Call of Duty: Black Ops 7 (Multiplayer) | Preview
Quando Call of Duty: Black Ops 7 foi anunciado, muitos jogadores ficaram em dúvida sobre o que esperar. Não só isso, muitos reclamaram. Afinal de contas… outro Call of Duty de novo? Porém, a Activision já deixou claro que há uma rotatividade na franquia, que agora faz parte do ecossistema da Xbox. Depois do sistema de movimentos Omnimovement, apresentado em Black Ops 6, a comunidade se dividiu entre elogios e críticas, sobretudo pelos exageros. Agora, o novo capítulo da franquia promete refinar, e dar ainda mais ação a essa fórmula. Mas será que esse salto de ousadia leva Call of Duty a novos patamares, ou apenas intensifica os problemas já levantados no passado?
Diante disso, muitas questões surgem na cabeça dos fãs, que esperam grandes mudanças na franquia que, para muitos, precisa de novidades para ontem. Desta forma, esta preview abordará as primeiras impressões do que o mais novo jogo da franquia trará para nós, jogadores e jogadoras. Bem… pelo menos no que diz respeito ao modo multiplayer. Confira!
O Omnimovement está de volta e ainda mais insano (e exagerado)
Black Ops 6 já havia transformado sua movimentação em um verdadeiro espetáculo. É quase um jogo de tiro com parkour. Em Black Ops 7, a Treyarch dobra a aposta, trazendo novidades que mudarão totalmente as táticas. A principal delas é o wall jump, que agora é peça central das partidas, fazendo os personagens pularem pelas paredes por até três vezes. Com isso, agora é possível cruzar cenários de maneira totalmente acrobática, algo que pode ser usado para confundir e até mesmo surpreender os inimigos, com mudanças bruscas de direção.
A sensação que fiquei é a de que mirar ainda importa, mas não tanto quanto antes. Agora, a prioridade está em saber como se mover durante os tiroteios. É claro, a mira vale, mas há mais em jogo. Com isso, slides, dives e corridas continuam presentes, mas perdem um bocado do protagonismo diante das possibilidades oferecidas pelos pulos nas paredes. Diante disso, a dificuldade varia de jogador para jogador. Para veteranos, o aprendizado é rápido e, consequentemente, recompensador. Contudo, para novatos, a novidade pode ser cruel: o jogo pune quem não entende a nova dinâmica. Essa decisão, apesar de arriscada, reforça a identidade da franquia.
Call of Duty: Black Ops 7: 15 dicas para dominar o modo multiplayer!
Se concorrentes como Battlefield se concentram em batalhas mais cadenciadas, Call of Duty assume sua persona mais frenética, colocando reflexos e criatividade acima do realismo. Desta forma, como em Black Ops 6, essas novas mudanças podem agradar ou irritar os jogadores e jogadoras. Mas é inegável que isso traz mais personalidade para a jogabilidade insana que a franquia vem apresentando desde os últimos anos. Em minha modesta opinião, as partidas estão extremamente aceleradas e intensas como nunca visto em Call of Duty. Doideira…

Velocidade é outra novidade
Outra grande novidade na jogabilidade é que a velocidade base dos personagens notavelmente aumentou. Isso significa que, em poucos segundos, sua tela pode estar tomada por explosões, inimigos pulando e tiros vindo de todas as direções. O caos é constante e isso pode nos deixar bem confusos no início. Mas acredite, é simplesmente questão de prática. Logo na primeira partida, senti um baque absurdo. Afinal, eu era eliminado toda hora. Felizmente, ao entender o novo cenário, consegui logo dominar o jogo e ter resultados excelentes.
Porém, há um detalhe interessante: essa aceleração não torna o jogo simplesmente descontrolado. Pelo contrário, cria a necessidade de decisões instantâneas e uma concentração quase obsessiva. Cada esquina pode ser fatal. Cada segundo perdido pode significar respawn. É aqui que Black Ops 7 tenta, e até consegue, se diferenciar de seu antecessor: a adrenalina é alta, mas o jogo também exige mais leitura tática. Um vacilo e já era. Com isso, saber quando usar o slide, qual parede utilizar para saltar e em qual momento gastar a corrida tática é algo essencial.

Mapas bem feitos e verticalizados
Nesse primeiro momento, durante o beta, foi possível perceber que os mapas inéditos foram claramente desenhados para explorar o Omnimovement. Blackheart, por exemplo, é praticamente um parque de diversões para quem domina o wall jump, cheio de pontos de escalada e ângulos verticais. Já Forge recompensa precisão e posicionamento, criando oportunidades para emboscadas rápidas. Além disso, Toshin abre espaço para combates em áreas mais abertas, onde snipers encontram terreno fértil. Com isso, percebemos que os pulos pelas paredes trazem novas possibilidades aos jogadores de chegarem a pontos mais altos. Mas não é para qualquer um.
No total, a Activision anunciou que o jogo chega com 18 mapas multiplayer: 15 inéditos, três remasterizados e dois de larga escala, no estilo 20 vs 20. Imagine a bagunça… Essa variedade ajuda a equilibrar os estilos de jogo, mas não esconde a clara intenção da Treyarch de privilegiar a movimentação veloz e combates próximos. Visualmente, os cenários estão maravilhosos. Toshin, ambientado em uma metrópole japonesa futurista, combina arquitetura moderna com becos claustrofóbicos. Blackheart aposta no ambiente industrial de uma plataforma marítima, enquanto Imprint leva os jogadores a uma fortaleza nevada. Porém, éo design não é só estético: cada detalhe conversa diretamente com o Omnimovement.

