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Vampire Survivors: Ode to Castlevania | Review

Vampire Survivors: Ode to Castlevania é a mais nova expansão para o viciante roguelite de ação, misturado com bullet hell, desenvolvido e publicado por poncle. Nele, somos convidados a tomar controle de uma série de heróis e heroínas de minha amada e adorada Castlevania, enquanto exploramos uma nova fase, encontramos uma boa quantidade de novos itens e lutamos contra as forças das trevas.

E aí, ficaram interessados? Venham saber um pouco mais sobre esse lance agora, em mais uma análise vampiresca do Pizza Fria.

Finalmente!

Justo quando achei que iria me livrar, leitores e leitoras de meu coração, o pequeno morcego voa pela entrada de minha caverna e me morde novamente. De fato, foi uma doce ilusão da juventude achar que poderia me livrar de meu dever eterno de combater as forças das trevas virtuais, os inimigos do dia e os filhos da noite. Mas, não mais! É hora de voltar para o combate. Melhor baixar Vampire Survivors de novo.

E que joguinho agradável, devo dizer. Aproveitando o momento, devo dizer que me entreteve horrores apesar de sua premissa simples e direta, sem foco em uma narrativa longa ou coisas do tipo. E, agora, tive um novo motivo para aplicar meu tempo e foco limitado na luta contra os inimigos da humanidade, dos minutos e da tendência dos esqueletos em me rodearem e amassarem na ossada: Vampire Survivors: Ode to Castlevania.

E já não era sem tempo, não é mesmo? De fato, Vampire Survivors sempre foi bem aberto em se tratando de suas inspirações, e Castlevania certamente foi uma delas. Agora que já comecei nosso papo, tenho alguns pontos importantes para levantar com os senhores e senhoras. Primeiro, que focarei apenas nas novidades da DLC, sem comentar muito sobre o jogo base. Foco, minha gente. Segundo, que vocês devem evitar jogar jogos de fazenda misturados com horror em dias ímpares, nas horas pares em que o sol estiver no zênite, durante o mês dos sustos. Entendido? Então vamos nessa.

Vampire Survivors: Ode to Castlevania
A galerinha. (Imagem: Divulgação)

Jogabilidade

Vampire Survivors: Ode to Castlevania chega trazendo uma quantidade supimpa de personagens, itens, conquistas e, de quebra, um cenário completamente novo para explorar. Pelo que me recordo, temos mais de vinte bonecos tirados diretamente dos jogos clássicos da franquia. Além de figurões como Richeter, Leon e Trevor Belmont, temos outros não relacionados à família como John e Johnatan Morris e Charlotte Aulin, por exemplo. Colocaram até o Grant Danasty, de Castlevania III. Quem se lembrava desse cara?

É interessante notar que cada um desses bonecos possui habilidades e bem diferentes, além de itens iniciais que representam bem seus atributos e papéis em seus jogos de origem. Ainda que seus equipamentos sejam liberados para uso por qualquer boneco, mediante o uso dos sistemas rogue, cada herói realmente parece familiar ao jogador, e isso é um grande ponto positivo em minha visão.

As novas armas de Vampire Survivors: Ode to Castlevania não são brincadeira, possuindo uma série de efeitos ativos e passivos muito interessantes. Por exemplo, os ataques automáticos dos chicotes da dinastia Belmont são bem diferentes, cada qual com sua especialiade. Uns se fortalecem enquanto matamos chefes, outros pegam em mais de uma direção, lançam projéteis, e por aí vai. Elas são bem diferentes entre si, e aumentam ainda mais a gama de opções do jogador.

Vampire Survivors: Ode to Castlevania
Balanceado. (Imagem: Divulgação)

E falando de inimigos, devo dizer que o jogo conseguiu pegar muita gente boa do castelo do Drácula, viu. Temos os esqueletos que correm atrás da cabeça, morcegos, aqueles caveirões endiabrados que lançam barris, cabeças de medusa, lobisomens e tudo mais que puder imaginar. Até os chefes foram portados, com uma boa quantidade de caras conhecidas aparecendo para nos fazer rir e chorar novamente. Alguns deles, inclusive, me fizeram relembrar os bons tempos como nunca antes.

