Paper Mario: The Thousand-Year Door | Review
Paper Mario: The Thousand-Year Door é outro título de destaque do Nintendo GameCube, agora disponível para o versátil console da geração atual, o Nintendo Switch. Este RPG de turnos, protagonizado pelo icônico personagem bigodudo da Nintendo, foi lançado originalmente em 2004 e desenvolvido pela Intelligent Systems, uma desenvolvedora associada à Nintendo e também responsável pelas renomadas séries Fire Emblem e Advance Wars. Este é o segundo título da série Paper Mario.
Explore um mundo de contos de fadas com personagens cativantes de papel. Vinte anos após o lançamento do jogo original, a Nintendo promete gráficos aprimorados, trilha sonora renovada, melhorias na jogabilidade como canos para viagem rápida e um menu de troca rápida de personagens, entre outras atualizações.
E então, você também é fã da franquia Paper Mario e está curioso para saber se vale a pena embarcar nessa aventura? Sabe o que fazer, certo? Faça uma pausa na leitura, estique-se até a cozinha para pegar um café fresquinho, aproveite aquela pizza quatro queijos de ontem e venha conferir comigo nesta análise remasterizada do Pizza Fria!
O mistério da porta de mil anos
Mais uma vez, a aventura começa quando Mario recebe uma carta da Princesa Peach. Desta vez, ela inclui um enigmático mapa do tesouro, recebido de um comerciante durante suas férias na cidade portuária de Rogueport. Diante da dificuldade de encontrar o tesouro sozinha, a princesa solicita a ajuda do encanador bigodudo que, prontamente, parte de barco ao resgate de sua amada.
Ao chegar, Mario descobre que a princesa foi capturada pelos X-Nauts, sob o comando de Grodus, que buscam o mapa para localizar as 7 Estrelas de Cristal. Estas são essenciais para abrir a Porta dos Mil Anos, que, conforme a lenda, oculta a riqueza de uma civilização antiga.
Paper Mario: The Thousand-Year Door se desenrola no Reino do Cogumelo, com Rogueport atuando como um hub central, interligando diferentes áreas do jogo. Entre os heróis, estão a otimista Goombella e o tímido, porém resoluto Koops. Auxilie o vilão Bowser, que tenta incessantemente capturar a Princesa Peach, pois ele acredita ser o único com esse direito. Controle a princesa e desvende os verdadeiros planos dos X-Nauts. Supere os vilões e explore um mundo vibrante neste grandioso RPG do Mario, inteiramente feito de papel!
Levantem as cortinas
Assim como seu antecessor, Paper Mario: The Thousand-Year Door é um RPG que apresenta batalhas por turnos em um sistema determinístico. Você pode pular ou usar o martelo em um inimigo antes da batalha para garantir a vantagem de um primeiro ataque. Da mesma forma, os inimigos podem atacar primeiro, causando dano inicial.
Ao tocar em um inimigo, você é transportado para o palco de combate. Sim, as batalhas ocorrem em um palco de teatro, com cortinas e uma plateia que interage com o jogo. É possível interagir com elementos do cenário para danificar os inimigos ou afugentar espectadores indesejados.
RPG de turno com ataques cronometrados
Vamos à batalha! Durante os combates em Paper Mario: The Thousand-Year Door, uma roleta aparece acima dos personagens para escolhermos a ação, que varia desde atacar, usar itens, defender-se, entre outras. A cereja do bolo nos jogos da série Paper Mario é que, ao pressionar um botão no momento certo, ganhamos bônus extras, tornando o sistema de turnos mais dinâmico e envolvente.
Por exemplo, se eu quiser que o Mario cause dano pulando em um inimigo, seleciono “Jump” e, pressionando o botão A no momento exato em que Mario acerta o salto, consigo um segundo pulo no mesmo turno. Para usar o martelo, mantenho o analógico esquerdo pressionado para a esquerda até encher uma barra e solto no momento preciso. Esses são apenas dois exemplos, mas cada ataque ou habilidade oferece uma maneira única de executar o combo.
O poder das estrelas
Além dos ataques comuns, existem os poderosos ataques especiais concedidos a Mario sempre que ele coleta uma Crystal Star. Esses ataques drenam nossa barra de Star Power a cada uso, que é recarregada ao acertarmos um ataque crítico ou ao cedermos nosso turno em troca de aplausos da plateia.
Por exemplo, o ataque Sweet Treat, que requer apenas 1 SP, recupera a saúde e os flower points de Mario e seu parceiro, além de curar condições como envenenamento. Como nos ataques comuns, nos especiais também existem comandos para potencializá-los; por exemplo, pressionando para a esquerda, lançamos uma flecha e esperamos acertar os alvos corretos.
Finalmente, pressionar o botão A no momento exato pode evitar dano, enquanto o botão B, mais desafiador de acertar, ativa a Super Guarda, que além de bloquear o ataque, causa dano ao inimigo. Tudo isso é muito simples, intuitivo e divertido, características que sempre apreciei nas batalhas dos RPGs do famoso encanador da Nintendo.
Esteja sempre mais forte
O sistema de níveis em Paper Mario: The Thousand-Year Door é muito parecido com o do jogo anterior e claramente inspirado em Super Mario RPG. Acumule 100 Star Points, que são os pontos de experiência entregues ao herói após cada batalha, e o Mario se tornará mais forte.
