DYNASTY WARRIORS 9 Empires | Review
DINASTY WARRIORS 9 Empires, escrito em caixa alta para ter um IMPACTO MÁXIMO, é um jogo de ação e estratégia desenvolvido e publicado pela Koei Tecmo. O título nos coloca no comando de um guerreiro, criado ou não, inserido no turbulento período dos três reinos da China antiga. Será que seremos nobres heróis ou detestáveis vilões? Reis ou mercenários? Tudo depende de nós.
E será que ele vale o uso de nosso limitado, e cada vez menor, tempo neste globo terrestre que habitamos? É o que veremos agora, meu parceiro, em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!
Uma personagem, vários caminhos
Ei, leitor. Venha cá, rápido. Não há tempo para arrependimentos agora, apenas ação. Acabei de receber uma carta com uma cópia de DYNASTY WARRIORS 9 Empires e um chamado para servir um reino em ascensão. Para isso, preciso recrutar mais pessoas para que, juntos, possamos unificar os reinos e trazer a paz eterna ao povo. Excepcional! Delirando, eu? Jamais, minha jovem. Agora coloque esse capacete e me siga até o século XIV.
Enquanto viajamos pelo tempo até a sede de nosso senhor, deixe-me contar um pouco sobre DYNASTY WARRIORS 9 Empires, então. Tradicionalmente, todo Dinasty Warriors possui sua versão Empires. Assim como a chuva acompanha minhas dores nas juntas, um jamais deverá ser visto sem o outro. Contudo, ainda que use a mesma fundação, é uma experiência completamente diferente.
Um breve aviso antes de eu começar minhas divagações, no entanto. Para ser justo, e manter viva na mente de meu editor a ilusão de que sou uma pessoa minimamente séria, devo lembrá-los que sou um grande fã do estilo musou. Então, parte considerável do meu aproveitamento do título vem disso. E se tiver uma opinião parecida, provavelmente, irá gostar do que vai ler agora.
DYNASTY WARRIORS 9 Empires pode ser dividido em duas partes principais: o musou, pela parte do combate, é a primeira. A estratégia, em cima dos exércitos e ações que executamos em nosso reino, é a segunda. Eu fiz uma análise, recentemente, do totalmente excelente Samurai Warriors 5. Ele se enquadra no gênero musou, que defini da seguinte maneira:
Mas o que seria esse musou de que tanto falo? Esse estilo ficou famoso pelos jogos da série Dinasty Warriors, ao que sei, e se baseia em um personagem forte controlado pelo jogador que é colocado em mapas semi-abertos, mas pequenos, para enfrentar exércitos enormes. Nesses jogos não é incomum se derrotar 1000 inimigos em uma missão de vinte minutos, e grande parte da diversão vem da repetição e da sensação de poder que vem de ser uma máquina de destruição e aniquilação total. Até você enfrentar algum general inimigo ou jogar em dificuldades mais altas, e ver que era tudo um doce sonho de verão. Clássico choque de realidade.
BRABO, Um cara. 2021
Essa é a metade que apelidei carinhosamente, jovem leitor, de parte da bagunça. DYNASTY WARRIORS 9 Empires utiliza esse esquema de jogo para nos colocar nas batalhas de invasão ou defesa de territórios, que fazemos para controlar ou expandir o território de nossos reinos. É um sistema bem tranquilo de musou, muito simplificado mas funcional. Não irei me ater tanto às minucias, mas saiba que funciona e está dentro do que já conhecemos do gênero.
O brilho do título, e seu maior diferencial de um DInasty Warriors normal, está no modo Conquest. Nele, escolhemos um período da conturbada época dos três reinos para servir de fundo para nossa história. Podemos utilizar um dos vários personagens da velha guarda da série ou, melhor ainda, criar o nosso. A ferramenta de criação está bem limitada, principalmente ao que se via em títulos antigos como o próprio Empires 8.
Criado o personagem, decidimos por onde começar nossa saga. Um ponto fortíssimo de DYNASTY WARRIORS 9 Empires é que as possibilidades e rumos que podemos tomar são enormes. Será que iremos ser vassalos de algum rei? Generais, estrategistas? Ou apenas viajantes que seguem de luta em luta, sem nenhum tipo de vínculo?
