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Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone: tudo sobre o Passe de Batalha da Temporada 5

A Activision lançou recentemente o Passe de Batalha da Temporada 5, que chegou com tudo em Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone, misturando tiro, nostalgia e conspiração em doses cinematográficas. Dentro desse pacote, estão disponíveis as skins mais desejadas, os projetos de armas diferentões e as moedinhas que garantem fôlego para a próxima temporada. Desta forma, analisamos cada detalhe do que muda, do que permanece e, principalmente, se vale a pena investir seu precioso tempo e uma boa graninha no passe deste capítulo. Veja a seguir todos os detalhes!

Temporada 5 traz de volta os anos 90, com direito a muito caos

A campanha da Temporada 5 de Call of Duty flerta com conspirações militares noventistas, enquanto o modo Zombies entrega o esperado fechamento com The Reckoning. A aventura leva os jogadores às torres Janus para um confronto final contra Jack Fletcher, com exploração vertical, corredores escuros e aquele ritmo de hordas que aperta o peito.

No lado competitivo, o multiplayer tradicional recebe novas ferramentas de caos: MP-40 para agressividade em curta distância, M60 para suppressão pesada, PPSh-41 para chuva de balas e uma leva de armas corpo a corpo que vão do soco-inglês às luvas de boxe e até uma serra elétrica. Tudo conversa com o tema mais sombrio da temporada, reforçado por operadores com versões de estética pesada e ameaçadora.

Warzone também muda de figura. Verdansk finalmente escancara as portas do Estádio, e por trás do gramado está o Protocolo Abyss, uma instalação secreta acessada pelo contrato limitado Satellite Highjack. Resultado: o que antes era área de passagem virou arena vertical de controle e contra-ataque, cheia de linhas de tiro novas e emboscadas de tirar o fôlego. Em paralelo, o evento 90s Action Heroes injeta um tempero de exagero e explosão, com recompensas temáticas e a desbloqueável Boxing Gloves, equilibrando a tensão com uma boa dose de humor referencial.

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Imagem: Divulgação

Estrutura do Passe: progressão conhecida, incentivos certeiros

O esqueleto do Passe de Batalha de Call of Duty segue a fórmula consagrada: trilhas de recompensas com cosméticos, projetos de armas, finalizações, cartões de visita, pingentes e, claro, Pontos COD ao longo do caminho. O ponto sensível continua sólido: ao completar a progressão, é possível resgatar até 1.100 Pontos COD, o bastante para financiar o passe da próxima temporada sem abrir a carteira novamente. Essa dinâmica mantém viva a rotina de desafios diários e semanais, empurrando o jogador para modos diferentes e quebrando a monotonia.

Integrado ao Black Ops 6, o passe usa a progressão compartilhada para dar sinergia real: o que você sobe no multiplayer tradicional tem reflexo em Warzone e vice-versa. Na prática, isso significa menos atrito para quem alterna entre a experiência competitiva e a sobrevivência em Verdansk, e mais motivos para testar operadores e armas nos dois ambientes. É uma mudança estrutural que, diferente de temporadas passadas, impacta o dia a dia do grind.

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Imagem: Divulgação

BlackCell: bônus generosos, preço que pede reflexão

O passe BlackCell retorna como trilha premium paralela, com acesso a uma página dedicada, pacotes cosméticos de alto impacto e um valor agregado que a publisher posiciona acima do passe padrão. Há também um bônus de fidelidade com potencial de até 50% de XP extra em futuras temporadas. Os números chamam atenção e, para quem joga diariamente, o cálculo pode fechar: desbloqueio acelerado, visual diferenciado, retorno em conteúdo que, com disciplina, se converte em economia no médio prazo.

Para o jogador casual, porém, a conta muda. O investimento inicial é mais pesado, e nem sempre o ritmo de jogo acompanha o necessário para tirar todo o proveito. Em termos de design, o BlackCell acertou ao evitar benefícios que alterem gameplay; ainda assim, a percepção de distância entre quem gasta e quem não gasta persiste. É menos sobre pay-to-win e mais sobre pay-to-look-awesome e pay-to-level-faster.

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Imagem: Divulgação

Recompensas em destaque: estética coerente e variedade de uso

No quesito visual, a curadoria acertou muito. As skins de operadores exploram a estética noventista militar com pitadas de paranoia e brutalidade, sem cair na caricatura. Projetos de armas chegam com combinações que fazem sentido nos metajogos atuais: acessórias que favorecem recuo controlado na MP-40, setups de penetração e estabilidade para a M60, e versões da PPSh-41 focadas em mobilidade. A linha corpo a corpo brilha como peça de personalidade, especialmente para quem curte clipes de execução e close combat.

O passe brinca bem com o fator fanservice, mas sem esquecer do utilitário. Há veículos com pinturas que destacam posicionamento em Warzone, pingentes e cartões que reforçam o clima de cinema de ação, e finalizações que viram espetáculo à parte nas killcams. Não é revolução, mas é um pacote consistente, com ótima média de qualidade.

Zombies: The Reckoning e o passe como incentivo de jornada

O capítulo The Reckoning funciona como motor narrativo da temporada, e o passe abraça isso com itens que parecem saídos das torres Janus: emblemas ritualísticos, skins com tratamento tático e projetos que casam com o ar de tecnologia clandestina. O resultado é uma sensação de continuidade para quem acompanha a história desde o começo de Black Ops 6. A progressão do passe encontra no Zombies um aliado natural: cada horda vencida, cada objetivo cumprido acelera o ritmo de destravar recompensas, e as próprias recompensas motivam novas runs.

