Nikoderiko: The Magical World – Director’s Cut | Review
Em 2024, joguei Nikoderiko: The Magical World no PlayStation 5 e me gostei da proposta acessível e nostálgica, embora o jogo não tenha reinventado a roda. Agora, à convite da Knights Peak, retornei ao universo colorido da dupla Niko e Luna com a Director’s Cut – desta vez, no Steam Deck. E a experiência, que já era divertida, ganhou novos contornos com os aprimoramentos dessa edição definitiva.
O jogo continua sendo uma celebração do gênero plataforma, mas agora com mais conteúdo, ajustes técnicos e uma execução que me surpreendeu positivamente no portátil da Valve, onde o título é oficialmente verificado. Já adianto Tudo rodou de forma impecável, com carregamentos rápidos, estabilidade em 60 FPS e sem qualquer tipo de problema técnico. Outros detalhes da minha experiência eu trago agora, em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!
Um retorno à ilha — com novidades escondidas
A premissa de Nikoderiko: The Magical World não teve mudanças: os mangustos humanizados Niko e Luna encontram uma relíquia mágica em uma ilha encantada, mas logo percebem que ela foi roubada pelo vilão Barão Grimbald. Cabe a eles restaurar o equilíbrio, atravessando sete mundos distintos, enfrentando lacaios e chefes de fase — agora com caminhos expandidos, segredos adicionais e fases sutilmente retrabalhadas.
Os sete mundos continuam belíssimos e variados, desde as profundezas do Mar Seco até a misteriosa Floresta Mágica e as montanhas geladas do País da Neve. Com as adições da Director’s Cut, ganhamos um mundo adicional, que oferece mais opções de exploração e alguns ajustes visuais que deixam os cenários ainda mais vivos. Mesmo já conhecendo a maioria das fases, redescobri cantos escondidos e novos colecionáveis que não estavam lá antes — o que deu uma sensação genuína de novidade.

Jogabilidade refinada e novas mecânicas
A estrutura básica de plataforma 2.5D permanece, misturando trechos laterais, verticais e segmentos em 3D, como carrinhos de mina ou perseguições dinâmicas ao estilo Crash Bandicoot. Ainda é possível planar com o lenço de Niko ou Luna, coletar jarros, vagalumes, letras para formar “NIKO” e conquistar medalhas por objetivos específicos.
Na Director’s Cut, notei pequenos refinamentos que fazem diferença: a mecânica de ataque com o pulo (que antes podia ser acionada sem querer) agora está mais precisa e menos intrusiva. Além disso, os níveis parecem um pouco mais fluidos na transição entre seções, com checkpoints melhor distribuídos.
O modo cooperativo local continua sendo uma das grandes forças de Nikoderiko, e ainda é possível jogar com um amigo a qualquer momento. No Steam Deck, testei com um controle adicional conectado via Bluetooth, e a transição entre jogadores funcionou perfeitamente, embora seja desconfortável para o segundo jogador não ter pleno acesso a tela.

Montarias ainda mais importantes
Os aliados animais, inspirados em Donkey Kong Country, ganham ainda mais protagonismo nesta edição. Agora é possível invocá-los com mais liberdade, e novas habilidades foram incorporadas. Além do Boaris (o javali), Todd (o sapo) e Oceanis (o cavalo-marinho), a Director’s Cut adiciona momentos mais intensos com Dino, um dinossauro que cospe fogo — e confesso que ele virou meu favorito para limpar áreas cheias de inimigos.
Esses animais não só ajudam em combate como também oferecem novas rotas e possibilidades de navegação nas fases expandidas, o que reforça o apelo da rejogabilidade.

Som e visuais: um polimento bem-vindo
Visualmente, Nikoderiko: The Magical World – Director’s Cut continua um jogo bem bonito. As cores são saturadas, os cenários trouxeram efeitos adicionais (como neblina, partículas e luzes dinâmicas), e os personagens parecem mais nítidos, especialmente no display do Steam Deck. A direção de arte continua simpática e familiar, mas o polimento gráfico ajudou a reforçar o charme do jogo.
A trilha sonora de David Wise também voltou com mais presença. Embora na minha primeira análise eu tenha sentido que a música não se destacava tanto quanto o visual, aqui ela parece ter sido melhor mixada e encaixada nos momentos certos — ainda não é tão marcante quanto seus clássicos em Donkey Kong Country 2, mas cumpre melhor seu papel em ambientar a jornada mágica de Niko e Luna.
O auge, no entanto, foi a excelente dublagem em português do Brasil, que acompanha os diálogos e a narração do jogo. Chama atenção este cuidado que um estúdio independente têm com o mercado nacional.

Vale a pena comprar Nikoderiko: The Magical World – Director’s Cut?
Se você já jogou Nikoderiko: The Magical World, a Director’s Cut traz o suficiente para justificar uma nova visita — especialmente se você gosta de explorar cada cantinho e completar colecionáveis. Agora, se esta for sua primeira viagem à ilha encantada, esta edição é definitivamente a forma ideal de começar.
Rodando perfeitamente no Steam Deck, com controles responsivos, desempenho estável e novos conteúdos para descobrir, Nikoderiko: The Magical World – Director’s Cut é um título que se encaixa perfeitamente no formato portátil. A experiência familiar, acessível e nostálgica continua presente, mas agora com uma dose extra de magia e refinamento técnico.
E temos um bônus: a atualização da Director’s Cut chegará gratuitamente para todos os jogadores do jogo original. Ou seja, se você já adquiriu o título, basta atualizá-lo e continuar a aventura de onde parou, com todas as melhorias oferecidas por essa versão, incluindo progresso carregado e conquistas.
A atualização Director’s Cut chega para Nikoderiko: The Magical World no dia 15 de abril para as versões de PC, via Steam e Epic Games Store, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. O título também chegará à GOG.com pela primeira vez.
*Review realizada em um Steam Deck, com código fornecido pela Knights Peak.