Prince of Persia: The Lost Crown (Mobile) | Review
Depois de me aventurar por dezenas de horas em Prince of Persia: The Lost Crown no PlayStation 5 e concluir a expansão Mask of Darkness no PC, chegou a hora de mergulhar no universo do jogo mais uma vez — agora em um celular. Com lançamento marcado para esta segunda-feira, 14 de abril, a versão mobile de The Lost Crown, adaptada pela Ubisoft Da Nang, promete entregar toda a experiência do metroidvania premiado direto na palma da mão.
E foi justamente assim que joguei: em um Galaxy S25 (modelo base), explorando o Monte Qaf entre uma pausa e outra do dia. Os detalhes da minha experiência eu trago para vocês agora, em mais uma review do Pizza Fria!
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Um port fiel — com otimizações pontuais
A primeira surpresa veio logo no início. A versão mobile roda a 60 quadros por segundo, com uma fluidez que me lembrou bastante a versão de console. Mesmo no Galaxy S25 (o padrão, não o modelo Ultra), o desempenho se manteve praticamente estável durante toda a jogatina, inclusive em momentos mais exigentes, com a troca de biomas e nas batalhas contra chefes. O aparelho esquentou bastante durante o gameplay, mas a dissipação de calor é muito eficiente.
Claro, visualmente há diferenças perceptíveis em comparação com o que vi na versão de console. As texturas e iluminação são um tanto mais simples, e o nível de detalhe no fundo dos cenários sofreu compressão. Algo esperado dado por considerarmos um port. Mas o estilo artístico cartunesco de The Lost Crown, que lembra algo entre Fortnite e animações 2D, favorece bastante essa adaptação, mantendo a identidade visual do jogo mesmo com as limitações técnicas dos dispositivos móveis.
Controles adaptáveis e acessibilidade real
A Ubisoft acertou ao oferecer múltiplas opções de controle. Joguei tanto com controle Bluetooth quanto com o toque na tela, e em ambos os casos a resposta foi satisfatória – embora como um gamer mais oldschool, minha preferência vai ser quase sempre pelo controle. Para quem prefere adaptar a interface, o jogo oferece remapeamento completo dos comandos e a inclusão de recursos como uso de poção automática, parry automático e até uma opção de câmera lenta, que são adições bem-vindas, especialmente nos trechos mais exigentes de plataforma.
Essas facilidades se somam aos já conhecidos recursos de acessibilidade do jogo base, que inclusive renderam à Ubisoft o prêmio de Inovação em Acessibilidade no The Game Awards 2024. Tudo isso reforça que, mesmo em um novo formato, o game continua se preocupando com a experiência de diferentes perfis de jogadores.
O mesmo jogo, com a mesma alma
No conteúdo, The Lost Crown continua sendo o mesmo metroidvania que me conquistou em 2024. A história de Sargon e os Imortais, a ambientação no Monte Qaf e o uso dos Poderes do Tempo permanecem intactos, com transições narrativas fluidas, missões secundárias e exploração recompensadora. As 13 regiões do jogo, os amuletos que personalizam a jogabilidade e os puzzles que misturam dimensão e manipulação temporal estão todos lá.
Também estão presentes as duas opções de progressão: modo Guiado, com indicação de caminho e objetivos no mapa, e o modo Exploração, mais desafiador e imersivo. Para quem, como eu, gosta de explorar cada canto dos cenários em busca dos 100%, o Pássaro da Prosperidade e os marcadores de mapa continuam sendo recursos fundamentais, especialmente nesta versão portátil em que a concentração pode ser mais intermitente.
Uma nova forma de reviver (ou descobrir) o jogo
É curioso como, mesmo após ter explorado tudo em outra plataforma, revisitar The Lost Crown no celular me trouxe uma sensação de novidade. A experiência portátil é prática e não compromete o conteúdo. Confesso que me chamou atenção a maneira como os desafios de plataforma, especialmente os mais complexos, se mantêm precisos no toque, graças aos controles responsivos e à taxa de quadros estável.
Claro, há limitações: o jogo exige um aparelho potente para rodar bem. Dispositivos mais antigos podem sofrer e digo isso com a propriedade de quem começou os testes em um iPhone 13 Mini, enfrentando momentos travamentos. Além disso, até mesmo pelo tamanho da tela em dispositivos móveis em geral, devo citar que não há tanta imersão visual. De toda forma, o prólogo do jogo será oferecido gratuitamente, e todos poderão testar em seus aparelhos antes de efetuar a compra.
Vale a pena jogar Prince of Persia: The Lost Crown no celular?
Se você ainda não conhecia o título, essa é uma ótima oportunidade de mergulhar em uma das melhores experiências metroidvania dos últimos anos, agora com a flexibilidade do mobile. E se, como eu, você já explorou o Monte Qaf antes, a versão mobile é uma chance de reviver essa jornada com novos olhos — ou dedos.
Mesmo sem os recursos gráficos de um console de última geração, a adaptação acerta ao manter o que mais importa: gameplay fluido, acessibilidade ampla e uma aventura que continua sendo instigante, desafiadora e divertida. Para um jogo que já era bom, poder levá-lo no bolso é um baita bônus e amplia ainda mais a gama de jogadores que poderão conhecer um dos melhores metroidvanias de 2024.
Prince of Persia: The Lost Crown chega nesta segunda-feira, 14, para Android e iOS como um prólogo gratuito, com a versão completa podendo ser adquirida a partir de R$ 49,90, de acordo com a versão escolhida. O título foi originalmente disponibilizado para Ubisoft+, Nintendo Switch, PlayStation5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC, via Epic Games Store, Ubisoft Store e Steam.
*Review elaborada em um Samsung Galaxy S25, com código fornecido pela Ubisoft.
Prince of Persia: The Lost Crown
BRL 49,90
Prós
- Estilo artístico bem adaptado ao mobile
- Várias opções de controle e acessibilidade
- Prólogo gratuito para teste
- Conteúdo completo do jogo base disponível
Contras
- Aparelhos menos potentes podem sofrer
- Aquecimento do dispositivo durante o gameplay
