#BLUD | Review
#BLUD é uma criação do Exit 73 Studios, publicada pela Humble Games, com lançamento marcado para o dia 18 de junho. O jogo narra a história de uma menina criada apenas pelo pai, que se muda para uma nova cidade. Ela precisa fazer amizade com os colegas da escola e desvendar os mistérios dos seus ancestrais, pois a cidade está repleta de vampiros e há indícios de que a história de sua mãe está ligada aos eventos atuais.
Quer saber o que achamos da mais nova aventura independente? Acompanhe a partir de agora mais uma review antecipada aqui no Pizza Fria!
Uma grata surpresa em #BLUD
À primeira vista, #BLUD pode parecer um jogo comum ao lermos sobre a história, apesar de seus gráficos atraentes. No entanto, ao assistir a vídeos do jogo, percebemos o potencial que ele tem e surge o interesse em descobrir a história de Becky Brewster, ou simplesmente Becky.
A história, embora não seja surpreendente ou inovadora, é bem construída, sem deixar pontas soltas e apresenta momentos de clímax muito interessantes. Há uma mecânica de rede social intimamente ligada à narrativa, permitindo que o jogador acompanhe o progresso das missões/tarefas, embora possa ser um pouco confusa no início. As ferramentas adicionadas ao gameplay, como tirar fotos dos inimigos, são bastante empolgantes, e até mesmo com os chefes tentamos tirar fotos para ver se são contabilizadas – vale a pena fazer o teste.
As interações de Becky com as outras personagens são interessantes, apresentando diálogos distintos que refletem as personalidades únicas de cada um, contribuindo para o desenvolvimento da trama. Além disso, é possível encontrar missões secundárias que ajudam a aprimorar os poderes e facilitar os combates.
Seja o melhor amigo ou o próprio pai, cada personagem tem suas razões e histórias, e eu poderia mencionar outra figura bastante peculiar, mas isso estragaria uma das surpresas de #BLUD. Desde o começo, é claro contra quem lutaremos e o que esperar do final, mas são os caminhos que percorremos para chegar lá que tornam a narrativa tão envolvente e cativante.
Gráficos e sons surpreendentes
Não sei se é pela nostalgia, mas os conceitos artísticos empregados em #BLUD foram um dos destaques. Com um estilo cartoon e cores vibrantes, é assim que podemos descrever as formas presentes no jogo. Tudo é bem desenhado e tem uma função ou se encaixa perfeitamente no contexto ao qual pertence.
Seja durante o jogo ou nas cutscenes, que nos remetem aos desenhos clássicos da era de ouro do Cartoon Network ou Hanna-Barbera, tudo foi criado com esmero e delicadeza. Até os vilões, que geralmente são vistos como “feios” ou “repulsivos”, são tão bem elaborados que acabam conquistando nossa empatia.
Mecânicas ajustadas, porém incompletas
Embora as coisas funcionem muito bem em #BLUD, seja pela progressão bem executada ou pelo aumento gradual da dificuldade que acompanha o desenrolar do jogo, as habilidades que Becky adquire durante sua jornada e os recursos que surgem estão alinhados com os eventos da narrativa. Os poderes que Becky obtém estão diretamente relacionados às missões que o jogador escolhe realizar, independentemente da trama principal.
No entanto, acredito que os itens utilizados poderiam ser melhorados. Os lápis que Becky usa são bem elaborados (embora o lançamento não seja tão preciso), mas o mesmo não pode ser dito das bombas que ela adquire ao longo da aventura, pois essa ferramenta poderia ter sido substituída por algo que se encaixasse melhor na história.
Vale a pena comprar #BLUD?
#BLUD é uma agradável surpresa entre os numerosos jogos independentes, destacando-se tanto pelos gráficos caprichados quanto pela narrativa envolvente. Recomendo, como nas especificações, o uso de um controle para uma experiência otimizada, especialmente porque a versão disponível é para PC na plataforma Steam. É importante mencionar que o jogo está totalmente localizado para o português brasileiro e oferece uma demo na loja, permitindo que os interessados testem antes de efetuar a compra. #BLUD chega nesta terça-feira, 18, para Xbox One, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC, via Humble Store e Steam.
*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código disponibilizado pela Humble Games.