Moo Lander | Preview
Moo Lander é um jogo de plataforma e aventura no bom e velho esquema 2D desenvolvido e publicado pela The Sixth Hammer. O título nos coloca no controle da última nave de nosso planeta devastado, que sai em busca da maior fonte de energia conhecida pelo que restou da humanidade: o leite de vaca! Não, sério. Esse é o maior objetivo. Intrigante!
Atualmente, Moo Lander conta com uma demo gratuita disponível na Steam, e tem previsão de lançamento no outono deste ano, para a mesma plataforma. Mas será que vale nosso tempo? É o que veremos agora.
Delírio coletivo
Thomas Hobbes, um dos pais do pensamento político, disse em certa feita que “a ciência é o conhecimento das consequências, e das relações de dependência entre um fato e outro. E que forma melhor de fazer a ciência então, caro(a) leitor(a), do que experimentando? Movido por esse pensamento decidi fazer o seguinte procedimento: descobrir quantas jujubas meu corpo consegue processar em um curto período de tempo.
O resultado, contudo, foi inconclusivo. Após o segundo ou terceiro quilo de açúcar comecei a ter fortes alucinações, parecidas com as que tive no deserto na época em que joguei Biomutant. Me lembro vagamente de ter aberto a Steam entre um momento de consciência e outro e ter baixado a demo de um jogo peculiar, sobre vacas e alienígenas. Que onda!
Imagine minha surpresa ao acordar hoje, trêmulo da experiência, e ver Moo Lander instalado em meu computador. Pois veja bem, a experiência foi real! Portanto, decidi jogar o título para relembrar meus passos da noite anterior e ver qual é a premissa desta belezinha. E é disso que falarei agora para vocês.
Falemos de Moo Lander, então. Bom, a ideia aqui é que controlamos o heroico piloto da última espaçonave de nossa civilização em uma busca alucinante por uma fonte de energia limpa e infinita: o leite de vaca. Sério, nessa realidade a bebida tradicional dos lares tupiniquins é, aparentemente, tudo que precisamos para terminar com a crise energética que ameaça toda a humanidade. Maravilha!
Começamos com uma nave sem muitas habilidades além de voar e sonhar sobre um belo e delirante dia de verão. Começamos aprendendo o básico, o que nos mata, o que nos cura e o que nos dá o potencial de cometer um pouco de violência e confusão intergaláctica. É o que chamamos neste lado da linha equatorial, carinhosamente, de viver la vida loca!
Para tal, contamos com algumas habilidades como espadas de leite, escudos de leite e raios de leite. Elas utilizam o precioso líquido como “munição”, que deve ser encontrada ao longo dos cenários. É o suficiente para termos cuidado com o uso descontrolado, mas não pouco demais para nos impedir de dar a louca em alguns momentos. Além disso, podemos manipular certos elementos do cenário, como pedras, para derrotar inimigos e abrir novos caminhos. Interessante!
Moo Lander conta com a seção 7898 do código de monstros, artigo 6: insetos de vários tamanhos e plantas sortidas. Contudo, a variedade é interessante e elas oferecem um bom desafio, obrigando-nos a fazer bom uso da boa e velha coordenação motora junto do arsenal que temos em mãos. Interessante notar, também, que podemos utilizar ataques e projéteis de um inimigo contra o outro.
E, claro, temos os chefes para enfrentar: as temidas e odiadas vacas, aqui apresentadas com uma pegada decididamente alienígena e destruidora. Nada de criarem pelúcias fofas destes majestosos animais para nos lembrar dos velhos tempos, infelizmente. Mas, o que temos no lugar são combates interessantes e um tanto quanto divertido. Vamos lá, leitor(a). Enfrentar vacas alienígenas endiabradas? Totalmente excelente!
Toda essa bagunça nos concedem pontos de experiência, que fazem com que nossa nave evolua e ganhe acesso à novos poderes e atributos. É um sistema simples, mas efetivo. A árvore de habilidades é bem grande, e conta com bastante coisa para desbloquear. Além disso, fica interessante ver como saímos de uma pequena nave fraquíssima para uma máquina de captura de ruminantes.
Visuais e Sons
Moo Lander possui um visual mimoso e caprichado. As animações são agradáveis, os traços bem feitos e as cores são bem vibrantes. Tudo foi feito com muito cuidado e carinho, me pareceu, e salta aos olhos. Além disso, senti que vendem muito bem a ideia de ser um jogo mais caricato e que não se leva tão à sério. É um bom sopro de ar fresco, e me agradou bastante.
Os sons também são legais, e fazem o que precisam. Temos até vozes! Não me impactaram da mesma forma que os gráficos, mas desempenham seu trabalho de maneira satisfatória para compor o conjunto da obra. Ainda que não seja algo tão vibrante ou cativante quanto a premissa ou visuais, foi o suficiente para me dar por satisfeito.
O que esperar de Moo Lander?
Bem, amigos. O que digo de Moo Lander, então? Bom, para começo de conversa, o demo está gratuito na Steam. Salvo seu tempo, luz e internet não há custo algum para ver se o que estou falando aqui é verdade ou, apenas, mais uma alucinação de uma mente enlouquecida no açúcar. Ah, e creio rodar facilmente em qualquer máquina. Só vantagens, não?
Além disso, o jogo é despretensioso e divertido. Não se leva muito a sério, conseguiu me fazer rir algumas vezes e o ciclo de gameplay não me irritou. Temos bons combates contra chefes, quebra-cabeças simples e uma boa gama de habilidades. Além disso, Moo Lander ainda possui modos multiplayer que nos permitem jogar contra ou juntos de outros. Caso me desafiem, já peço logo para jogar com as vacas de primeira.
Ao fim e ao cabo, curti bastante o que vi em Moo Lander. A demo está disponível e vale a pena pegar para jogar, nem que seja em uma tarde qualquer quando estiver na vibe. Achei a proposta do jogo interessante, e irei acompanhar o desenvolvimento e as novas versões que forem disponibilizadas na Steam. Recomendo fortemente.
*Preview elaborada em um PC equipado com AMD RX, com código fornecido pela The Sixth Hammer.