UNYIELDER | REVIEW
Fornecendo combates frenéticos e desafiadores, UNYIELDER é o primeiro projeto da TrueWorld Studios, um FPS que combina diversos subgêneros, como looter shooter, roguelike e boss rush.
Agora, vamos descobrir se essa aventura trouxe bons resultados em um mercado tão competitivo, em mais uma análise antecipada do Pizza Fria!
Uma apresentação alucinante
Desde sua introdução, UNYIELDER apresenta e mantém seus principais pilares: velocidade e dificuldade. Dashes, pulos duplos e uma deslizada que funciona como corrida são movimentos gerenciados por uma barra de estamina. Mais uma vez, é preciso destacar a velocidade do game, seja na movimentação do jogador ou na dos inimigos. Tudo acontece de forma extremamente rápida e, felizmente, os controles respondem de maneira precisa.
A punição por errar o timing das ações ou se deixar encurralar pelos chefes é severa, resultando em um fim de jogo em apenas dois ou três segundos na maioria dos confrontos. UNYIELDER mantém o jogador em alerta constante, mas não o deixa indefeso: muitos ataques inimigos podem ser interrompidos com um disparo no momento certo ou com golpes corpo a corpo que permitem realizar um parry e contra-atacar com alto dano. Todos esses movimentos são claramente comunicados ao jogador por meio de cores e sons emitidos pelos chefes.

Progressão e diversão de sempre
Sem reinventar a roda, UNYIELDER atende às expectativas dos jogadores ao longo de toda a campanha. A progressão se dá de arena em arena, enfrentando dezenas de chefes, enquanto uma variedade considerável de equipamentos fica à disposição, indo além das armas de fogo. Esses itens são adquiridos de forma aleatória a partir dos chefes derrotados.
Ao morrer ou avançar na campanha, o jogador retorna a uma área segura, onde é possível aprimorar a árvore de habilidades e trocar de personagem. Trata-se de uma estrutura familiar, mas que se mantém divertida graças à responsividade da jogabilidade. Além da campanha principal, UNYIELDER oferece um modo infinito e outros conteúdos desbloqueáveis ao longo da jogatina, garantindo uma dose extra de desafio.

O maior acerto acompanhado de alguns deslizes
A velocidade e a intensidade estão em perfeita sintonia em toda a parte técnica de UNYIELDER. As animações, extremamente fluidas e dinâmicas, ganham ainda mais impacto graças à trilha sonora e aos efeitos sonoros, que acompanham de forma intensa os combates. Em alguns momentos, porém, as informações se acumulam em excesso e o caos visual chega a prejudicar a jogabilidade, já que pode ser difícil compreender o que está acontecendo em tela.
A própria velocidade e os desafios do game acabam se tornando, parcialmente, seu calcanhar de Aquiles. Tudo acontece tão rápido que as armas transmitem uma sensação semelhante em termos de dano por segundo. Na prática, um revólver não se diferencia tanto de um rifle de precisão justamente por conta da intensidade do ritmo, o que acaba limitando estilos de jogo.
Durante a análise, também foi possível identificar problemas de colisão e hitbox. Em algumas ocasiões, o parry foi realizado através de pilares ou paredes, enquanto inimigos conseguiam atingir o jogador mesmo a partir de andares diferentes.

Vale a pena jogar UNYIELDER?
A parte técnica de UNYIELDER beira a excelência, sem quedas de quadros ou problemas de renderização, permitindo ao jogador apreciar a qualidade das animações e dos efeitos a todo momento. O arsenal disponível é relativamente vasto, mas a alta velocidade combinada à dificuldade direciona a jogatina para constantes esquivas e disparos intensos.
Embora não traga inovações marcantes, UNYIELDER entrega uma experiência desafiadora e objetiva, com diversos chefes carismáticos, visuais marcantes e uma trilha sonora memorável.
UNYIELDER, um roguelite em primeira pessoa focado em batalhas contra chefes, será lançado em 29 de setembro para PC, via Steam e Epic Games Store.
*Review elaborada em um PC equipado com uma GeForce RTX, com código fornecido pela SHUEISHA GAMES.


