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Clock Tower: Rewind | Review

Clock Tower: Rewind é um jogo de terror e sobrevivência de apontar e clicar com perspectiva em 2D e gráficos em 16-bits. O game publicado pela WayForward, responsável por RiverCity Girls 2 e Contra: Operation Galuga e desenvolvido pela Limited Run Games, foi lançado no dia 29 de outubro para os consoles da atual geração, e é uma releitura do jogo original lançado em 1995 no Super Famicon, apenas no Japão, trazendo melhorias na qualidade de vida, como filtros para suavização da imagem, opções de salvamento e rewind, em um game com um inimigo implacável e perseguições desafiadoras.

Escolha entre o jogo original de 1995 ou a versão aprimorada de Clock Tower, corra, se esconda e sobreviva enquanto tenta escapar do psicótico homem tesoura, curta a belíssima arte 2D atmosférica com animações detalhadas e efeitos sonoros assustadores que intensificam a tensa jogabilidade do point-and-click, e tente fazer todos os oito finais do jogo.

Mas e aí meu amigo, ficou curioso e quer saber como esse clássico do Super Famicon ficou nas telinhas OLED do console hibrido da Nintendo? Pois já sabe o que fazer, né? Bora dar aquela pausa na leitura para passar um coado quentinho e aquecer o coração, procura aquela quatro queijos de sábado que ficou no cantinho da geladeira, e vem conferir comigo nessa nossa análise macabra do Pizza Fria!

Seja bem-vindo à misteriosa mansão

Foi em setembro quando Jennifer e suas amigas, Anne, Laura e Lotte, todas criadas no orfanato Granite, receberam uma oferta para serem adotadas pelo recluso rico Simon Barrows, que vive em uma velha mansão, conhecida como a torre do relógio. Acompanhadas pela senhorita Mary, às jovens seguiram até aquela grande e misteriosa mansão, e ao chegar, a mulher que as trouxe, sai para cumprimentar o anfitrião.

Notando a demora anormal da mulher, Jennifer se oferece para se aventurar, e parte em busca de Mary, porém, ao escutar gritos na sala de entrada, a garota volta, percebe que as luzes estavam todas apagadas, e não havia mais ninguém no local. Assustada, mas achando se tratar de uma pegadinha, a garota volta a procurar pela senhorita Mary, e agora também por suas irmãs, mas, barulhos estranhos vindos de uma porta no corredor escuro chamam sua atenção, e quando Jennifer entra no banheiro para investigar, encontra o cadáver de Laura, amarrado na ducha do banheiro, e um estranho garoto com uma enorme tesoura emerge da banheira e começa a persegui-la.

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Jennifer encontra o corpo de Laura, amarrado à ducha do banheiro, quando um ser estranho com uma tesoura gigante vai em sua direção. (Imagem: Reprodução)

E assim, a jornada de Jennifer pela mansão da torre do relógio inicia, em um game com diversos caminhos, onde cada detalhe pode mudar o rumo da história, e uma trama que irá te entregar até oito finais diferentes.

Um game que agrada dos casuais a veteranos

Como mencionado acima, Clock Tower: Rewind é um jogo de terror e sobrevivência point-and-click, com a perspectiva em 2 dimensões e gráficos 16-bits, onde você controla a órfã Jennifer Simpson, recém-adotada pela família Barrows, que deve explorar uma grande e misteriosa mansão.

Clock Tower: Rewind
A nova versão de Clock Tower traz melhorias de qualidade de vida ao game. (Imagem: Reprodução)

Tendo dito, em Clock Tower: Rewind você poderá optar por duas versões do jogo, a Rewind, onde você ira encarar a versão melhorada de Clock Tower, trazendo melhorias de qualidade de vida, e conteúdos restaurados de Clock Tower First Fear, ou a versão Original, que como o próprio nome sugere, entrega a versão original do game de 1995.

A clássica jogabilidade do apontar e clicar, mas nos controles

Os comandos de Clock Tower: Rewind são até bem simples, e ficaram até bastante intuitivos no Pro Controler do Nintendo Switch. Com os botões L e R você se move, Jennifer irá correr, enquanto o direcional analógico e o em cruz, você moverá a seta do “mouse”, o botão menos pode ser usado para definir a velocidade da seta, tendo 3 níveis de velocidade diferentes.

Com botão X a garota para de correr e se você pressionar novamente, ela senta no chão para recuperar estamina, Y é o botão usado para confirmar as ações, segurar A abre o menu de itens, enquanto B por sua vez, é o botão de pânico, que só poderá ser usado quando Jennifer estiver desesperada, e consome muita estamina.

Além desses comandos, a versão Rewind de Clock Tower entrega a opção de rebobinar, e para isso, basta que você segure o botao Zl a qualquer momento, e com Zr você irá abrir um menu, onde poderá resetar o jogo, e modificar o tamanho da tela, que varia em 4 tamanhos diferentes, tela cheia, a que vem por padrão, e mantém as proporções originais da tela, nativa 2x e nativa, que apesar de diminuir a imagem mostra o game na proporção original que ele foi lançado e esticado, que deixa a tela inteiramente preenchida, mas toda distorcida, aí vai da preferência de cada jogador.

