Kitsune Tails | Review
Kitsune Tails é um belíssimo jogo de plataforma em 2D, com grande inspiração em Super Mario Bros. 3, onde você controla uma jovem raposa chamada Yuzu em uma terra totalmente aos moldes da mitologia japonesa. O game que será lançado primeiramente para o PC, via Steam, tem a data de lançamento prevista para o dia 1 de agosto, enquanto as versões para os consoles estão em desenvolvimento, com lançamento previsto para até o primeiro trimestre de 2025.
O plataformer da raposinha simpática, foi desenvolvido pela Kitsune Games, responsável também por Ultra Hat Dimension, e é a sequência da DLC Kitsune Zero, do game que pode ser baixado gratuitamente na plataforma da Steam chamado, Super Bernie World.
Em Kitsune Tails iremos assumir o papel de Yuzu, uma jovem mensageira meio-raposa e meio-humana, que utiliza uma variedade de trajes que alteram sua estética e habilidades, poderemos pular em uma bota gigante, correr sobre a água, vestidos de tubarão, usar um chapéu de Kasa indestrutível para quebrar o solo, entre outras habilidades que vou comentar ao longo desta análise.
Mas e aí, ficou curioso e quer saber como ficou a aventura de Yuzu no PC? Pois dê aquela pausa de 5 minutinhos, busca aquele coado quentinho para aquecer o coração, procura aquela quatro queijos de sábado que ficou na geladeira, e bora conferir comigo nessa análise mitológica do Pizza Fria!
A grande jornada de Yuzu
A jornada da jovem meio-raposa, e meio-humana, Yuzu, se inicia, assim que ela adquire sua primeira missão, e se torna oficialmente uma mensageira do Deus Inari. Vagando pelo mundo dos humanos, buscando aproveitar ao máximo, enquanto segue em direção a seu objetivo, a garota encontra uma caverna escura repleta de deliciosos cogumelos, e decide fazer uma pausa para encher o bucho.
Porém, enquanto desatenta, por conta daquele paraíso de cogumelos em sua frente, foi surpreendida por um gigante com uma clava, e quando estava prestes a ser atacada, uma misteriosa garota de cabelos pretos chegou para salvá-la. Era Akko, uma grande curandeira da vila, e à medida que o tempo passa, desenvolve sentimentos de afeto pela raposinha Yuzu.
Mas infelizmente, esse afeto entre as duas provocou ciúmes em outra raposinha, a jovem Kiri, que não gosta nada de ver sua amiga ao lado de uma humana. O tempo passa, e o sentimento entre Yuzu e Akko parece aflorar ainda mais, até que um dia, a jovem curandeira convida a raposinha para o baile de primavera, e durante a dança, a ciumenta Kiri entra em cena para estragar a festa, sequestrando Akko e a prendendo em uma prisão elemental.
Determinada a salvar sua melhor amiga Akko, a meio-humana, mensageira destemida, precisa encontrar as chaves para abrir a prisão elemental, e parte em uma jornada repleta de emoções, plataformas e desafios, em uma história com uma virada impressionante que vai te deixar de queixo caído.
Plataforma para todos os gostos
Kitsune Tails é um jogo de plataforma em 2D, com gráficos simples em pixel art, e cores muito bem definidas. No game, que é bem ao estilo Mario 3, com direito a uma barrinha de corrida no hub, power-ups, os itens fortalecedores, plataformas flutuantes, e moedas, controlamos a raposinha antropomórfica Yuzu, que ao sofrer um dano, volta a ser realmente uma raposa.
O jogo pode ser jogado em três dificuldades distintas, agradando desde o público casual, ao hardcore. No modo Out for a leisurely stroll, “sair para um passeio tranquilo”, em tradução livre, você reviverá no lugar que morreu e contará com a ajuda de um power up. Já o modo I like having options, ou, “Eu gosto de ter opção” você poderá usar fortalecedores do seu inventário durante os níveis, enquanto I enjoy a challenge, eu gosto de desafio, você só poderá usar os itens fortalecedores de seu inventário, no mapa.
Quanto aos comandos básicos da raposinha, Yuzu pode pular, correr e em cada um dos nove diferentes power ups, usar uma habilidade especial. Se você encontrar uma maçã, pressione o botão de especial e Yuzu irá saltar de cabeça com seu chapéu, perfurando tudo que estiver pela frente, já a barbatana de tubarão, transforma a raposinha em uma exímia nadadora.