Quando se avança de nível, é necessário escolher entre três atributos para melhorar: o HP, conhecido como Hit Point ou pontos de vida; os FP, Flower Points, equivalentes aos pontos de magia em outros jogos; e os BP, Battle Points, que são usados para equipar insígnias e adicionar novos movimentos, habilidades ou até mesmo elementos cosméticos ao jogo ou aos personagens.
O poder da amizade
Claro que, como em qualquer RPG de turno que se preze, o herói não está sozinho e conta com o apoio de outros personagens na equipe. Cada um tem habilidades únicas para as batalhas e personalidades distintas. Em Paper Mario: The Thousand-Year Door, os personagens não ganham experiência pelos Star Points, como mencionei sobre o Mario. Para fortalecer seus companheiros, é necessário coletar Shine Sprites pelo mundo, visitar o vidente Merlon, que fica ao lado da casa de Frankly em Rogueport, e entregar-lhe três desses artefatos.
Dentre nossos poderosos companheiros, temos:
- Goombella, uma garota Goomba inteligente e atrevida, é uma jovem estudante da Universidade de Goom. Mario a encontra em meio a uma confusão ao chegar em Rogueport e decide ajudá-la. Ela se torna responsável por ensinar os fundamentos do jogo. Goombella utiliza sua inteligência ao longo da aventura para fornecer informações detalhadas sobre NPCs, locais e objetos.
- Koops é um jovem Koopa Troopa tímido que busca se afirmar diante de sua namorada, Koopie Koo. Este Koopa determinado embarca em uma aventura em busca de respostas e vingança pelo desaparecimento de seu pai. Fora das batalhas, sua habilidade especial permite lançar seu casco para coletar itens ou acionar alavancas no cenário.
- Flurrie, um espírito poderoso das nuvens e muito vaidoso, une-se ao grupo quando Mario e seus amigos encontram seu colar precioso. Ela possui o poder de manipular o vento, atordoando inimigos e desvendando locais secretos nos mapas.
- Yoshi é, de fato, o único personagem que pode ser nomeado no jogo, pois o conhecemos desde seu nascimento. Pressione X para montá-lo e utilize seu salto flutuante para chegar a plataformas afastadas. Além disso, ele é muito útil em combate, podendo engolir e expelir inimigos, causando grande dano.
- A vilã atrapalhada, Vivian, se junta ao grupo e possui a habilidade de levar Mario para as sombras, escondendo-o dos inimigos. Além disso, ela é excelente em batalhas, aquecendo o rosto dos adversários com seu Shade Fist.
- Admiral Bobbery, um almirante Bob-omb aposentado, inicialmente recusa-se a ajudar Mario e seus amigos. Contudo, muda de ideia ao receber a carta da sua falecida esposa. Ele tem a habilidade de detonar rachaduras e conta com golpes explosivos poderosos que são de grande ajuda durante os combates.
Desempenho e audiovisual de Paper Mario
Paper Mario: The Thousand-Year Door funciona de forma esplêndida no console híbrido da Nintendo, seja no modo dock ou portátil. Embora a versão Game Cube rodasse a 60 FPS e a nova a 30 FPS, o jogo está visivelmente mais atraente, polido e com recursos de iluminação aprimorados, de modo que a redução de frames não compromete a experiência. A versão para Nintendo Switch de Paper Mario é um deleite visual.
O jogo é belíssimo e incrivelmente detalhado, com cenários variados e ricos. Em vários momentos, o jogador atravessa tubulações e salta para o plano de fundo para jogar, enquanto personagens e NPCs se destacam com contornos pretos, realçando-os no ambiente. Paper Mario: The Thousand-Year Door é repleto de criatividade, com cores vivas e vibrantes que cativam o jogador.
Além disso, a trilha sonora foi completamente refeita e, tal como a parte visual, está impecável. E se bater aquela nostalgia, não há problema: em uma das lojas de medalhas em Rogueport, é possível adquirir a Nostalgic Tunes por um preço acessível, alterando a música dos cenários para as faixas originais do Nintendo GameCube.
Contudo, é lamentável que, já que nem tudo é perfeito, o novo Paper Mario não tenha sido localizado para o português do Brasil. Se você não domina algum dos idiomas disponíveis no jogo, muitos diálogos divertidos, piadas e até a trama principal podem ser perdidos.
Vale a pena comprar Paper Mario: The Thousand-Year Door?
Se você é fã de jogos de RPG e do famoso encanador bigodudo, e está à procura de um jogo divertido, com quebra-cabeças inteligentes e um humor único, Paper Mario: The Thousand-Year Door é a escolha perfeita. Certamente você vai rir com o poderoso “lutador Gonzales”, explorar o poço das 100 provações, se entreter com as missões secundárias na Central de Problemas e até mesmo nos cassinos do Salão Piñata.
Paper Mario para o Nintendo Switch é um excelente jogo, com gráficos deslumbrantes e repleto de conteúdo. Vale cada centavo dos R$ 299,00 cobrados na Nintendo eShop do Brasil. E lembre-se, se quiser facilitar o pagamento, confira o site da Nuuvem, onde nossos parceiros oferecem jogos digitais, vouchers e gift cards com opção de parcelamento.
*Review elaborada com código fornecido pela Nintendo.
Paper Mario: The Thousand-Year Door
R$ 299,00
Prós
- Audiovisual impecável e totalmente refeito.
- Exelente desempenho tanto no modo dock quanto no portátil.
- Divertido e riquíssimo em conteúdo.
Contras
- Ausência de legendas em Português do Brasil.