Clock Tower: Rewind
O filtro de CRT adiciona linhas à tela e deixa o jogo ainda mais bonito. (Imagem: Reprodução)

É possível também nesse menu, ligar ou desligar o filtro CRT, que imita as televisões antigas adicionando as famosas scanlines à tela, ligar ou desligar as bordas, e você poderá escolher entre 6 bordas diferentes, sair do jogo e voltar para o menu inicial e por fim, você ainda poderá usar o novo menu para salvar seu progresso.

Um jogo rico em conteúdo extra

Clock Tower: Rewind é um jogo rico em conteúdo extra, possui uma nova e belíssima introdução em animação, com a música “Sharp Laughter” de Dale North, contendo vocal de Mary Elizabeth McGlynn, responsável por músicas de jogos como Silent Hill e Dance Dance Revolutuion: Extreme, e Emi Evans, cantora de Nier Replicant, os Motion Comics, que são cenas animadas ao estilo revista em quadrinhos, com dublagem em inglês, e são liberadas à medida que você progride na história.

Além desses, as entrevistas com Hifumi Kono, designer e diretor do jogo, são 10 entrevistas todas elas legendadas em inglês, uma galeria de imagens, com manual do game para PlayStation 1, Clock Tower: The First Fear, uma história em quadrinhos, inspirada em First Fear, a caixa do jogo para Super Famicon, e o manual de Clock Tower para o SFC.

Clock Tower: Rewind
As histórias em quadrinho são dubladas em inglês, uma pena o game não ter legendas em português do Brasil. (Imagem: Reprodução)

Por fim, você encontrará um como jogar no menu de extras, te ensinando rapidamente a ação que cada comando pode realizar durante a gameplay, além de poder jogar uma versão demonstração de Clock Tower japonesa. E por fim, Clock Tower: Rewind conta com um tocador de música, para quando você quiser dar aquela pausa na jogatina, mas estiver a fim de curtir a trilha sonora do jogo.

Desempenho e audiovisual de Clock Tower: Rewind

Clock Tower: Rewind é um game com gráficos simples, em 16-bits, e acho que nem preciso dizer o quão bem roda no console híbrido da Nintendo, e durante todas minhas jogatinas, não tive problemas com bugs, gargalos ou travamentos, tudo rodou bem lisinho. O game possui um trabalho bem bonito em pixel art, com cenários extremamente bem detalhados e muito bem ambientados, personagens e inimigos que se destacam com relação ao fundo, além das opções de tamanho e filtro da tela, que somaram para suavizar e deixar o game ainda mais agradável aos olhos dos jogadores da atual geração.

Clock Tower: Rewind
Apesar de ser um jogo lançado para o Super Famicon, Clock Tower é um jogo bonito com cenários muito bem detalhados. (Imagem: Reprodução)

Quanto às músicas e efeitos sonoros, tudo está ótimo e complementando a ambientação do game, a nova música cantada da apresentação, que também toca no menu do game é bem bacana e os efeitos sonoros dão um ar de Hitchcock a algumas cenas do game. Por fim, o que não posso deixar de mencionar é que Clock Tower: Rewind pode ser jogado em 9 diferentes idiomas, mas infelizmente, a localização para Português do Brasil ficou de fora dessa vez.

Vale a pena joga Clock Tower: Rewind?

Sem dúvidas alguma, Clock Tower: Rewind, vale a pena! Se você é fã do gênero terror e sobrevivência, o game é um prato cheio com direito a perseguições implacáveis e um inimigo tão cruel quanto o próprio Pyramid Head. Além disso, o game conta com 8 diferentes finais, o que aumenta consideravelmente a vida útil do game, e uma gama extensa de conteúdos extras que são realmente bons, como as entrevistas com o diretor, que gostei bastante.

É claro que nem tudo são flores e infelizmente o game não está legendado em nosso idioma, mas se isso não for um problema para você, e quiser curtir um point-and-click de respeito, vá em frente, pois você inúmeras horas de diversão.

Clock Tower: Rewind foi lançado para Nintendo SwitchPlayStation 4, PlayStation 5Xbox Series X|S e PC, via Steam, no dia 29 de outubro.

*Review elaborada no Nintendo Switch com código fornecido pela WayForward.

Clock Tower: Rewind

BRL 108,99
8

História

7.0/10

Gameplay

7.0/10

Audiovisual

8.0/10

Extras

10.0/10

Prós

  • Fator replay alto, o game possui 8 finais diferentes.
  • Diversos conteúdos extras que agregam valor ao game.
  • Opções de filtro para suavização da tela

Contras

  • Ausência de legendas em Português do Brasil.
  • A gameplay pode não ser tão intuitiva para jogadores causais.

Filipe "Bdama" Villela

Aficionado por jogos desde cedo, de Bomberman, Zelda, Sonic ou Mário, indo dos clássicos das gerações passadas, até os indies e mais variados AAA atuais. Viciado em desafios, colecionador de platinas e consoles antigos, para mim não importa a plataforma ou gráficos de um jogo, sou movido pela emoção da aventura de conhecer e desbravar novos mundos, uma viagem única que apenas cartuchos e cd's podem nos levar. Embarque comigo nesse mundo de possibilidades infinitas e venha descobrir novos mundos e maneiras de se aventurar!

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