Battlefield 6 | Preview
Jogo a franquia Battlefield desde o primeiro título, lançado em 2002. De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Agora, estamos diante do Battlefield 6, que está disponível em Beta Aberto para todos os jogadores. O título, feito na engine Frostbite, será lançado em outubro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam e EA App. Após ter uma série de problemas com Battlefield 2042 e os jogos anteriores, duramente criticado pelos fãs, a Electronic Arts e o Battlefield Studios decidiram ouvir o público, buscando trazer de volta os tempos de glória da franquia neste novo game, que traz excelentes impressões, sobretudo um sentimento nostálgico do que era visto em Battlefield 3 e 4.
Me bastaram alguns minutos no Beta Aberto para perceber que estamos diante de um jogo que não apenas corrige os erros do passado, como também recupera aquela sensação eletrizante que fez milhões de jogadores se apaixonarem pela série. Nesta preview, falarei sobre tudo o que o Beta Aberto oferece e explicar por que Battlefield 6 tem tudo para ser não apenas um sucesso, mas um marco na história recente dos shooters multiplayer. Confira esta preview especial do Pizza Fria!
O que está disponível no Beta Aberto de Battlefield 6
O Beta Aberto de Battlefield 6 traz em dois finais de semana repletos de ação, uma seleção de mapas que equilibram intensidade e diversidade. No Fim de Semana 1, entre 8 e 10 de agosto, os jogadores podem encarar três cenários: Cerco do Cairo, que leva o combate para ruas estreitas, vielas e prédios urbanos, criando confrontos eletrizantes entre infantaria e veículos; Pico da Libertação, nas montanhas nevadas do Tadjiquistão, um ambiente amplo e acidentado que favorece snipers, combates aéreos e tanques; e Ofensiva Ibérica, ambientada em Gibraltar, onde ruas estreitas, áreas destruíveis e verticalidade exigem planejamento e uso estratégico de blindados.
Já no Fim de Semana 2, entre 15 e 17 de agosto, o destaque é a chegada de Empire State, situado no Brooklyn, Nova York. Este mapa urbano é focado em combates de infantaria e oferece ação acelerada em ruas icônicas, becos e telhados interligados. A verticalidade intensa e o ritmo frenético tornam cada partida imprevisível, garantindo momentos de pura adrenalina para quem busca tiroteios rápidos e posicionamento inteligente. As viradas de jogo são constantes e o jogo está menos previsível do que nunca!
Além dos mapas, o Beta oferece uma boa variedade de modos de jogo, mesclando tradição e inovação. Entre os clássicos, estão Conquista, o coração de Battlefield, com grandes mapas e batalhas orgânicas; Ruptura, que divide o campo em setores para ataques e defesas estratégicas; e Dominação, com partidas curtas e cheias de ação em áreas reduzidas. Para quem quer experimentar algo diferente, há Ruptura com Armas Determinadas, que limita o arsenal por classe e exige adaptação, e Domínio da Colina, onde todos disputam um único ponto central em combates intensos.
No segundo final de semana, dois modos adicionais entram em cena: Investida, um clássico em que atacantes plantam explosivos em sistemas M-COM e defensores tentam impedir as detonações, e Mata-mata em pelotão, que coloca quatro esquadrões em disputa para alcançar primeiro a contagem de eliminações. Com essa combinação de mapas variados e modos envolventes, o Beta Aberto está mostrando que Battlefield 6 está preparado para entregar batalhas incríveis e muita ação para os jogadores e jogadoras, trazendo toda aquela nostalgia dos melhores jogos da franquia, mas com diversos toques especiais.
Quase tudo é destrutível
Honestamente, a primeira impressão que tive de Battlefield 6 foi da parte visual. E quando digo isso, não é só uma análise da parte gráfica. Vai muito além! Os cenários são ricos em detalhes e a sensação de escala é muito imersiva. Mas o que realmente me chamou a atenção neste primeiro momento é o retorno da destruição como elemento central da gameplay. Não estamos falando apenas de explosões bonitas para enfeitar a tela. Aqui, cada parede derrubada, cada prédio colapsado e cada buraco aberto no chão tem valor estratégico. É simplesmente cinematográfico ver coisas sendo explodidas, prédios caírem e tudo mais.
Essa mecânica é chamada pelo Battlefield Studios de Tactical Destruction, ou melhor… Destruição Tática. Na prática, ela demonstra que você pode usar a destruição para criar rotas alternativas, eliminar coberturas inimigas e até transformar um ponto de defesa em uma armadilha mortal. Num momento, você está defendendo uma casa; no seguinte, um tanque inimigo abre a lateral inteira do prédio, deixando todos expostos. E é justamente nisso que a beleza de Battlefield 6 reside, em nos fazer mudar constantemente de estratégia e posicionamento, algo que a destruição em massa nos obriga a fazer.
Tudo isso lembra muito o que vimos no passado, especialmente em Bad Company 2 e Battlefield 4. Mas agora, com a fidelidade gráfica atual e um sistema de física mais refinado, a experiência é ainda mais impressionante. Neste ponto, o Beta Aberto já deu um baita gosto do que poderemos esperar da versão final.
