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Persona 3 Reload (Nintendo Switch 2) | Review

Persona 3 Reload está saindo do forno para o mais novo console híbrido da Nintendo, o Nintendo Switch 2. O título é uma versão reimaginada do cativante clássico JRPG que redefiniu o gênero no PlayStation 2, em meados de 2007, trazendo o quarto grande capítulo da franquia Persona, um spin-off de Shin Megami Tensei, agora desenvolvido pela Atlus e publicado pela Sega.

Com lançamento previsto para o dia 23 deste mês, a versão para Nintendo Switch 2, do remake lançado originalmente no ano passado para os consoles da atual geração e PC, promete entregar gráficos de ponta, uma interface de usuário refinada e diversas melhorias. Tudo isso aliado a uma trilha sonora marcante, que se tornou uma das mais icônicas do universo Persona, em um remake moderno e extremamente estiloso.

E aí, ficou curioso para saber como Persona 3 Reload se comporta no híbrido mais poderoso da Big N? Então bora comigo assumir o papel de um estudante que enfrenta um destino inesperado ao ingressar na misteriosa “Hora Oculta”. Mas antes, segura só aqueles cinco minutinhos para preparar o coado bem quentinho, e vem mergulhar comigo nesse mundo de máscaras, em mais uma análise do Pizza Fria!

Persona 3 Reload entrega uma experiência social incrivelmente rica

Se tem uma coisa que Persona 3 Reload faz com maestria é misturar o cotidiano de um estudante com o sobrenatural de uma forma que poucos jogos conseguem. O equilíbrio entre ir para a escola, estudar para as provas e, à meia-noite, enfrentar criaturas bizarras em uma torre que surge do nada é o tipo de contraste que define o charme da franquia Persona.

O Tartarus, essa torre misteriosa que aparece durante a Hora Sombria, é o palco das batalhas mais intensas do jogo, cada andar apresenta novos desafios, inimigos mais perigosos e uma sensação constante de que algo muito maior está por trás de tudo. É justamente esse mistério que prende o jogador do início ao fim, aquele clássico, calma que vou jogar só mais uma horinha, mas que rapidamente vira madrugada adentro.

Persona 3 Reload
A versão Nintendo Switch 2 de Persona 3 Reload, ficou tão bonita quanto a dos outros consoles. (Imagem: Reprodução/Filipe Villela/Pizza Fria)

Fora das batalhas, Persona 3 Reload continua sendo uma experiência social riquíssima, fazer amigos, sair para comer um ramen depois da aula, ou simplesmente ouvir os dramas dos colegas, é tão importante quanto derrotar os inimigos, conhecidos aqui como Sombras. Os Vínculos Sociais, ou Confidants, para quem chegou depois, retornam ainda mais aprofundados, e cada relação construída impacta diretamente o poder das suas Personas.

O que mais me impressionou, porém, é como o jogo conseguiu preservar o peso emocional da história original, como ele aborda temas como solidão, morte e propósito é madura e continua atual, mesmo tantos anos depois. É impossível não se apegar aos personagens e não sentir aquele aperto no peito em certos momentos. Com dublagem completa em japonês e inglês, além de legendas em português do Brasil, Persona 3 Reload entrega finalmente a experiência que o público ocidental esperava há tempos.

No entanto, vamos ao foco desta análise: os aspectos da versão de Persona 3 Reload para o Nintendo Switch 2. Caso você queira conferir todos os detalhes do jogo, nossa excelente análise feita na versão para PlayStation 5, escrita pelo meu amigo Matheus Jenevain, é só clicar aqui!

Desempenho e audiovisual de Persona 3 Reload no Nintendo Switch 2

Bem, meus caros, esse é o tema principal da nossa análise de hoje. E o que posso dizer a vocês é que Persona 3 Reload está simplesmente incrível, rodando de forma estável e impressionante tanto no modo dock quanto no modo portátil do Nintendo Switch 2.

Diferente dos 60 FPS vistos nas versões de Persona 3 Reload para outros consoles, no híbrido da Nintendo o game parece operar a 30 FPS estáveis, o que, sinceramente, não chega a ser um problema. O desempenho é sólido e a experiência visual continua de altíssimo nível, mantendo toda a excelência que se espera da franquia Persona.

Falando em visual, a Atlus caprichou com personagens e inimigos muito bem modelados, animados e detalhados, em cenários vibrantes e repletos de vida. As interfaces continuam estilosas e cheias de personalidade, algo que virou marca registrada da série. Tudo isso roda de forma fluida no novo console da Big N, sem quedas perceptíveis de desempenho, bugs ou travamentos.

