AnálisesPCSlideXbox

Halo: Combat Evolved Anniversary | Review

Seguindo a série de análises da Halo: The Master Chief Collection, o jogo da vez é Halo: Combat Evolved Anniversary. O título, lançado originalmente em 2001, para PC e Xbox, é o primeiro da série, embora na cronologia, seja o segundo, atrás de Halo: Reach. Portanto, é interessante deixar claro desde então, que o título é uma versão remasterizada e reflete muito da época, sobretudo em seus gráficos, storytelling e level design.

De toda forma, será que o título ainda consegue trazer uma experiência divertida para os dias atuais? Ele é “datado”? Essa e outras questões serão discutidas nesta análise!

A história

Halo: Combat Evolved Anniversary, traz uma aventura vivida pelo icônico Master Chief. O conhecido personagem acaba caindo em um mundo em forma de anel chamado Halo, tendo a difícil missão de auxiliar os humanos remanescentes a resistirem e sobreviverem à ameaça do terrível exército Covenant. Contudo, ao fazer isso, ele e a inteligência artificial Cortana (sim, a assistente do Windows!) acabam descobrindo o segredo obscuro de Halo, assumindo assim a árdua missão de proteger toda a galáxia de uma terrível explosão.

É engraçado perceber como não só o storytelling dos jogos, mas muitos outros aspectos mudaram absurdamente nesses 19 anos. O título, que sim, pode ser considerado “datado”, tem uma história bem simples. Mas, por meio de terminais encontrados em cada nível, a narrativa acaba tendo contornos mais profundos sobre os fatos que perpassam a narrativa. As animações que levam a isso são bem interessantes e esteticamente bonitas. Porém, assim como todo o o jogo, não são dubladas para o português, contendo apenas legendas.

Halo Combat: Evolved Anniversary
O icônico Master Chief. (Imagem: Divulgação)

Novos recursos da versão remasterizada

Como toda a coleção Halo: The Master Chief Collection, Halo: Combat Evolved Anniversary conta com algumas melhorias que, por mais que tornem o título visualmente melhor, estão extremamente distantes da qualidade gráfica da atualidade. Mas isso é esperado. Afinal de contas, o título só foi remasterizado. De qualquer maneira, o game está otimizado para PC e conta com suporte de resolução para até 4K UHD e mais de 60 quadros por segundo. Além disso, o jogo conta com suporte personalizável a mouse e teclado, resoluções ultrawide, e outros detalhes.

A campanha, que introduz Master Chief ao mundo, conta com 10 missões desafiadoras. E, nesta edição, é possível alternar entre os gráficos remasterizados da edição Anniversary e os da campanha original. Para quem gosta da nostalgia, essa é uma boa opção. Já o modo multijogador permite que continuar a aventura, contando com um sistema de progressão renovado e mais de 19 mapas.

Halo Combat: Evolved Anniversary
Halo: Combat Evolved Anniversary está com gráficos mais polidos, mas ainda fica muito atrás da nova geração. (Imagem: Divulgação)

Halo: Combat Evolved Anniversary: sobre um jogo “datado”

Halo: Combat Evolved Anniversary é um jogo que conquistou milhares de fã na época e que trouxe ao mundo a franquia Halo. Não seria exagero em dizer que a saga da Microsoft não teve tanto sucesso no Brasil, sobretudo naquele momento, em que possuir um Xbox ou um PC razoável era bem mais complexo do que nos dias atuais. Eu mesmo não pude jogar em casa, restando apenas jogar o modo contra outros quatro jogadores em tela dividida em uma locadora da minha rua. Nesse aspecto, o título entregava uma diversão extremamente inovadora, permitindo o uso de veículos em cenários diversos.

Hoje, o mercado já experimentou diversas mudanças na criação de jogos e, felizmente, conseguimos alcançar níveis incríveis, sobretudo na geração que está por vir. E Halo tem sua contribuição nisso, sendo um jogo extremamente inovador para o período em que foi criado, em 2001. Portanto, ao dizer que o título é datado, não significa que ele seja ruim, de forma alguma. Ao fazer essa crítica, decidi vestir a armadura de Master Chief pelas 10 horas de jogatina. Entre tiros, diálogos e descobertas, Halo: Combat Evolved Anniversary me levou de volta aos meus 10, 12 anos, proporcionando algo que eu não podia ter. O título ainda consegue divertir, mas a competição com outros shooters é extremamente desleal nos dias de hoje. Santa nostalgia!

Halo Combat: Evolved Anniversary
Na época em que foi produzido, Halo: Combat Evolved foi um marco na indústria dos games. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Halo: Combat Evolved Anniversary?

Honestamente, se você for fã de Master Chief e não conhece a primeira história do supersoldado, é uma boa pedida. Se você for fã da franquia e sente saudades, também. Mas, para os jogadores da atual geração, dificilmente Halo: Combat Evolved Anniversary vai ser um jogo tão agradável. Como dito acima, a forma como a história é contada é extremamente diferente, os gráficos são muito simples, os designs das 10 missões são meio old school, parecendo em alguns momentos com os níveis dos clássicos jogos Doom e Quake (da época do SNES).

Mas, em quesito diversão e desafio, eu particularmente achei o game bom e até ousado. Não foi tão simples concluí-lo. Você entra em meio a uma guerra com diferentes facções e, no final, você sempre é o alvo de todos. Em vários momentos uma granada de plasma grudava em minha armadura e só me restava aceitar os últimos segundos de vida. E isso aconteceu várias vezes… Enfim, para concluir essa nostálgica análise, posso dizer que Halo: Combat Evolved Anniversary é um jogo para fãs (e alguns poucos curiosos, creio). Contudo, se alguém quiser sentir um pouco como eram os jogos em 2001, é uma divertida opção.

*Review elaborada no PC, com código fornecido pela Microsoft.

Halo: Combat Evolved Anniversary

R$ 49,99
7.4

História

7.3/10

Gameplay

8.0/10

Gráficos e sons

7.0/10

Multiplayer

7.5/10

Extras

7.4/10

Prós

  • Um título clássico
  • Gameplay ainda é divertida

Contras

  • Qualidade gráfica é bem ultrapassada
  • É um título "datado" e pode não agradar a novos jogadores

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.