Micetopia | Review
Micetopia é um metroidvania lançado no fim de 2020 para Nintendo Switch, Xbox One e PlayStation 4. Desenvolvido pela Ninja Rabbit Studio e publicado pela Ratalaika Games, o título, que chegou sem muito alarde, oferece uma premissa simples, divertida e com platina fácil. Mas será que só isso basta para chamar sua atenção?
Finalizamos o curto jogo e temos algumas coisas para te contar. Quer saber como o reino dos ratos vai ser salvo? Vem comigo em mais uma review do Pizza Fria!
Um metroidvania simples
Micetopia nos coloca no controle de Rich, um rato candidato à herói, que é incumbido pelo Ancião da vila a entrar em uma caverna e salvar os demais habitantes do local. A narrativa é extremamente simplista e nada elaborada, criada apenas para fazer você ter o porquê de entrar na caverna. Misturando seu estilo mãe, o metroidvania, com o roguelite, os jogadores fazem várias “corridas” por essa caverna em busca de quatro ratos que foram sequestradas pelos monstros. E, bom, é isso a história.
Ao entrar na caverna, os jogadores encontram poucos tipos de inimigos: um morcego, uma tartaruga com pedras rosas – que se confunde com o cenário, um lagarto e um goblin. Ao avançar pelo mapa e resgatar os colegas de vila, você vai adquirindo novas habilidades, populares em jogos do gênero, como pulo duplo e rolagem, além do arco e flecha. Os comandos são tão simples quanto à história e o jogo sequer usa todos os botões do controle.
O principal atrativo de Micetopia é seu fator roguelite. Você pode falhar várias vezes, já que ao sofrer três hits, será levado para a vila e deverá recomeçar sua busca pelos sobreviventes. São quatro ratos para encontrar no total, três nas cavernas e uma na floresta, que é desbloqueada após a total exploração do primeiro ambiente.
Na floresta, a variação de inimigos é ainda menor: um coelho e um sapo. Superá-los não é difícil, principalmente se você “comprar” um aro upgrade para sua espada, disponível após o resgate do Uncle Smith. Além dos inimigos padrões, os jogadores ainda enfrentam alguns chefes: um dragão, um golem e um urso.
Há ainda dois elementos que facilitam sua vida em Micetopia. O primeiro é o teleporte, disponível em algumas das salas, que permitem retornar para o ponto em questão após falhar. Só um teleporte estará ativo por vez, e o mais indicado é ativar sempre o que você passar, afinal, algo pode te esperar na próxima sala.
Já o segundo são salas secretas – como todo bom metroidvania. Os jogadores podem descobrir esses segredos pelo mapa e encontrar salas que levam para portais, e de lá resgatar até as dez peças da fonte dos desejos da vila. Ao entrar nela, sua energia é restaurada, e permanece assim ao sair. Se falhar dentro da sala, é possível recomeçar do mesmo ponto, não sendo necessário retornar à vila.
Vale a pena comprar Micetopia?
Micetopia foi um jogo lançado no final de 2020, mas parece criado nos anos 1980. Com um visual retrô em pixelart, e trilha sonora em chiptune, o game é um pote de nostalgia para quem é fã de jogos antigos. Sua jogabilidade clássica, no estilo plataforma, nos faz explorar e superar segredos em cada canto das diferentes salas do jogo. Além disso, o game não é difícil, possui uma platina sem grandes desafios (não é preciso nem terminar o jogo para isso) e tem um custo muito baixo para os padrões de hoje.
Por outro lado, sua proposta simples pode afastar alguns jogadores, afinal, o jogo em nada inova ou acrescenta ao gênero, podendo passar batido por boa parte por não oferecer um diferencial que mereça sua atenção. Eu conclui Micetopia com menos de 3 horas de jogo, apenas dedicando algum tempo para exploração. Assim, indico a compra do jogo pelo seu baixo valor e pela diversão, mesmo que pequena, que você pode ter, mas vá com pés no chão e não espere nada muito elaborado da aventura de Rich.
Micetopia está disponível apenas em formato digital para Nintendo Switch, Xbox One e PlayStation 4, podendo ser jogado no Xbox Series X|S e no PlayStation 5 via retrocompatibilidade.
*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Ratalaika Games.