Novidades que podem balançar os fãs
Como dito anteriormente, Call of Duty: Black Ops 7 pode ser um divisor de águas, para o bem ou para o mal. O jogo segue com mecânicas clássicas. A corrida tática, que antes era padrão, agora depende de um perk. Isso cria escolhas estratégicas na hora de montar o loadout, já que equipá-lo reduz um pouco a velocidade da corrida normal. Outro ponto é o Sistema de Overclock, que permite personalizar os Scorestreaks e equipamentos. Imagine dar upgrades específicos em drones, minas ou killstreaks, adaptando-os ao seu estilo de jogo. Essa nova camada de customização torna cada partida única, mas também abre margem para debates sobre o balanceamento do jogo.
E já que estamos falando de coisas que podem causar polêmicas, a Gravemaker, nova sniper que atravessa paredes, promete ser uma das armas mais controversas e “roubadas” do ano. Funciona quase como um wall hack legítimo, capaz de abater inimigos do outro lado do mapa. Se é divertido? Sim. E exige muita destreza. Mas equilibrada? Provavelmente muitos não acharão. Com isso, a Activision terá muito trabalho para ajustar esse recurso. Essas adições certamente dividirão opiniões. Mas é inegável que Black Ops 7 tenta criar sua própria identidade. Imagine esse jogo no competitivo…

Novidades da progressão
Em minha modesta opinião, um dos grandes acertos de Black Ops 7 é a volta do sistema de prestígio. Dessa vez, porém, ele conversa diretamente com toda a experiência Call of Duty. Seja na campanha, no multiplayer, nos Zombies ou até mesmo no Warzone, o jogador pode acumular XP e progredir. Essa progressão unificada cria uma sensação de continuidade rara na franquia. Tudo o que você faz contribui para seu perfil geral, evitando a fragmentação que incomodava nos títulos anteriores. Com isso, todos os jogadores serão contemplados com a progressão.
Ou seja, caso você tenha interesse em mudar de modo de jogo, não chegará zerado. A integração garante que nenhum tempo de jogo seja desperdiçado. É uma solução excelente e, sem dúvida, uma das melhores novidades da edição.

Esqueceram de mim?
Para quem, assim como eu, ficou viciado no Warzone ao longo da pandemia, vem aí um problemão. O Warzone parece ter ficado em segundo ou terceiro plano. Fora o novo mapa de ressurgência, Haven’s Hollow, e pequenas alterações em Verdansk, as mudanças são discretas. O Omnimovement aparece de forma bem limitada, sem o wall jump, deixando a jogabilidade praticamente igual às versões anteriores.
Isso levanta a dúvida: qual será o futuro do battle royale dentro da franquia? Por enquanto, Warzone parece viver de passado, sem inovações à altura do restante do pacote. Esse é um grande problema que pode mexer muito com os jogadores deste modo. Particularmente, confesso que, com a estagnação e as skins exageradas do Warzone, o jogo perdeu todo aquele brilho de outrora.

O que esperar de Call of Duty: Black Ops 7?
Durante o beta, foi possível sentir parte do que Black Ops 7 oferece. Os mapas testados apresentaram um bom equilíbrio entre combate frenético e pontos estratégicos. Visualmente, ambos impressionam pelo detalhe futurista e pela integração ao gameplay. Porém, o destaque ficou para as novidades do Omnimovement. O wall jump adiciona uma camada nova de profundidade, mesmo que soe exagerada para alguns. O nerf no slide também trouxe equilíbrio, fazendo com que as partidas fiquem menos caóticas que em Black Ops 6, embora ainda extremamente rápidas.
Assim, posso considerar até agora que Call of Duty: Black Ops 7 é um jogo de contrastes. De um lado, acelera tudo ao limite, mergulhando no caos da movimentação extrema. Do outro, apresenta escolhas inteligentes, como o retorno do prestígio e a progressão global, que unem nostalgia e modernidade. Assim, o resultado é uma experiência que pode dividir opiniões, mas que certamente não deixará ninguém indiferente. Os veteranos vão se sentir desafiados a reaprender o ritmo, enquanto novatos terão um caminho árduo pela frente.
Infelizmente, o Warzone não acompanha o mesmo fôlego e soa como um modo secundário. No fim, a impressão é clara: Black Ops 7 não é apenas uma sequência, mas uma afirmação da identidade da franquia. Mais rápido, mais vertical e mais imprevisível, ele nos coloca diante de uma pergunta essencial: você está preparado para sobreviver ao caos? Para quem está acostumado com jogos mais cadenciados, a experiência não será nada fácil…
Call of Duty: Black Ops 7 chega em 14 de novembro para Xbox Series X|S, Xbox One, PC, via Game Pass, Microsoft Store, Battle.net e Steam, e PlayStation 5 e PlayStation 4.


