para quebrar a defesa dos inimigos. Os arcos conseguem atacar a médio e longo alcance, e suas flechas se direcionam ligeiramente em direção ao inimigo, ele é um ótimo recurso para quem deseja uma luta mais segura.

Além das armas principais, podemos utilizar uma arma secundária, a exemplo da manopla, que possui propriedades mágicas e habilidades divinas únicas, como cura, envenenamento, paralisia, dentre outros bastante úteis para nos auxiliar.

Lost Epic
Em LOST EPIC, é possível juntar materiais para fabricar ornamentos, itens, armas e armaduras para ajudar na progressão da aventura. (Imagem: Reprodução)

Além disso, em LOST EPIC, contamos com espaço para equipar armaduras, que aumentam nossa defesa, e podem possuir alguma propriedade bônus, além dos dois espaços para equipar acessórios como anéis. É possível também fabricar ornamentos, que não dão melhoria no status do personagem, mas servem como modificação no visual do herói.

A progressão em LOST EPIC

LOST EPIC é um game com foco em combate e na exploração do mapa, que fica separado por áreas, que se interligam em outras áreas, e à medida que progredimos na jornada, inevitavelmente morremos, bastante, recuperamos nosso Anima, uma espécie de fragmento que cai dos monstros, seria o equivalente às almas no Dark Souls, ficamos mais fortes, e vamos abrindo novas áreas do mapa, explorando o mundo, coletando itens e fortificando nosso guerreiro.

O game é simples e extremamente viciante, você praticamente não consegue “só” passar mais uma área e parar de jogar, e fica sempre com aquela vontade de chegar no pontinho amarelo que fica piscando no mapa, e sinaliza a localização do Deus responsável por aquele Santuário.

Lost Epic
O combate contra inimigos comuns, deixa LOST EPIC com um ar de hack n’ Slash, porém, batalhar contra os Deuses e outros subchefes, mostra o quão desafiadora, a jornada do Cavaleiro pode ser. (Imagem: Reprodução)

Quanto aos combates, o game praticamente abandona as esquivas perfeitas e as defesas cronometradas do estilo Soulslike, e vira um hack n’ slash de primeira, uma vez em que, pressionar Y, Y, Y, X e A ou esmagar botões fazendo algo desse tipo, vai resolver parte do seu problema, salvo as lutas contra os Deuses, que realmente são difíceis e se você não estiver preparado, terá de voltar para fortalecer seu personagem.

Desempenho, áudio e visual de LOST EPIC

LOST EPIC foi muito bem portado para o Nintendo Switch, e tanto no modo Dock, quanto no portátil, não apresentou bugs. Os famosos travamentos e gargalos raramente acontecem, mas quando a tela está cheia de detalhes e inimigos, rolam, porém, não se preocupem, pois é bem pouco e não incomodam

Quanto ao visual, LOST EPIC conta com belíssimas animações, tudo é muito bem detalhado e polido, no estilo anime mesmo, e tanto nosso Cavaleiro, quanto a pouca variedade de inimigos, porém, especialmente os chefes, são muito bem modelados, coloridos e definidos.

Lost Epic
Os efeitos dos cenários, a modelagem dos personagens, as cores vivas, tudo está lindo, e no geral, com um ótimo polimento. (Imagem: Reprodução)

Além do desempenho satisfatório, e do belíssimo visual, uma trilha sonora competente acompanha a obra de LOST EPIC, com boas músicas nos cenários, em especial as frenéticas batidas em Dubstep dos chefes, e efeitos sonoros que, juntamente da dublagem extremamente bem feita, criam na maior parte do tempo, uma excelente ambientação.

Vale a pena jogar LOST EPIC?

Apesar dos combates, após algumas horas de jogatina, se tornarem maçantes e repetitivas, e algumas partes da exploração parecerem confusas, sem sombra de dúvidas que, LOST EPIC é uma épica jornada que merece ser apreciada. O game conta com um belíssimo trabalho audiovisual, seu desempenho no console da Nintendo está satisfatório, possui legendas com localização em português do Brasil e ainda por cima está sendo vendido por um precinho bem camarada.

LOST EPIC chega hoje para Nintendo Switch e está em promoção na Nintendo eShop até dia 25 de abril, custando R$ 72,47, após essa promoção, o game passará a custar R$ 96,63. O game também está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC, via Steam.

*Review elaborada em um Nintendo Switch, com código oferecido pela One or Eight.

LOST EPIC

+ R$ 54,99
7.5

História

7.0/10

Gameplay

8.0/10

Gráficos e Sons

7.5/10

Prós

  • Possui legendas em PT-BR
  • Está sendo vendido a um preço justo
  • Belíssimo trabalho audiovisual

Contras

  • Apesar de divertido, o combate se torna maçante com o tempo

Filipe "Bdama" Villela

    Aficionado por jogos desde cedo, de Bomberman, Zelda, Sonic ou Mário, indo dos clássicos das gerações passadas, até os indies e mais variados AAA atuais. Viciado em desafios, colecionador de platinas e consoles antigos, para mim não importa a plataforma ou gráficos de um jogo, sou movido pela emoção da aventura de conhecer e desbravar novos mundos, uma viagem única que apenas cartuchos e cd's podem nos levar. Embarque comigo nesse mundo de possibilidades infinitas e venha descobrir novos mundos e maneiras de se aventurar!