O último ponto que gostaria de levantar de Vampire Survivors: Ode to Castlevania é o novo cenário, que ficou sensacional. Temos uma área enorme para explorar, dentro do limite de tempo, que começa nos jardins de fora do castelo e vai até seus pontos mais profundos e sombrios. É notável que a desenvolvedora conhece intimamente o universo de Castlevania, e esse trabalho é tão impressionante quanto apaixonado, eu diria. Até as telas de teleporte e corredores entre cenários, utilizados como forma de mascarar o carregamento em Symphony of the Night, foram reproduzidos.

Inclusive, alguns momentos parecem ser criados para nos lembrar de certos combates. Por exemplo, não pude deixar de ficar levemente emocionado ao ver Richter Boladão Belmont se encontrar, novamente, com aquele boi endiabrado cortado pela metade. Quem jogou Rondo of Blood sabe do que estou falando. E era pior ainda, me lembro agora, para os tolos e jovens de nós que tiveram o prazer de enfrentar o dito cujo na versão de Super Nintendo, a aloprada Vampire’s Kiss. Bom título, entretanto.

Vampire Survivors: Ode to Castlevania
Olha ele, de novo. (Imagem: Divulgação)

Sons e Visuais

Vampire Survivors: Ode to Castlevania está com visuais sensacionais, com sprites extremamente bem feitas e animadas. Os visuais casam muito bem com o estilo do jogo, e realmente curti a forma que animaram cada personagem. Oras bolas, temos até o bom e velho passinho Belmont! Além disso, o castelo está cheio de detalhes, até com pinturas nas paredes que remontam à capas de jogos anteriores, pôsteres, personagens e por aí vai. Definitivamente excelente.

E a trilha sonora então? Meus queridos e queridas, que belezura. Temos uma série de músicas remixadas para cada personagem selecionável, tiradas diretamente dos jogos em que vieram. Algumas versões de Vampire Killer, como a de Richter, estão simplesmente sensacionais. São muito boas de escutar, não enjoam e entrariam, facilmente, em minha playlist de jogos.

Vampire Survivors: Ode to Castlevania
O bom e velho corredor. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Vampire Survivors: Ode to Castlevania?

Vejam bem, leitores e leitoras, devo admitir que sou um grande fã de Castlevania, portanto já comecei com uma visão positiva de Vampire Survivors: Ode to Castlevania. Contudo, assim como em minha análise da colaboração entre a franquia e o excelente Dead Cells, o que temos aqui é tão bom que acredito que teria curtido o mesmo tanto, mesmo que nunca tivesse comido um pernil vindo de uma parede quebrada. Como fazemos por essas terras, vocês sabem.

A DLC entrega uma quantidade considerável de conteúdo, com alto valor em se tratando do preço do jogo base e da própria, com diversos personagens para liberarmos, equipamentos para testarmos, combinações de poderes, uma fase enorme, e por aí vai. Além disso, é nítido o carinho dos desenvolvedores com o clã Belmont, e isso contribui demais para a qualidade do pacote como um todo.

Eu até poderia falar mais aqui, mas serei honesto com vocês. Já nos conhecemos o bastante para isso, não é mesmo povo bonito e maravilhoso que acessa esse site fantabulástico? Devo dizer que vou pular fora para ir jogar um pouco mais de Vampire Survivors: Ode to Castlevania. O jogo me deixou mais gamado do que o Trevor na Sypha, e realmente não consigo o deixar de lado. E, acredito, fara o mesmo com vocês também. O que estão esperando, minha gente? Que a caçada pela noite comece!

Vampire Survivors: Ode to Castlevania chega nesta quinta-feira, 31 de outubro, para PC, MacXboxPlayStation, Nintendo SwitchAndroid e iOS.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido por poncle.

Vampire Survivors: Ode to Castlevania

BRL 9,95
10

Jogabilidade

10.0/10

Sons e Visuais

10.0/10

Extras

10.0/10

Gingado Belmont

10.0/10

Prós

  • Muito conteúdo para liberar e experimentar
  • O jogo realmente é uma ode à franquia Castlevania, celebrando sua história e tudo que a faz ser tão legal
  • Os novos personagens são divertidos de usar
  • O novo mapa é tão grande quanto detalhado e cheio de coisas para encontrar e derrotar
  • Os remixes das trilhas sonoras dos diversos Castlevanias ficaram uma beleza

Matheus Jenevain

    Redator de idade não especificada e habilidade excepcional (segundo o próprio, acredite se quiser). Curte Metroidvanias, RPGs e jogos de luta. Reza toda noite, intensamente, para receber um remake de God Hand. Nunca foi atendido.