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Imagem: Divulgação

Evento 90s Action Heroes: a grande novidade da Temporada 5

Entre tiros e teorias da conspiração, o evento 90s Action Heroes injeta aquele exagero clássico: foco em explosões, músculos e frases de efeito. No escopo do passe, ele funciona como trilha paralela de recompensas temáticas. A Boxing Gloves, por exemplo, é a típica arma corpo a corpo que não muda o meta, mas muda o humor do lobby. Além da nostalgia, o evento oferece missões rápidas que facilitam a vida de quem precisa de uns níveis a mais no passe. É fanservice bem administrado, sem travar recompensas principais atrás de tarefas esdrúxulas.

Warzone e Verdansk: quando o Passe de Batalha dialoga com o mapa

A abertura do Estádio muda o xadrez das rotação em Verdansk. Em partidas públicas, a novidade cria hotspots que exigem domínio de verticalidade e leitura de som ambiente. É aqui que alguns projetos do passe fazem diferença, principalmente os que priorizam ADS rápido e manejo de recoil para trocas de curta e média distância. Os operadores com silhuetas de cor mais fria e camuflagens menos chamativas também ajudam em ambientes com iluminação contrastada, como túneis e corredores do Protocolo Abyss. Não é vantagem injusta, mas é o tipo de detalhe que o jogador de Warzone aprende a apreciar.

O contrato Satellite Highjack, que dá acesso à instalação, conversa com a filosofia do passe: é desafio de alto risco e alta recompensa, ótimo para quem quer acelerar progressão enquanto caça itens exclusivos do evento. O casamento entre design de mapa e incentivo do passe está mais redondo nesta temporada do que em outras edições.

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Imagem: Divulgação

Ritmo de progressão: menos grind cego, mais objetivos claros

A progressão do passe nesta temporada brilha na organização dos desafios. Os diários e semanais incentivam rotações entre modos sem forçar o jogador a abandonar seu estilo. Quem vive de Warzone consegue completar metas com contratos e combates em hotspots; quem respira multiplayer tradicional faz XP consistente com listas que privilegiam kills, objetivos e uso de equipamentos; os apaixonados por Zombies, por sua vez, convertem cada onda em barras bem visíveis no medidor. O resultado é um grind mais previsível e menos cansativo.

A integração total com Black Ops 6 é excelente: o passe deixou de ser um plano paralelo e virou a espinha dorsal de toda a temporada. Essa coesão aumenta a satisfação de cada desbloqueio e diminui a sensação de tempo perdido quando você alterna de modo.

Monetização e equilíbrio: erros e acertos

No geral, a temporada encontra bom ponto de equilíbrio. O passe base oferece valor concreto com retorno de Pontos COD e cosméticos caprichados; o BlackCell, como camada premium, amplia isso com curadoria mais chamativa e aceleração. Ainda assim, há duas frentes sensíveis. A primeira é a percepção de redundância em alguns itens de nível médio, especialmente em projetos de armas que pouco se diferenciam de combinações fáceis de montar no editor. A segunda é a escalada de preço do pacote premium, que, mesmo sem mexer no gameplay, pode afastar parte do público.

Do lado positivo, a publisher mantém a regra não escrita de que poder não se compra. O que afeta a jogabilidade está disponível para todos via progressão natural, e o que é vendido agrega estilo, identidade e, no máximo, conforto de evolução.

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Imagem: Divulgação

Vale a pena investir no Passe de Batalha da Temporada 5 de Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone?

O Passe de Batalha da Temporada 5 acerta ao ser vitrine de uma temporada com identidade. A estética noventista, o clímax de Zombies, o Estádio reimaginado e o evento 90s Action Heroes criam contexto; o passe pega esse contexto e transforma em recompensas que fazem sentido dentro do jogo. A progressão é clara, a integração com Black Ops 6 funciona e o retorno em Pontos COD mantém a economia circulando.

Faltam pequenas ousadias em alguns níveis intermediários e a discussão sobre o custo do BlackCell segue viva. Ainda assim, o pacote final entrega valor, especialmente para quem vive a rotina agitada de Call of Duty. Mais do que um check-list, este passe dá vontade de jogar. E, no fim das contas, é esse o objetivo.

Sendo assim, se você joga todos os modos de Call of Duty diariamente e costuma fechar o passe antes de virar a temporada, o investimento faz todo o sentido. O retorno em Pontos COD cobre a próxima edição, as recompensas têm média alta e a rotina de desafios está mais esperta. Para quem joga casualmente, o passe base ainda vale pelo custo-benefício, desde que você encare metas semanalmente. O BlackCell, nesse cenário, só compensa se o apelo estético falar muito alto ou se você pretende jogar o suficiente para tirar proveito do bônus e dos conteúdos agregados. Agora, se você for um jogador casual, talvez não valha tanto a pena. Afinal, é uma graninha boa.

Sobre Call of Duty: Black Ops 6

Call of Duty: Black Ops 6 está disponível para assinantes Xbox Game Pass, PlayStation 4, PlayStation 5Xbox One, Xbox Series X|S e PC, via SteamBattle.net e Windows Store. O game se passa durante a era da Guerra do Golfo, trazendo uma campanha inédita e intensa. O jogo contará com 12 novos mapas para partidas 6v6 e 4 novos mapas de strike no lançamento. Além disso, o modo Zombies, baseado em rounds, também está de volta, para a alegria dos fãs.

Álvaro Saluan

Completamente apaixonado por videogames, escreve e pesquisa sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte. Vai dos jogos de esporte aos RPGs tranquilamente, admirando cada experiência. Seu maior ídolo dos jogos é Hideo Kojima.