Tales of Symphonia Remastered | Review
Tales of Symphonia Remastered é a tão aguardada remasterização do quinto jogo na sequência cronológica da série principal, da famosa franquia de Action JRPGs Tales Of, e foi originalmente desenvolvido pela extinta Namco Tales Studio e publicado no Nintendo Game Cube em 2003.
Uma versão remasterizada do clássico vai ser lançada pela Bandai Namco no dia 17 de fevereiro deste ano, quase 20 anos após seu lançamento original, e trará multiplayer cooperativo local para até três jogadores e, já adianto, belíssimos gráficos atualizados para os consoles de nova geração.
Junte-se a Lloyd e seus amigos nessa incrível jornada para a regeneração do mundo, encare e supere os desafios encontrados em Sylvarant. Quer saber como essa jornada ficou no Nintendo Switch? Já sabe né amigo, pega lá aquele cafézão quentinho e busca aquela pizza fria de ontem, bora conferir comigo em mais um review remasterizado do Pizza Fria!
Há muito tempo…
“Era uma vez, uma época em que existia uma árvore gigante, grande fonte de mana. Uma guerra, entretanto, fez com que essa árvore morresse e a vida de um herói foi sacrificada para tomar seu lugar. Sentida pela perda, a Deusa desapareceu nos céus, deixando aos anjos o dever, vocês devem me acordar, se eu dormir, o mundo será destruído. Os anjos deram à luz ao Escolhido, para que se dirigisse à torre que alcançava os céus. E assim, ficou marcado o início da regeneração do mundo.”
Nos dias atuais, o lacre da Deusa e do herói que acabaram com a guerra e selaram os Desians, está se enfraquecendo, com isso, uma nova ameaça está prestes a surgir.
E assim, depois desse prologo, começamos a história na vila de Iselia, onde conhecemos a Escolhida Collete, Lloyd entres outros personagens. Após um ataque ao templo do vilarejo, Collete recebe a visita de um anjo e a tarefa da Escolhida de percorrer todos os selos e chegar na Torre da Salvação, dando início à grande jornada de nossos heróis.
É possível personalizar sua maneira de jogar
Ao iniciar Tales of Symphonia Remastered, é possível configurar uma série de opções, como, por exemplo, ligar ou desligar as esquetes, uma série de conversas entre os personagens. Pressione o botão – quando a opção aparecer na tela e assista a esquete, não é que ela vá trazer relevância na história principal, mas é um ótimo recurso com diálogos divertidos e dicas para prosseguir na aventura.
Podemos também optar entre três diferentes estilos de combate, batalha Automática onde as ações serão controladas por uma inteligência artificial, Semi-Automática, em que os controles de distância de defesa e ataque são executados automaticamente e por fim, o modo Manual em que todas as ações dos personagens serão controladas totalmente pelo jogador . Esse esquema de batalha pode ser alterado a qualquer momento durante as lutas pressionando o botão -.
Além disso, é possível ajustar a dificuldade das batalhas que irão variar entre normal e difícil, habilitar ou desabilitar os efeitos de vibração HD do controle, personalizar os comandos, equalizar volumes de áudio, e por fim, é possível optar entre o inglês ou japonês como idioma de dublagem.
Um RPG com batalhas dinâmicas e divertidas
Diferente de grande parte dos JRPGs da época, que insistiam em manter a famosa fórmula de combates por turno, Tales of Symphonia ficou marcado pelo seu divertido e dinâmico combate em tempo real. No caso, iremos controlar um dos personagens por vez no combate, e os outros serão controlados pela Inteligência Artificial, de acorodo com as ordens que você der segurando o botão L e aternando com as setas.
Sendo assim, para entender melhor o combate, movimentamos nossos personagens para esquerda ou direita com analógico esquerdo ou com as setas direcionais, mas isso só é realmente necessário no modo de jogo manual. Por sua vez, botão A lança um ataque simples, enquanto com os botões B, ZL ou ZR, você utilizará as técnicas.
As técnicas são variáveis, e os comandos para utilizá-las é personalizável no menu técnicas, podendo colocá-las no botão B mais o botão analógico esquerdo ou seta direcional para alguma das direções, porém, essas técnicas são limitadas pelo uso do TP, que se recarrega à medida em que atacamos com A.
O botão Y, por sua vez, é o que usamos para defender. Pressionando Y e o direcional na direção contrária ao ataque, faremos um recuo rápido. O botão X abre um menu com diversas opções, a luta fica parada e podemos selecionar com mais calma a técnica a ser utilizada, combinar estratégias de combate, modificar equipamentos ou utilizar itens. Ainda nesse menu, podemos pressionar o botão + para alternar entre os personagens. Por fim, mas não menos importante, com o botão R travamos o ataque em um inimigo.
O audiovisual remasterizado
Tales of Symphonia Remastered recebeu uma excelente atualização em seus gráficos no estilo Cell-shading, cenários e personagens estão mais bem polidos e com cores ainda mais vivas, além das animações que rolam durante a jornada e estão impecáveis. Além disso, sempre vale a pena pegar para ler as esquetes, que apesar de não contarem com dublagem em Inglês, somente japonês, ficaram engraçadas e divertidas.
Em se falar na performance de Tales of Symphonia Remastered, o game está fluindo impecávelmente, tanto em modo dock, quanto no modo portátil no console da Nintendo, e sem nenhum tipo de travamentos ou gargalos.
Deixando de lado a parte visual, recomendo fortemente que deixem as vozes de dublagem no idioma Jjaponês. Além das vozes se encaixarem melhor nos personagens, as esquetes ficarão dubladas. As músicas e os efeitos sonoros de Tales of Symphonia Remastered por sua vez, continuam lindas e se encaixam muito bem na proposta da aventura, deixando claro ao jogador, tanto nos momentos de exploração, quanto nas batalhas intensas, a proposta que o jogo quer transmitir.
Vale a pena jogar Tales of Symphonia Remastered?
Confesso a vocês que como fã incondicional da franquia Tales Of, senti que a remasterização de Tales of Symphonia deixou um pouco a desejar. Apesar das melhorias gráficas, excelente performance, paletas de cores vivas e vibrantes e melhorias na jogabilidade com inclusão do multiplayer, eu esperava uma localização para o nosso idioma e isso não ocorreu. Além disso, faltou um pouco de capricho com a localização do jogo para o inglês, já que as esquetes americanas não possuem voz.
Outro ponto importante a se destacar é que o game carece de conteúdos extras e novidades, e como a continuação do game, Tales of Symphonia: Dawn of The New World foi lançado em 2008 para o Nintendo Wii, o mínimo que a Bandai Namco poderia ter feito era incluí-la nesse pacote.
Porém, se nada disso for problema para você e principalmente, caso não tenha tido a oportunidade de conhecer essa obra prima dos Action JRPGs, não perca essa oportunidade. Tales of Symphonia Remastered será lançado no dia 17 de fevereiro para Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X|S e PlayStation 4.
*Review elaborado no Nintendo Switch, com código fornecido pela Bandai Namco.
Tales of Symphonia Remastered
Prós
- O game é como uma nostálgica volta ao passado
- História muito bem elaborada
- Gráficos e jogabilidade realmente aprimorados
Contras
- Ausência de dublagem nos diálogos das esquetes em inglês
- Falta de legendas em PT-BR
