ANVIL: Vault Breakers | Review
A Action Square e a HIKE finalmente lançaram ANVIL, game que está em acesso antecipado desde 2021, para PC, via Steam. Além disso, o game também está em acesso antecipado através do Xbox Game Preview, chegando em breve para Xbox One e Xbox Series X|S. O divertido shooter com câmera top down conta com elementos sci-fi, muita ação e uma pitada de roguelike. Além disso, traz também um inédito modo PvP.
Mas o que há de novo em ANVIL que outros jogos já não tenham explorado? Aliás, vale a pena jogar? Veja essa e outras respostas abaixo, em mais uma review do Pizza Fria!
Qual é a história!?
Em ANVIL, teremos que nos aventurar em uma jornada por diversos planetas, buscando uma desconhecida herança galáctica chamada Vault. Ao decorrer do jogo, os breakers, corpos controlados por nós, se juntarão a equipes de até três jogadores para coletar outros artefatos, lutar contra poderosos monstros espaciais, participar de combates bem intensos, além de ter que lidar com chefões imponentes. A história em si acaba sendo mero detalhe, sendo a ação de ANVIL o ponto mais divertido, sobretudo se jogado com outros amigos. Portanto, preocupe-se mais com a diversão do que com a narrativa.
Os modos de jogo do lançamento
Por ter ficado em acesso antecipado desde 2021, ANVIL teve tempo o suficiente para apresentar um bom conteúdo em sua versão final. No lançamento, podemos jogar em quatro modos, cada um com níveis de dificuldade variados. São eles:
- Modo PvP: O modo mais atual de ANVIL, o emocionante PvP coloca os breakers podem lutar entre si. E os primeiros a vencerem três rodadas se consagram os campeões!
- Modo de treino: Feito para introduzir os novos jogadores ao estilo de jogo proposto, este modo remove todos os elementos perigosos da galáxia para que os breakers possam se familiarizar com o jogo.
- Modo galáxia: Neste modo, os breakers podem explorar diversas galáxias em ordem sequencial para encontrar e replicar várias relíquias.
- Modo desafio da temporada: Com diversos planetas únicos em ANVIL, este modo permite que os jogadores escolham qual deles desejam explorar, e Insígnias de Desafio podem ser concedidas ao completar as missões em dificuldades mais altas.
Esta variedade de modos de ANVIL pode ser bem agradável, rendendo boas horas de jogatina repletas de desafios, mas sempre moldados ao nível do jogador, o que é excelente. Desta maneira, posso tranquilamente afirmar que o jogo terá horas e horas de diversão, sobretudo se você curtir títulos parecidos com Hades ou Darkest Dungeon.
Com é ser um breaker
Em ANVIL, controlamos os breakers, personagens responsáveis por buscar as Arcas através das galáxias. Eles são guerreiros que maximizaram suas habilidades de combate visando sobreviver às grandes ameaças espalhadas pelo espaço. Cada um deles conta com armas e habilidades únicas, podendo ser escolhidos de acordo com seu estilo de jogo. E, ao morrerem, os seus corpos mecanizados são reconstruídos no Anvil. Com a experiência EXP obtida em combate, eles não só ficam mais fortes, mas também seguem adquirindo novas habilidades. Desta maneira, a morte faz parte dos breakers, que acabam sempre fortalecidos, algo bem comum em roguelikes.
E, em suma, ao controlarmos os personagens, temos o ataque principal, alguns ataques extras com cooldown e também o dash. Até aqui, não temos nada de novo para um jogo do gênero. E isso vai ficando mais claro ao longo das missões, onde você poderá comprar aprimoramentos e outros itens como armas, vida e outros apetrechos que rendem alguns bônus de batalha. E esses melhoramentos salvam demais, sobretudo ao encarar hordas de inimigos e até mesmo os chefões colossais que surgem pelos mapas.
A ideia de ANVIL não é exclusiva, mas o bacana dela é justamente como ela é colocada em meio a galáxias futuristas e criaturas variadas. Sendo simples, mas sem ser simplista, ANVIL diverte e chega a ser um bocadinho viciante. Eu que não sou lá um grande fã de roguelike, curti poder escolher e otimizar os variados breakers, encarando hordas e mais hordas de criaturas alienígenas. Concluindo, o simples é bom e agrada.
Gráficos, sons e outros detalhes técnicos
Como dito anteriormente, ANVIL é um jogo simples. A ideia dele é focar na ação e diversão, algo que faz bem. Contudo, achei o gráfico do game simples demais, podendo ser um pouco mais refinado, sobretudo nos designs dos breakers e dos chefões. Os mapas são bem razoáveis, mas não são um problema. No quesito gráfico, acho que faltou aos desenvolvedores um pouquinho mais de minúcia, pois isso traria uma imersão bem bacana ao jogo. Imagine, se já é divertido sem ter gráficos robustos, pense só como seria com um nível de detalhamento maior. Seria mais lindo ainda se fossem colocadas mais partículas nas explosões, mas aí já estou indo além demais.
Uma coisa que me incomoda um pouco em ANVIL é a movimentação do personagem, que ao girar para certos eixos, se move de maneira extremamente rígida e artificial. Aliás, em alguns momentos, entre um dash ou um carregamento de arma, acabamos dando tiros invisíveis, nos levando a crer que uma animação sobrepõe a outra, dando esse bug, que pode até ser imperceptível para alguns, mas que acabei notando em diversos momentos. De fato, é um detalhe, mas quando o percebemos uma vez, já era. Fica ali na nossa cabeça. Mas isso provavelmente é fácil de ser resolvido em atualizações futuras. Enfim, veremos…
Por fim, os sons. Ah, os sons… Eles são parte muito importante de um jogo, e a gente por vezes acaba esquecendo. Felizmente, em ANVIL não temos problema algum com isso. Ao longo de boa parte do jogo, temos uma inteligência artificial falando conosco, dando algumas instruções e até mesmo perguntando se estamos ali, quando ficamos com o personagem parado por muito tempo. As explosões, ruídos dos chefes, tiros… tudo tá bem feitinho aqui. Portanto, neste quesito, não há o que reclamar.
Vale a pena comprar ANVIL?
ANVIL: Vault Brakers é um jogo divertido, mas tem lá suas limitações. Mas nem por isso deixa de ser legal. A ideia de nos colocar em missões cada vez mais desafiadores, trazendo muita ação e o melhor do roguelike já são pontos suficientes para se considerar. Mesmo tendo alguns problemas de ordem técnica, o game não deixa a desejar, sendo inclusive leve e possivelmente rodando em boa parte dos PCs. No entanto, é bom alertar que ANVIL não é um jogo épico, não sendo um roguelike extremamente singular, sendo talvez esse um dos pontos positivos.
Portanto, se você curte jogos de ação top-down com o estilo roguelike, ANVIL é um título bem divertido, sobretudo se jogado com amigos. Seus variados modos podem entreter por várias horas, e é possível que no futuro tenhamos ainda mais novidades com a chegada de mais atualizações. Concluindo, se colocarmos na balança, os pontos fortes se sobrepõe, sobretudo se considerarmos seu preço atual, que está abaixo dos R$ 50,00 reais, uma raridade nos dias atuais, em que jogos contam com valores mais e mais inflados. Além disso, você poderá ajudar uma desenvolvedora independente, mostrando que jogo vai muito além de marketing, não só neste, mas em vários outros casos.
*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela HIKE.