Vengeful Guardian: Moonrider | Review
Vengeful Guardian: Moonrider será lançado no dia 12 de janeiro e foi desenvolvido pela desenvolvedora brasileira JoyMasher, fundada em 2012 na cidade de Curitiba, e responsável por excelentes jogos como Oniken, Odallus e Blazing Chrome, e publicado pela The Arcade Crew, marca da Dotemu dedicada a jogos indies.
O game será lançado para o PC, via Steam, Nintendo Switch, Playstation 4|5 e Amazon Luna em territórios selecionados, e se trata de um jogo de plataforma com deslocamento lateral que promete canalizar a era de ouro dos jogos clássicos de ação nos consoles de 16-bits, onde um protagonista ciborg ninja deve avançar por diferentes estágios frenéticos em busca de vingança.
A JoyMasher prometeu nos entregar toda a deliciosa crocância do pixel art envolto a um áudio cintilante, construindo um desafio intenso pelos oito estágios de Vengeful Guardian: Moonrider. E será que realmente encontraremos tudo isso no jogo? Já sabe né? Aproveita agora e dá aquele pulo ali na cozinha, traz aquela pizza de ontem e vem conferir comigo em mais um review antecipado do Pizza Fria!
O Guardião vingativo é uma autêntica viagem ao passado
A humanidade encontra um herói incomum no mundo oprimido de Vengeful Guardian: Moonrider. Com pretexto de garantir a ordem e a paz da humanidade, governos autoritários construíram super soldados como armas de guerra. Porém, seus criadores selaram seus destinos ao deixar o poderoso ciborgue ninja conhecido como Moonrider online.
Concebido como mais uma ferramenta para defender esse estado autoritário, o poderoso guerreiro Moonrider rejeitou sua prerrogativa inicial, optando por uma batalha incansável por vingança contra seus criadores e seus poderosos ex-companheiros super soldados.
E com essa prerrogativa é que história de Vengeful Guardian: Moonrider vai sendo desenvolvida entre inícios, conclusão de estágios e nos diálogos com chefões e, apesar de bem clichê, temos uma boa quantidade de frases de efeito moral e um Ciborgue Ninja vingativo revoltado com atual modo de governo. Sem dúvidas, não precisamos de nenhum outro incentivo para sair retalhando cada inimigo que vier pela frente.
Estilo de jogo que demanda comandos simples e responsivos
Por ser um Side Scroller que envolve ação frenética e desenfreada, a esmagadora de botões – perdão pela piada, JoyMasher, entendida do assunto, nos entregou um game desafiador com a jogabilidade simples e comandos totalmente responsivos.
Com a seta direcional ou analógico esquerdo, controlamos o ciborgue protagonista para o lado desejado, pressionando-o duas vezes para a esquerda ou direita, ou segurando o botão R2 enquanto andamos, usamos a corrida. Com o botão X, é possível saltar de uma plataforma para outra, e o quadrado serve para atacar, enquanto o círculo, usa a arma especial.
Segurando o botão L2, abrimos um menu radial, para escolha e troca de arma especial, R1 e depois quadrado usa um poderoso ataque em corrida e por fim, se você pressionar em uma plataforma o direcional analógico ou a seta para baixo e o botão X, faz com que o ninja consiga descer obstáculos.
O laboratório de Bio-Armas é o ponto inicial da jornada
Assim como costumavam ser grande parte dos jogos de plataforma da era de ouro dos videogames, Vengeful Guardian: Moonrider não é um jogo extenso e possui apenas 8 fases distintas, cada uma contendo ao menos duas áreas, e que podem ser superadas em uma média de 3 horas.
Sendo assim, vale ressaltar que Vengeful Guardian: Moonrider possui grandes influencias da franquia Mega Man. Começamos o game com Moonrider despertando no laboratório de Bio-Armas, e esse é obrigatoriamente o primeiro estágio. Após ele, outros seis cenários são liberados, e estes podem ser acessados na ordem que o jogador preferir.
Mas a inspiração não para por aí. Como já citado acima, cada um dos estágios possui duas partes, a primeira delas, contendo um subchefe a ser superado e a segunda, o chefão final. Esses chefes no final dos estágios, quando derrotados, liberam um novo tiro especial para o ciborgue ninja Moonrider.
