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Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated | Review

Eu nunca havia jogado Breath of Death VII: The Beginning, um clássico indie lançado em 2010. No entanto, já tinha ouvido falar de suas contribuições para o gênero de JRPG e quando surgiu o convite da Shadow Layer Games para testar a nova versão, Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated, decidi embarcar nessa jornada.

E você quer saber o que esse JRPG cheio de charme nostálgico e humor irreverente vai te oferecer? Vem comigo em mais uma review do Pizza Fria!

Um mundo após o apocalipse, mas com muito humor

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde a humanidade foi extinta após um evento catastrófico. Nada novo no cenário. Acontece que, diante da falta de humanos, esqueletos, zumbis, vampiros e fantasmas decidiram criar novas civilizações. É nesse contexto que conhecemos Dem, um cavaleiro esqueleto que atua como protagonista silencioso, mas cujos pensamentos são revelados de forma humorística através do Thoughts-Subtitle-o-Matic, um recurso que adiciona muita personalidade ao personagem.

A narrativa é simples, centrada em uma missão clássica de RPG: encontrar cristais mágicos que podem mudar o curso do mundo. No entanto, é o tom leve e repleto de piadas que torna a experiência única. Os diálogos são cheios de trocadilhos e referências a jogos clássicos, o que deve arrancar aquele sorriso de canto de boca para os veteranos no gênero JRPGs. Dito isso, é importante frisar que falamos de um jogo de 2010, e alguns desses elementos podem soar datados ou excessivos para jogadores mais jovens ou menos familiarizados com o gênero.

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated
E lá vamos nós de novo (Imagem: Divulgação)

Mecânicas clássicas com toques modernos

Breath of Death VII é um JRPG em turnos clássico, mas que introduz pequenas novidades para modernizar a experiência. Me chamou atenção o sistema de combos, que incentiva o uso de estratégias para maximizar o dano de ataques especiais. Contudo, é importante ficar atento: conforme as batalhas se prolongam, os inimigos ficam mais fortes, aumentando em 10% seus atributos a cada turno. Isso adiciona uma camada de urgência e desafia os jogadores a equilibrar agressividade com gerenciamento de recursos.

Aliás, o gerenciamento de recursos é um ponto crucial. A vida da party é automaticamente restaurada após cada batalha, mas a magia não, o que obriga a utilizar pontos de salvamento para recarregar MP. Essa escolha é interessante, pois torna o uso de habilidades uma decisão tática. No entanto, a ausência de um autosave nessa nova versão pode gerar frustrações, especialmente em momentos em que você se esquece de salvar e acaba perdendo progresso após uma derrota.

Outra mecânica interessante é o limite de encontros aleatórios por área, que pode ser zerado manualmente através de um comando no menu. Isso facilita a exploração de dungeons sem a pressão constante de combates, além de permitir um grind rápido quando necessário.

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated
A apresentação clássica de batalhas em turno está presente em Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated (Imagem: Divulgação)

Uma nova camada de brilho

Pelo que pesquisei, a maior transformação de Breath of Death VII está na sua apresentação visual. Os gráficos pixelados de 8 bits do original foram substituídos por visuais de 16 bits, com ambientes mais detalhados e coloridos. Atualização que traz um ar de modernidade sem perder o charme retrô.

A trilha sonora, item quase obrigatório em JRPGs, é um show à parte e adicionam muito à experiência, trazendo a atmosfera de um mundo abarrotado de criaturas bizarras. No entanto, um detalhe que senti falta foi a opção de alternar entre a trilha original e a nova, comum em remasterizações do tipo, algo que seria um toque extra de nostalgia para os fãs da primeira versão.

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated
Charmoso, não? (Imagem: Divulgação)

Duração e conteúdo adicional

Com cerca de cinco horas de duração, Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated oferece uma experiência de JRPG bem enxuta, que pode ser terminado em apenas um final de semana. No entanto, a introdução de modos adicionais, como o Dragonduck Mode, aumenta o fator replay. Para desbloqueá-lo, é necessário coletar itens específicos durante a campanha principal, o que adiciona um elemento de desafio para quem busca os 100%.

Mesmo assim, apesar de sua curta duração, senti que algumas partes poderiam ter sido mais desenvolvidas. O sistema de chat entre os personagens, por exemplo, poderia oferecer mais variedade e profundidade às interações. Ainda assim, a narrativa e a jogabilidade mantêm o game envolvente do início ao fim. Também é importante frisar que o game está disponível somente em inglês, e nenhum outro idioma foi lançado.

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated
Por vezes a gente só quer andar em um mapa mundi clássico, e não explorar um mundo aberto gigante (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated?

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated é uma remasterização que faz jus à fama do original, proporcionando uma experiência divertida, acessível e nostálgica. Mesmo sem ter jogado a versão de 2010, consegui aproveitar plenamente o humor, as mecânicas e as melhorias visuais e sonoras que tornam esta edição especial. E acho que a proposta do estúdio era essa: atrair novos players para um clássico do gênero.

Se você é fã de JRPGs clássicos ou busca uma experiência mais curta e descontraída, vale a pena conferir Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated. A Shadow Layer Games conseguiu equilibrar nostalgia e modernidade em um pacote coeso e prazeroso.

Breath of Death VII: The Beginning Reanimated foi lançado em dezembro de 2024, somente para PC, via Steam, e custa apenas R$ 16,99, um preço bastante atrativo para o que oferece.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela Shadow Layer Games.

Breath of Death VII: The Beginning: Reanimated

BRL 16,99
7.5

História

7.5/10

Gameplay

8.0/10

Gráficos e Sons

8.5/10

Extras

6.0/10

Prós

  • Humor e referências
  • Gráficos charmosos
  • Trilha sonora
  • Mecânicas de combate

Contras

  • Ausência de autosave
  • Somente em inglês

Lucas Soares

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS4, PSVR, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem "só" um PS5, um Nintendo Switch e um PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, The Last of Us Part II e Red Dead Redemption 2 completam o Top-5.

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