Mortal Kombat 1: Reina o Kaos | Review
Um ano após o lançamento de Mortal Kombat 1, ao mesmo tempo continuação e leve reboot da célebre e sangrenta franquia que ajudou a cunhar o sistema de classificação etária para videogames, a WB Games e a NetherRealm disponibilizam a primeira grande expansão do jogo. Lançada no dia 24 de setembro, Mortal Kombat 1: Reina o Kaos chegou para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC, via Steam e Epic Games Store, além do Nintendo Switch, e marca a entrada no segundo ano do jogo, trazendo uma nova campanha de história para um jogador, além de personagens, skins e arenas adicionais, novas finalizações, além de uma revisão de balanceio.
Vem ver o que achei do novo conteúdo em mais uma resenha do Pizza Fria!
Kombate renovado
Reina o Kaos introduz três kombatentes de jogos passados, em novas versões, acompanhando o desenvolvimento da nova linha do tempo estabelecida em Mortal Kombat 1. Além do sombrio Noob Saibot, que surge durante o novo modo história, somos apresentados à novas versões de Cyrax e Sektor, antes ciborgues criados a partir de membros do Lin Kuei, agora são guerreiras que usam armaduras de alta tecnologia.
O gameplay de cada um está divertidíssimo, com homenagens claras ao estilo de luta de cada um em edições passadas e novas ideias que complementam o sistema do jogo atual, como os combos aéreos de Sektor potencializados por movimentos de voo curto, as armadilhas insanas que podem ser criadas com as bombas de Cyrax, aliadas aos personagens “Kameos” certos e as várias interações de Noob Saibot com sua sombra/clone.
Outros três personagens, vindos de fora da franquia, renovando a tradição de personagens convidados são Ghostface, da franquia Pânico, o T-1000, de Exterminador do Futuro e Conan, o Bárbaro. Adições com certamente grande potencial, que eu confio que serão bem exploradas pelo time criativo da NetherRealm. Esses lutadores ainda serão lançados, mas estão garantidos a quem comprou a expansão.
De forma gratuita, além do rebalanceamento dos personagens e mecânicas (leia mais sobre elas na nossa resenha do jogo base), temos o retorno de uma forma de finalização vista pela última vez há mais de vinte anos: o Animality. Os personagens se transformam em diferentes animais para acabar com o oponente de formas cuja criatividade surpreende (o do Johnny Cage é meu preferido).
Do lado negativo, estranhamente não existem novos personagens “Kameo” no pacote, algo esperado, já que essa é a mecânica que mais afeta o gameplay de MK1, com a campanha DLC sendo uma ótima oportunidade para mostrar lutadores inéditos para a função.
Kontinuando de onde paramos
A história da DLC se inicia pouco depois dos eventos que aconteceram em no jogo base de Mortal Kombat 1, com os personagens sendo apresentados a novas linhas do tempo e um adversário que já fora introduzido na cena pós créditos do modo história original. Trata-se de uma versão titã de Havik, o clérigo do caos, que pretende reformular todos os universos à própria imagem em busca de violência e conflito sem fim. Para impedir o plano do novo inimigo, Liu Kang envia um grupo seleto de guerreiros ao universo de Havik.
De maneira geral, a história serve como uma boa introdução de alguns personagens que compõem o “Pacote de Kombate 2”, com espaços dedicados a Cyrax, Sektor e Noob Saibot. No entanto, o enredo peca pela própria estrutura, sendo obrigado a se apresentar e se resolver em um espaço de apenas cinco capítulos, o que faz com que a resolução da aventura seja apressada e com pouca profundidade. Além de Havik, nenhum adversário chama a atenção, tratando-se apenas de versões paralelas de lutadores já utilizados na campanha base.
A campanha DLC pode ser percorrida em questão de apenas duas horas, duração até justa para esse tipo de conteúdo, mas a história corrida e personagens mal desenvolvidos fazem parecer que é um tempo até mais curto.
Vale a pena comprar Mortal Kombat 1: Reina o Kaos ?
Embora seja inegável que o gameplay dos personagens apresentados até agora seja divertidíssimo, o conteúdo da nova campanha para um jogador se mostra, no mínimo, mediano. É difícil justificar o investimento de quase R$ 250 para três bons personagens, a promessa de outros lutadores futuros, que ainda não sabemos como irão funcionar, algumas poucas skins, arenas e um modo história minúsculo. Sendo que o jogo base é vendido pelo mesmo valor com muito mais conteúdo e as atualizações de balanceamento e animalities são gratuitos.
De fato, colocando na régua o valor de um personagem DLC separado do primeiro ano sendo cerca de R$ 40, o investimento nos novos seis juntos e mais o conteúdo adicional é justificável. Ainda assim, pela incerteza do que ainda vem por aí, eu recomendaria aguardar promoções e o lançamento separado dos kombatentes.
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos, a mais nova expansão de Mortal Kombat 1, já está disponível digitalmente para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PC e Nintendo Switch. Caso você siga por esse caminho, comprando pela Nuuvem você tem descontos, eventuais cupons e ainda pode parcelar em até 12x no cartão. O link acima auxilia o Pizza Fria a continuar crescendo!
*Review elaborada no PlayStation 5 com código fornecido pela WB Games.