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Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian | Review

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian é o mais novo título de nossa querida, e antiga, série Atelier. Desenvolvido e publicado pela KOEI TECMO GAMES CO., LTD, o título nos convida a acompanhar a jornada de dois protagonistas que lutam para atingir dois grandes objetivos em sua vida: reconstruir sua cidade destruída e descobrir a verdade sobre acontecimentos há muito acontecidos (jura?) cuja verdade ainda é desconhecida.

E aí, será que vale a pena encarar? É o que veremos agora, em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!

Alquimias, amizades e reparos

Olá novamente, leitores e leitoras deste que pode ser conhecido como o site mais quimicamente desbalanceado deste lado da tabela videogamelógica. Estamos aqui novamente, em um momento aleatório do tempo e sabe-se lá onde no espaço, para falar de mais um jogo de uma franquia que eu cá gosto bastante, principalmente por suas mecânicas de alquimia que nunca deixam de agradar.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian chega com a proposta de retomar uma jogabilidade de combate em turnos, diferente do mais recente Atelier Yumia, adicionando algumas mecânicas de reconstrução de cidade e uma campanha focada em dois personagens que podem ser escolhidos como “principais” no começo da aventura. Parecido com o que vemos em Star Ocean, por exemplo.

Admito que fiquei bem interessado, em parte por ser um apreciador da franquia e em parte por curtir jogos de RPG de turno, sempre que aparecem. Além disso, a oportunidade de fazer itens enquanto recupero um pedacinho de chão destruído também me parece algo bem relaxante, e isso é uma coisa que cairia como uma luva nesse momento, não é mesmo? Mas, será que o jogo é bom de verdade? Venha comigo e vamos descobrir.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian
Hora de criar nossa review. (Imagem: Divulgação)

História

A narrativa de Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian gira em torno de dois personagens principais: Rias Eidreise e Slade Clauslyter. Ainda que tenham passado por caminhos diferentes pela vida, os dois protagonistas acabam se encontrando ao explorar algumas ruínas antigas perto da cidade em que viveram um dia, chamada Hallfein, e acabam descobrindo que podem ter muito mais em comum do que imaginavam.

Daí, nossos chegados começam uma aventura que os levará por diversos lugares, e dimensões, cheios de perigos e respostas para dúvidas que há muito assombravam os dois. Além disso, eles também irão trabalhar na restauração de Hallfen, que deixou de ser habitada alguns anos antes do início do jogo por conta de um desastre misterioso que também fez com que parte da população do lugar sumisse no ar. Será que isso tem algo a ver com eles? Perguntas, perguntas.

Eu achei a trama de Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian bem legal, principalmente por nos permitir selecionar o personagem que desejamos ser o foco da narrativa. Ainda que não mude os fatos acontecidos de maneira drástica, é legal poder acompanhar como cada um enxerga as confusões que se mete e, também, como eles processam tudo que ocorre. Fora isso, é um bom incentivo para uma segunda jogatina.

Mais legal que tudo, entretanto, é a inclusão de caras já conhecidas como membros de nossa equipe e personagens de apoio para nossos heróis, quase que como um all stars da franquia Atelier. Personagens como Totooria Helmold de Atelier Totori e Sophie Neuenmuller de Atelier Sophie também dão as caras, e caem muito bem dentro da proposta do título. Fãs da franquia, como eu, ficaram felizes de ver e muito satisfeitos.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian
Ela voltou! (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Em essência, Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian é um JRPG, com combate de turnos, focado na exploração de mapas semi-abertos, na obtenção de ingredientes para alquimia, na criação de diversos itens, na melhoria da cidade e no processo de venda de tudo que fazemos em nossa lojinha. E, se sobrar tempo, uma história para encarar cheia de mistérios e reviravoltas para nos entreter.

Em se tratando de pancadaria, Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian chega com uma mecânica que é construída em cima dos moldes do combate em turno, mas com algumas particularidades que o deixam bem dinâmico. Por exemplo, nossos personagens podem ser divididos entre lutadores de vanguarda e retaguarda, com os últimos podendo entrar rapidamente em determinadas ações para aumentar o dano que causamos ou o efeito de determinados itens.

Além disso, também podemos utilizar um sistema de defesa que permite apertar um botão para diminuir o dano que levamos e, até, anulá-lo em algumas situações. Essa é uma mecânica simples mas que adiciona uma camada adicional ao ato de lutar, além de quebrar um galhão quando enfrentamos algum chefe ou outro monstro mais forte que desce o braço sem dó. Além disso, é uma forma prática de nos permitir enfrentar inimigos alguns níveis acima de nós para que possamos ganhar mais experiência e recompensas melhores antes da hora.

