Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name | Review

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é um jogo de ação e pancadaria desenvolvido pelo Ryu Ga Gotoku Studios e publicado pela SEGA. O título nos coloca, novamente, no controle do dragão de Dojima, que agora vive sob outro nome enquanto trabalha como agente para uma organização de reputação duvidosa.

E aí, será que vale nosso tempo e dinheiro? É o que veremos agora, em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!

Meu nome é Kazuma. Kiryu Kazuma.

Prazer em conhecê-los, leitores e leitoras. Sou um novo editor do Pizza Fria, e estou fazendo minha primeira análise neste belo site. Irei cobrir a série Like a Dragon, abençoada seja, depois do desaparecimento do Matheus. Meu nome é Tadeus, e definitivamente não sou ele utilizando um bigode falso enquanto tenta se esconder dos credores em seus robôs gigantes.

Dilema parecido, menos toda a parte de máquinas de combate, passa um velho conhecido dos apreciadores da saga Like a Dragon. Kiryu, nosso amigo, precisou dar um perdido em geral e fez uma mudança bem sem vergonha de nome (Kiryu para Joryu, sério mesmo) para fazer todos pensarem que ele havia ido de encontro ao grande dragão dos céus no final de, como se chamava na época, Yakuza 6.

O jogo nos caiu como uma segunda rodada, após o agradável Like a Dragon: Ishin! , pelas loucuras do submundo japonês antes de acompanharmos nosso cria Ichiban, protagonista de Yakuza: Like a Dragon, em suas férias totalmente sem problemas e com total tranquilidade no Havaí. Aliás, a demo do novo título se encontra disponível, aqui, após terminar o jogo pela primeira vez.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name
Missão: Análise – Iniciar (Imagem: Divulgação)

História

Como falei acima, a trama de Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name acompanha a vida de Kiryu após os acontecimentos de Yakuza 6, quando ele finge sua morte para evitar que seus filhos adotivos, e o orfanato que ele mantém com eles, sejam colocados em risco por conta de sua reputação como o lendário Dojima no Ryu. Cronologicamente, ele se passa um pouco antes e durante a trama de Yakuza: Like a Dragon.

Nosso rapaz, agora chamado Joryu, trabalha para uma organização sombria realizando uma série de missões como agente. Ao que o jogo mostra, e alguns equipamentos que recebemos atestam, o cara se torna quase um James Bond de Kamurocho. Contudo, Kiryu não pode ter um único dia de paz nessa droga, e logo uma série de pessoas começarão a forçar para que o dragão se revele novamente.

Eu curti a narrativa, ainda que Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name não vá muito além do que costumamos ver na franquia. Contudo, o lance de ser um agente é bem interessante, e a trama é menos puxada para um drama como ocorre com alguns títulos da série. Um ponto que me incomodou, entretanto, foram as side stories.

Para os que não conhecem, elas são as missões secundárias que os jogos da série oferecem. Diferente do que vemos em jogos do tipo, elas são encontradas enquanto exploramos os mapas, e costumam ser bem engraçadas e, das primeiras vezes, nos pegam de surpresa. Aqui, elas foram ligadas ao minigame da Akame Network, fazendo com que as encontrássemos através de um menu, e não batendo perna pela cidade de Sotenbori.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name
Totalmente na surdina. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name segue com o estilo de ação da franquia, que agora ficou mais focado nas aventuras de Yagami e companhia em Judgement/Lost Judgement. Como todo Like a Dragon que se preste, podemos dividir o ciclo de jogo em dois momentos distintos: aquela trocação honesta de bicletadas na cabeçada, e todas as outras atividades secundárias.

Comecemos pela pancadaria. O título nos oferece duas maneiras de trocar socos com a oposição, através de um estilo chamado Yakuza e outro de nome Agent. O primeiro, também conhecido como Dragon ou Legend em outros jogos da franquia, é o estilo de luta que Kiryu sempre usa. Logo, temos golpes carregados, socões bolados, e a capacidade de bater mesmo enquanto estamos levando um sopapo na testa. Excelente para aqueles inimigos mais chatos do coliseu, por sinal.

O segundo estilo, Agent, é um dos destaques dessa seção. Ele pega bem aquela ideia de agente secreto, fornecendo habilidades que nos permitem jogar cigarros explosivos nos inimigos, chamar drones para atacar, usar uma bota jato para sair acelerando e, até, usar uma linha que pode puxar os inimigos tanto para trazer até nós, à moda do Scorpion, ou lançar longe, como o Miranha fazia.