Cada um desses “caminhos” tem suas próprias mecânicas e particularidades, que são apresentadas conforme o papel que desempenhamos. Por exemplo, um simples oficial de um exército não tem poder de escolha dos objetivos de cada conselho de guerra, ou de quais estratagemas usar. Já um general, por exemplo, tem seu poder de voto. Divisão de classes e poderes pura e simples. Fascinante!
Além disso, certas posições nos levam a ter de preocupar com pormenores como dinheiro do reino, alimento e tropas. As invasões e defesas levam tudo isso em conta, e não adianta termos nosso personagem todo poderoso se ele não contar com um exército de apoio para suas conquistas e investidas militares. Esse é um aspecto mais refinado do gerenciamento de reino e guerra, e dá uma camada de complexidade ao título. É um pouco confuso de cara, mas se torna simples com o tempo.
Além disso, podemos criar elos emocionais com outros oficiais. Podemos, até, fazer juramentos de irmãos de sangue e se casar. E ter filhos! O grande sonho, realizado. Que maravilha! Esse tipo de relação é importante, pois oficiais com os quais temos um bom relacionamento nos seguem quando mudamos de reino, declaramos independência ou traímos nosso regente, por exemplo.
Além disso, certos cargos permitem o uso de planos secretos estratagemas em combate. Eles são representados por cartas com diversos efeitos, como soltar raios em inimigos, curar ou aumentar danos. Ou, ainda, fazer coisas como geadas e trovoadas aparecerem pelo mapa. Isso é divertido de ver, e a corrida para impedir um plano do inimigo enquanto executa o seu é instigante.
Sons e Visuais
Uma coisa que me desapontou bastante em DYNASTY WARRIORS 9 Empires foram os visuais. Os gráficos possuem um serrilhado considerável, e os modelos não têm uma animação muito fluída. Além disso, bati de frente com alguns bugs como texturas não renderizando corretamente, cores que não apareciam e movimentações agarradas em golpes e afins. Foi o suficiente para me tirar da experiência.
Já a trilha sonora ficou amor puro, sagaz leitor. As músicas pintam bem os momentos em que devemos pensar e quebrar tudo. As que tocam nas invasões, principalmente quando estamos para tomar a última base inimiga, são eletrizantes. As vozes e sons do combate também são satisfatórios, e ajudam a dar vida aos embates nos quais nos enfiamos.
Vale a pena comprar DYNASTY WARRIORS 9 Empires?
LEITOR, É TEMPO! Vamos para a sala do trono e ouvir o que nosso glorioso e radiante imperador tem a dizer sobre DYNASTY WARRIORS 9 Empires. Os céus irão se abrir, os pássaros irão cantar e uma nota ponderada, calculada por software, irá descer em um grande feixe de luz. Tal qual diziam os velhos textos. Que incrível!
Sério agora, quando comecei DYNASTY WARRIORS 9 Empires fiquei um pouco encucado com algumas coisas que foram retiradas ou tiveram sua escala diminuída, como as opções de criação ou quantidade de tropas pelo mapa. E os gráficos, também. Mas a quantidade de possibilidades de ações dentro do jogo político e militar do título, os combates frenéticos de invasão e defesa, mais tudo que podemos fazer, me conquistou.
Talvez fãs de um musou mais puro e direto ao ponto se divirtam mais com Samurai Warriors 5, ou o próprio DYNASTY WARRIORS 9. Mas é inegável que DYNASTY WARRIORS 9 Empires é uma pedida boa para todos que gostam de simulação e do velho e consagrado sistema de brigar com trocentos cabras de uma vez. Ao fim e ao cabo, a quantidade de opções e formas de conduzir o jogo, por si só, já fazem com que valha muito a pena. Recomendo fortemente.
DYNASTY WARRIORS 9 Empires chega nesta terça-feira, 15, para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, e PC, via Steam.
*Review elaborada em um PlayStation 4, com código fornecido pela Koei Tecmo.
DINASTY WARRIORS 9 Empires
+ R$ 109,99Prós
- Muitas opções de gerenciamento de reinos e ações para tomar
- Altíssimo potencial para rejogabilidade
- Trilha sonora muito boa
- Combates podem ser bem frenéticos, como amamos
Contras
- Gráficos com bugs e algumas texturas ruins
- Diminuição da quantidade de opções de criação de personagens
- Carregamento meio lento entre algumas telas