O tal do sistema de combate cinestésico
Outro destaque apresentado no Beta Aberto de Battlefield 6 é o chamado Kinesthetic Combat System (Sistema de Combate Cinestésico), um conjunto de melhorias de movimentação que tornam a experiência mais fluida e responsiva. Agora é possível fazer coisas que até então não existiram na franquia, como correr agachado para se deslocar rapidamente e menos exposto; fazer rolagens para reduzir dano de queda; arrombar janelas com um impacto mais cinematográfico; e, por fim, arrastar aliados feridos para coberturas antes de revivê-los, algo que é extremamente útil.
Na prática, essas adições não mudam radicalmente a fórmula, mas aumentam as oportunidades para jogadas heroicas e resgates no último segundo. É aquele tipo de detalhe que não parece essencial até o momento em que salva a sua vida ou a do seu esquadrão. Com isso, a jogabilidade de Battlefield 6 está extremamente refinada, prometendo trazer ainda mais emoção em sua versão final. Afinal de contas, se o jogo está redondinho assim no Beta Aberto, imagine no lançamento em outubro!? Fica aí a expectativa!
O retorno das classes clássicas
Uma das coisas que mais percebi por parte da comunidade foi a decisão do retorno das quatro classes tradicionais, que trazem a franquia de volta ao eixo. São elas:
- Assault (Assalto): versátil, ideal para combates diretos.
- Engineer (Engenheiro): especialista em veículos e explosivos.
- Support (Suporte): munição extra e suporte de supressão.
- Recon (Reconhecimento): snipers e inteligência de longo alcance.
No entanto, há uma novidade bem interessante em Battlefield 6: agora qualquer classe pode usar qualquer arma. Isso dá mais liberdade para personalizar o estilo de jogo, mas mantém habilidades e equipamentos específicos como a principal diferença entre elas. Além disso, cada classe possui Field Specs, especializações que oferecem bônus específicos, como recarga mais rápida de granadas ou resistência a efeitos de flashbang. Essa combinação entre o tradicional e o flexível é um acerto em cheio. A essência de Battlefield está intacta, mas com espaço para novas estratégias. A única coisa que eu recuperaria do último jogo é a possibilidade de editar a arma durante a partida.
Battlefield em sua melhor forma
Battlefield 6 traz tudo o que os fãs da franquia queriam. O Beta Aberto trouxe consigo uma excelente sensação, apresentando aquela mistura inconfundível de caos controlado, estratégia e imersão cinematográfica que sempre definiu a franquia. A sensação não vem somente da estética ou da ambientação, mas de como todos os elementos de gameplay se conectam para criar partidas memoráveis.
A parte de áudio, por exemplo, é um espetáculo: o estrondo de um tanque disparando, o eco de tiros em um corredor estreito e o som seco de destroços caindo dão ao jogador uma percepção imersiva e muito realista do campo de batalha. Essa qualidade sonora, combinada com a escala e a intensidade das lutas, contribui para a imersão de forma que poucos jogos de tiro conseguem reproduzir.
Outro ponto que reforça essa sensação de retorno à essência é o equilíbrio entre trabalho em equipe e protagonismo individual. Em Battlefield 6, um esquadrão bem coordenado pode dominar setores inteiros, utilizando a destruição como recurso estratégico para abrir rotas, eliminar coberturas inimigas ou criar pontos de ataque inesperados. Veículos como tanques, helicópteros e blindados continuam sendo essenciais na virada de uma partida, mas exigem muita cooperação para atingir todo o seu potencial. Essa combinação de realismo sonoro, importância dos veículos e ênfase na coordenação faz com que cada partida se sinta como um capítulo único em uma guerra maior, reforçando que a franquia voltou ao seu melhor momento.
O que esperar de Battlefield 6?
O Beta Aberto de Battlefield 6 nos deixou extremamente claro que a franquia está no caminho certo para recuperar o prestígio perdido e reafirmar novamente seu lugar entre os grandes jogos de tiro multiplayer. Essa prévia mostrou não somente um retorno às raízes que conquistaram milhões de jogadores, mas também a adoção de melhorias pontuais que tornam a experiência mais fluida, tática e imersiva. Se, no passado, a série vacilou ao se afastar de sua identidade, agora vemos um projeto que finalmente escutou a comunidade, reconhecendo parte dos erros e apostando no que realmente funciona: mapas variados, destruição com impacto real nas partidas, classes bem definidas e um sistema de jogo que valoriza o trabalho em equipe.
O grande desafio será manter esse padrão no lançamento e durante o ciclo de vida do jogo. Um suporte consistente, com atualizações bem pensadas, balanceamento cuidadoso e novos conteúdos que mantenham o frescor sem comprometer a essência, será crucial para transformar esse entusiasmo inicial em longevidade. Caso a EA e a Battlefield Studios consigam equilibrar ambição e qualidade, evitando exageros que já prejudicaram títulos anteriores, Battlefield 6 tem tudo para não só resgatar os veteranos da série, mas também conquistar uma nova geração de fãs. Mais do que promissor, o jogo já se mostra excelente em seu Beta Aberto, consolidando-se como um forte candidato a um dos grandes jogos de tiro desta década.
*Review feita em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela Electronic Arts.