O picolé a transforma em uma simpática raposinha das neves que atira bloco de gelos e congela os inimigos, o chapéu de samurai a transforma em uma poderosa samurai com uma lança, as botas lhe permitem pisar em espinhos e garantem um poderoso dash vertical, a raposa em chamas garante invencibilidade temporária e um dash horizontal, com a pena ela vira um pássaro e adquire um segundo pulo, o camarão a transforma em uma espécie de dragão que cospe fogo e pode entrar na lava, e por fim a nuvem, o item mais caro da loja, te entrega literalmente a nuvem voadora do Goku, e você pode sair voando pela fase.
Conteúdos além da plataforma
Para ir bem além da plataforma, Kitsune Tails te oferece divertidos mini games, você irá encontrá-los na vila, em uma casinha chamada Games Arcade. O Beetle Dash é uma paródia do aclamado game da década de 80, Dig Dug, onde você controla um besouro escavador em busca de maçãs espalhadas pelo cenário, tendo que desviar de inimigos e escapar de rochas. Cave e encontre todas as maçãs, e vença o jogo.
Em Tengu Thump, o objetivo é simples e objetivo e você deve acertar o maior número de tengus que puder, evitando as colmeias de abelha, dentro do tempo limite, use o botão B e os direcionais, e teste seus reflexos neste game divertido. No game chamado Magma Marathon, você apostará em 1 entre quatro Kappas, qual será o vencedor da corrida, ajude seu Kappa com 3 boosts, vença e receba a recompensa.
No game chamado Kappa Quest você deve ser ágil para coletar pepinos, enquanto controla uma espécie de sapo nadador, enquanto desvia de barris em chamas, caranguejos, abelhas e peixes furiosos. Sim, parece estranho, e é, mas é bem divertido. Barkanoid, como o próprio nome sugere, uma versão Kitsunesca do famoso Arkanoid cujo objetivo é quebrar todos os blocos para vencer.
Além desse, no mapa, durante a aventura, encontraremos o gatinho vendedor, que nos trará um jogo da memória onde temos que adivinhar onde está o par de cartas correspondente, entre 18 cartas espalhadas em uma mesa. Encontre as duas cartas iguais, e leve o item com você, porém, você só terá três tentativas até encerrar o jogo.
Outro game oferecido pelo gato é a roleta, esse na verdade você só precisa pressionar o botão de ação uma vez, que ela irá parar lentamente, o item que você receberá irá depender única e exclusivamente da sua sorte. Por fim, o jogo das portas onde você terá três portas, uma delas com um item útil para nossa aventura, e as duas outras com apenas uma moeda, tente adivinhar a porta certa e leve o item para fortalecer Yuzu.
Desempenho e audiovisual de Kitsune Tails
Kitsune Tails é um jogo bem leve, e acredito que rodará em praticamente todas as máquinas da atualidade, sem uma exigência de placa de vídeo dedicada e ocupando apenas 350 MB de armazenamento. Joguei em um Rog Ally com processador AMD Ryzen Z1 Extreme, e tudo aqui rodou perfeitamente bem, sem bug, gargalos ou travamentos.
Quanto aos gráficos, gostei do que pude apreciar. Tudo em Kitsune Tails é bem colorido e detalhado, os estágios são diversificados, inimigos e personagens com cores muito bem definidas, e se destacam dos cenários, além do game te dar a opção de ativar um filtro CRT, o que particularmente adoro, ele deixa a tela com as bordas arredondadas e a imagem mais embaçada, bem parecida com o que tínhamos naqueles tubões da década de 90.
Já as músicas, efeitos sonoros e dublagem, principalmente a dublagem, meus amigos, ficaram excelentes. E por que o destaque na dublagem? Pois a dubladora de Yuzu é nada mais, nada menos que Kira Buckland, famosa norte-americana que deu voz a 2B de Nier, trazendo mais uma vez um trabalho extremamente competente, e dando vida à raposinha nos diversos diálogo do game.
Além disso, Kitsune Tails é um jogo grande, com bastante minigames para você brincar, e apesar de eu não ter conseguido testar, por jogar antes do lançamento, o game promete estar totalmente localizado para o português do Brasil quando chegar ao público.
Vale a pena jogar Kitsune Tails?
Kitsune Tails foi de longe um dos games de plataforma indies que mais me surpreendeu esse ano, e não foi pelos gráficos, algum tipo de inovação na jogabilidade, e nem por sua gameplay que realmente é difícil e divertida, mas sim, pela história envolvente, com um plot Twist que te deixa com ainda mais vontade de terminar o game. O título chega no dia 1º de agosto para PC, via Steam.
*Review elaborada em um Rog Ally, com código fornecido pela Kitsune Games.