Persona 3 Reload
A Atlus caprichou no game, com animações fluidas e extremamente bonitas. (Imagem: Reprodução/Filipe Villela/Pizza Fria)

A trilha sonora é outro espetáculo à parte, como já é tradição na franquia Persona, as músicas são incríveis, daquelas que você acaba adicionando à sua playlist do Spotify para ouvir enquanto prepara um café ou caminha pela cidade. Além disso, Persona 3 Reload no Nintendo Switch 2 chega totalmente localizado para o português do Brasil, o que torna a experiência ainda mais acessível e imersiva para o público brasileiro.

Dois pontos importantes, e um tanto polêmicos: o primeiro é que a versão física do jogo vem em formato Game-Key Card, ou seja, o cartucho serve apenas para ativação, exigindo o download de boa parte do conteúdo para poder jogar. É algo que pode desagradar os colecionadores, mas vale mencionar para evitar surpresas. Já o segundo é que a expansão Episódio Aigis -A Resposta-, lançada no fim de 2024, ficou de fora do pacote que chega ao novo console. Alguma razão especial?

Vale a pena jogar Persona 3 Reload no Nintendo Switch 2?

Sem dúvidas, vale a pena! Persona 3 Reload está simplesmente incrível no novo híbrido, é impressionante ver o quanto o game roda bem no console da Nintendo, e mesmo com a taxa de quadros travada em 30 FPS, diferente dos 60 FPS vistos em outros consoles, o desempenho é sólido e constante, sem engasgos ou quedas perceptíveis. No fim das contas, a experiência se mantém fluida e imersiva, sendo o mais importante para um RPG tão envolvente.

Visualmente, o jogo continua deslumbrante, com personagens muito bem modelados, animações belíssimas, e cenários que mantêm aquele charme estilizado que define a franquia Persona. A interface, é um show à parte, moderna, vibrante e com a identidade visual marcante que a série carrega há anos, é nítido o cuidado da Atlus em adaptar tudo isso ao Switch 2 sem comprometer a qualidade.

A dublagem em japonês e inglês, e a trilha sonora, são outro ponto de destaque, as músicas seguem com aquela pegada única da franquia, cheias de energia, emoção e estilo, combinando perfeitamente com cada momento do jogo. Soma-se a isso a localização completa para o português do Brasil, algo que torna a experiência ainda mais acessível e imersiva para o público daqui.

Por outro lado, não posso deixar de mencionar algumas ressalvas, como citei acima, sendo as principais delas que a versão física chega em formato Game-Key Card, que exige o download da maior parte do conteúdo, algo frustrante para quem ainda gosta de ter o cartuchinho completo na prateleira, e que o game não traz a premiada expansão ao novo console. Além disso, para quem busca o máximo de fidelidade visual e fluidez, talvez prefira as versões lançadas no ano passado, que entregam mais desempenho e definição.

Por fim, Persona 3 Reload no Nintendo Switch 2 é uma experiência completa, fiel e emocionante, que mantém o peso narrativo e a profundidade do original. Se você quer revisitar essa história marcante ou mergulhar nela pela primeira vez, o híbrido da Nintendo entrega tudo com muita competência. E, convenhamos, poder enfrentar a “Hora Sombria” na palma das suas mãos, é uma tentação difícil de resistir.

Persona 3 Reload será lançado para o Nintendo Switch no dia 23 de outubro de 2025, com legendas e textos em português do Brasil, e está sendo vendido na Nintendo eShop do Brasil por R$ 299,00. A versão física, como mencionado, será lançado em formato de Game-Key Card.

*Review elaborada em um Nintendo Switch 2, com código fornecido pela SEGA.

Persona 3 Reload

BRL 299,00
9.5

História

10.0/10

Gameplay

10.0/10

Audiovisual

9.0/10

Extras

9.0/10

Prós

  • Totalmente localizado em português do Brasil.
  • Trama envolvente, com personagens bem construídos
  • Desempenho estável em 30 fps no console híbrido.
  • Portabilidade exclusiva da versão.

Contras

  • Versão física lançada com Game-Key Card.
  • O Episódio Aigis -A Resposta- não incluso em nenhum dos pacotes.
  • Taxa de quadro e resolução menor que os consoles de mesa pode desagradar os jogadores mais detalhistas.

Filipe "Bdama" Villela

    Aficionado por jogos desde cedo, de Bomberman, Zelda, Sonic ou Mário, indo dos clássicos das gerações passadas, até os indies e mais variados AAA atuais. Viciado em desafios, colecionador de platinas e consoles antigos, para mim não importa a plataforma ou gráficos de um jogo, sou movido pela emoção da aventura de conhecer e desbravar novos mundos, uma viagem única que apenas cartuchos e cd's podem nos levar. Embarque comigo nesse mundo de possibilidades infinitas e venha descobrir novos mundos e maneiras de se aventurar!