Além disso, ainda temos as amadas heat actions. São pequenos golpes automáticos que podemos utilizar quando temos a barra de heat cheia, com um dano bem alto e a oportunidade de acertar até mais de um inimigo por vez. Infelizmente, tenho a impressão que tivemos menos delas nessa iteração. Também podemos usar o extreme heat mode, que fortalece nossos ataques, alterando algumas de suas propriedades. O do estilo Agent é excelente para as lutas com grandes grupos de inimigos, como alguns modos do coliseu.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name
Meio dragão, meio aranha. (Imagem: Divulgação)

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, como deveria de ser, nos fornece uma boa quantidade de coisas para fazer. Fora a trama, podemos nos divertir com um monte de atividades em Sotenbori. Temos o circuito de pocket racer, no estilo autorama, que todos amamos e perdemos horas e mais horas vendo os carrinhos rodarem na pista, temos um karaoke para cantar Baka Mitai pela milésima vez enquanto nos debulhamos em lágrimas, temos os cabaret clubs, cassinos e a arena.

Admito que perdi um bom tempo na arena, principalmente treinando e aprimorando os lutadores que convocamos para nosso clã. Vejam que legal, agora além das modalidades de luta individual, podemos reunir até 10 NPCs para cair pra cima de uma série de oponentes diferentes. Além de ser uma excelente fonte de renda, as lutas no coliseu são bem desafiadoras e divertidas.

Além disso, temos a chamada Akame Network. Ela nada mais é que uma série de objetivos rápidos, como encontrar alguma coisa ou vencer inimigos, que o jogo utiliza para ir liberando mais side stories e como forma de obter pontos que podem ser trocados na loja específica. Não é nada de novo, mas acaba sendo uma boa forma de colocar mais pontos em nossas listas de afazeres.

Como menção honrosa, digo que Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name finalmente nos permite customizar, mais profundamente, a aparência de nosso personagem. Uma boutique de roupas, colocado em um lugar que serve de centro de entretenimento, vende as vestimentas para deixarmos o Joryu com a cara que quisermos. Podemos até fazer um cosplay de Majima! 10/10

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name
O centro da diversão. (Imagem: Divulgação)

Sons e Visuais

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name possui bons visuais e animações, gradativamente melhoradas com base nos títulos já lançados anteriormente pela série. Algumas áreas novas, como o castelo, são muito bonitas de se ver, cheias de cores e vida. A cidade de Sotenbori segue muito legal de visitar, mas com aquele mesmo problema de repetição de lugares e texturas que sempre reclamo.

A trilha sonora é excelente, com musicas que grudam na cabeça e uma seleção bem legal de faixas no karaokê. Além disso, as vozes ficaram com um alto padrão de qualidade, como era de se esperar de um título que possua Takaya Kuroda como protagonista.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name
Pretinho básico. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name?

É hora de eu, que nunca fui visto aqui antes até esse momento, colocar em pontos a experiência que tive com Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name. Que alegria! Bom, começarei dizendo que ele é um título competente, com uma narrativa que me agrada e um combate maneiro, como é de se esperar da série. Melhorando ainda mais pela adição do estilo Agent e da reformulada no minigame do coliseu. Além disso, temos muitas atividades secundárias, e o lance de poder customizar o visual de Kiryu foi um acerto.

Do lado negativo, achei meio estranho atrelar todas as side stories ao Akame Network, principalmente pelo fato de que muitas das coisas que precisamos fazer para chegar aos pontos necessários para desbloqueá-las sejam mais braçais, e menos bombásticas. Além disso, senti que esse foi um Like a Dragon mais enxuto que o normal, possivelmente devido ao fato de ser um meio tempo enquanto esperamos o tão esperado Infinite Wealth.

Ao fim e ao cabo, amadas e amados, curti meu tempo com Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name. Como fã da série, já sabia o que esperar e achei interessante ver o que se passou com nosso menino Kiryu no ínterim entre os jogos anteriores. Contudo, embora o jogo seja divertido para todos, acho que o fator maior de apreciação estará na mão daqueles que já conhecem a franquia, e possuem um investimento maior em seus personagens e acontecimentos. Mas, de toda forma, o jogo é legal e agrada. E é isso que vale, não é mesmo?

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name será lançado no dia 8 de novembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC, via Steam.

*Review elaborada no PlayStation 5, com código fornecido pela SEGA of America.

Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name

+ R$ 249
8.8

História

8.5/10

Jogabilidade

8.5/10

Sons e Visuais

9.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Estilo de luta Agent ficou bem legal, principalmente com os fios e outros apetrechos
  • Coliseu melhorado ficou um mimo
  • Interessante saber o que se passou com Kiryu entre os jogos anteriores
  • Muitas coisas para se fazer, além de acompanhar a narrativa principal
  • Combate agradável e forte como sempre

Contras

  • Comparado aos outros títulos da franquia, parece um pouco menos encorpado
  • Sub stories atreladas à Akame Network tira o brilho de encontrar naturalmente por exploração
  • Poucas heat actions

Matheus Jenevain

Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.