Mais uma clara, bem vinda e nostálgica inspiração no game do robozinho azul da Capcom, que foi muito bem implementada no jogo da JoyMasher.
Módulos com melhorias para auxiliar na jornada
Durante os estágios, encontraremos passagens escondidas com cápsulas contendo módulos de melhorias para Monnrider. São um total de 12 módulos a serem encontrados e podemos equipar dois deles por vez no herói.
- Regeneração de MP, que faz com que uma pequena quantidade de MP, energia utilizada para ativação dos tiros especiais, seja recuperada a cada poucos segundos.
- Acrobata, com este módulo equipado, pressione o botão X depois de um salto, para saltar novamente.
- Regeneração de HP, faz com que uma pequena quantidade de HP, a energia vital de Moonrider, seja restaurada a cada poucos segundos.
- Espada Longa, com este módulo em Moonrider, a área de ataque da espada, será maior.
- Detetive é um módulo muito útil, principalmente para encontrar outros módulos. Ele ajuda a localizar as áreas escondidas de cada nível.
- Sede de Sangue equipado faz com que a cada inimigo abatido, o HP de Moonrider seja recuperado.
- Devorador de Almas, faz com que matar inimigos recupere uma pequena quantidade de MP.
- Akujiki, com este módulo, quanto mais inimigos você mata, mais fortes ficam seus ataques.
- Camaleão, este módulo é apenas estético e ele adiciona uma nova opção no menu para mudar as cores do herói.
- Renascido permite que Moonrider reviva com a metade de sua energia uma vez por nível.
- Armadura, age como um escudo e com ele equipado, Moonrider sofre menos dano. Porém, a categoria máxima adquirida no nível será B. Diferente dos outros módulos que adquirimos através das cápsulas, este ganhamos após a primeira tela de continue.
- Canhão de Vidro é um módulo recomendado apenas para os jogadores veteranos que buscam desafio intenso. Com ele equipado, Moonrider morre se levar um único golpe.
Audiovisual em Vengeful Guardian: Moonrider
Vengeful Guardian: Moonrider possui um estilo voltado para o Ciber Gore, e é um game lindo, com uma pixel art envolvente e uma paleta de cores que lembra bastante os clássicos do poderoso 16-Bits, Mega Drive da Sega. O game realmente consegue despertar o sentimento de retrô autêntico no jogador e uma edição de colecionador em formato de fita do “Meguinha” seria algo muito bem vindo, fica a dica aí JoyMasher.
As músicas e os efeitos sonoros do jogo foram compostos pelo musico Dominic Ninmark, artista responsável também pelas trilhas sonoras de Mighty Goose e Strikey Sisters, e estão frenéticas e maravilhosas. Ele caprichou em cada detalhe e sem dúvidas, tudo se encaixa perfeitamente na temática proposta pelo game.
Vale a pena jogar Vengeful Guardian: Moonrider?
Jogar Vengeful Guardian: Moonrider me fez perceber o quanto a indústria nacional de games vem amadurecendo e o quão bem começamos 2023. Ele é sim um jogo curto, e creio que a JoyMasher poderia ter implementado algo no estilo Novo jogo +, diferentes dificuldades ou funcionalidades online como ranking por tempo, por exemplo, algo que aumentaria o fator replay.
Porém, se você não liga para nada disso e estiver carente de uma nostálgica aventura em um ambiente futurista banhado a sangue, Vengeful Guardian: Moonrider é um prato cheio e, sem dúvidas, merece ser apreciado.
Vengeful Guardian: Moonrider será lançado para o Nintendo Switch por R$52,49 e para o PC, via Steam, para os consoles Playstation 4 e PlayStation 5 e no Amazon Luna em territórios selecionados, ainda sem valor para reserva.
*Review elaborado no PlayStation 5, com código fornecido pela Dotemu.
Vengeful Guardian: Moonrider
R$ 52,49
Prós
- Totalmente localizado em Português do Brasil.
- Lindos gráficos pixelados em um game ao estilo Cyber Gore.
Contras
- Além de curto, faltou investir em um pós game.
- Seria útil se incluíssem o número de módulos encontrados nas fases no menu de seleção de estágios.