Tudo isso torna nossos personagens mais fortes, ganhando níveis e pontos de experiência globais que podem ser utilizados para ensinar novas técnicas e fortalecer os atributos básicos de cada um dos heróis e heroínas. Esse recurso é importante, e saber em qual personagem utilizar primeiro é essencial. Eu, por exemplo, me foquei mais no Slade devido ao fato de algumas de suas skills o tornarem alvo garantido para os ataques inimigos, enquanto Rias ficava livre para bater e dar o máximo de dano possível.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian
Dano alto. (Imagem: Divulgação)

Em se tratando de exploração, Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian nos permite zanzar por mapas contidos e não muito grandes, mas que guardam uma boa quantidade de baús de tesouro, inimigos e recursos que só podem ser alcançado quando liberamos algumas habilidades ao longo de nossa jornada. É muito importante ir em cada cantinho do mapa, visto que todo ingrediente é útil e bem vindo, seja para síntese ou para venda.

Falando em sintetizar, tudo gira em torno do sistema de alquimia do jogo que, em verdade, está bem mais simples e acessível do que os jogos anteriores. Rias pode usar seu caldeirão para criar diversos itens e equipamentos, bastando que ela tenha a receita e os ingredientes necessários. Feito isso, combinamos cada um deles no caldeirão (alinhando as cores para que façam um combo) escolhendo quais nos dão os atributos e modificadores necessários. É uma mecânica bem útil e divertida, que é tão útil quanto interessante.

Tudo o que achamos e fazemos pode ser vendido em nossa lojinha que, além de gerar uma graninha da boa, também auxilia na reforma da cidade. A loja é bem tranquila de manter, bastando mandar nossas fadas amigas fazerem suas funções e estocar as prateleiras quando desejarmos abrir. Ainda que seja simples e direta, é mais uma camada de complexidade e atividade que o jogo nos oferece, e que casa bem tanto com sua premissa quanto como parte do grande conjunto da jogabilidade.

Como negativo de Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian, senti apenas que o título é um pouco travado em alguns momentos. Lembro-me de ter pensado o mesmo quando joguei Atelier Yumia, principalmente em momentos mais tensos no qual o jogo dava uma leve engasgada e depois voltava. Não é algo que mate a experiência, mas acredito que seja notável o suficiente para merecer um comentário.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian
O que vamos fazer? (Imagem: Divulgação)

Sons e Visuais

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian possui visuais bem coloridos e legais, com modelos bem animados e construídos, inclusive fazendo com que tantos personagens inéditos quanto já conhecidos consigam coexistir muito bem. Contudo, achei as texturas um tanto quanto serrilhadas e borradas em alguns momentos, tirando parte do brilho e da beleza dos gráficos.

A trilha sonora me agradou bastante, tanto na hora das tretas quanto nos momentos mais tranquilos de exploração, alquimia e vida de um vendedor honesto de uma lojinha do interior. Pena que ficamos sem nossas legendas, contudo.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian
O ateliê. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian?

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian, foi mais uma boa adição para uma franquia cheia de bons jogos. Ainda que ele tenha alguns pontos de contenda, acho que o saldo é bem positivo e que ele tem tudo para agradar os fãs da série e a galera que nunca conheceu, principalmente por ele ser o início de uma saga própria.

De positivo, curti o sistema de combate com suas mecânicas que dão uma agitada na fórmula, do sistema de alquimia mais acessível e simples de usar, de poder abrir e manter nossa lojinha, da satisfação de ver nossa cidade crescendo e prosperando e da adição de heróis e heroínas das antigas. Como negativo, senti o jogo meio travado em certos momentos, as texturas poderiam ser mais nítidas e menos borradas e estamos sem nossa legenda.

Dito isto, curti muito meu tempo com Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian e realmente penso que ele vale uma boa conferida. Os fãs da série Atelier estão dando sorte este ano, e nosso jogo do dia chega para mostrar que ela ainda tem muito fôlego e espaço para crescer e se tornar algo ainda maior e melhor.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & The White Guardian será lançado em 26 de setembro de 2025 para PlayStation 5, Nintendo SwitchPC, via Steam

*Review elaborada na versão para Nintendo Switch, com código fornecido pela KOEI TECMO.

Atelier Resleriana: The Red Alchemist & the White Guardian

BRL 339,90
8

História

8.0/10

Gameplay

8.5/10

Gráficos e Sons

7.5/10

Extras

8.0/10

Prós

  • Heróis das antigas se unem aos novos de maneira bem leve e natural
  • Combate divertido e com diversas mecânicas envolvidas
  • Alquimia acessível e divertida como sempre
  • Manter a loja é algo bem divertido, além de valer a pena
  • Recuperação da cidade dá uma boa sensação de dever cumprido

Contras

  • Perda de performance em alguns momentos
  • Texturas poderiam ser mais nítidas
  • Sem legenda em português

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.