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O que esperar do DLSS 4, a grande novidade da NVIDIA para 2025?

A NVIDIA anunciou recentemente durante a CES 2025 a chegada do tão aguardado DLSS 4, a mais recente evolução de sua tecnologia de renderização neural. A partir de 30 de janeiro, a nova versão estará disponível exclusivamente para GPUs da série GeForce RTX 50 e trará avanços significativos no desempenho e qualidade gráfica, incluindo a introdução do DLSS Multi Frame Generation, capaz de multiplicar taxas de quadros por até 8 vezes. Entenda todos os detalhes sobre o assunto abaixo!

O que veio antes: entendendo os avanços do DLSS

Desde a introdução do DLSS 1.0 em 2018, a NVIDIA transformou a forma como os gráficos são renderizados, utilizando a IA para aumentar as taxas de quadros sem comprometer a qualidade visual. No entanto, cada versão trouxe avanços que tornaram o DLSS ainda mais indispensável para os gamers e criadores de conteúdo. Com o lançamento do DLSS 4, a NVIDIA não apenas elevou o desempenho, mas também redefiniu os limites da renderização baseada em IA.

O DLSS 1.0 tinha um foco inicial em aumentar a performance com algum impacto na qualidade visual, utilizando redes neurais para reconstruir imagens a partir de resoluções mais baixas. Já o DLSS 2.0, lançado em 2020, revolucionou a tecnologia ao oferecer imagens mais nítidas, rivalizando com a renderização nativa, enquanto melhorava significativamente a estabilidade temporal e reduzia artefatos como borrões.

Depois, ocorreu um salto para o DLSS 3, introduzido com a série GeForce RTX 40, foi um marco ao introduzir a Frame Generation, que utilizava IA para criar quadros inteiros adicionais, dobrando as taxas de quadros em cenários intensivos. Apesar de inovador, o modelo exigia maior poder computacional, especialmente para gerenciar a geração de quadros sem prejudicar a suavidade.

Veja o comparativo abaixo disponibilizado pela NVIDIA explicando as diferenças de forma totalmente prática:

O que é o DLSS 4?

O DLSS (Deep Learning Super Sampling) é um conjunto de tecnologias que utiliza inteligência artificial para melhorar a qualidade de imagem e aumentar o desempenho em jogos e aplicativos. Alimentado pelos Tensor Cores das GPUs GeForce RTX, o DLSS 4 introduz Multi Frame Generation, gerando até três quadros adicionais para cada quadro renderizado, transformando a experiência gráfica com resolução 4K a 240 FPS com ray tracing ativado. Essa funcionalidade estará disponível em 75 jogos e aplicativos no lançamento.

Multi Frame Generation

Essa nova tecnologia utiliza inovações no hardware Blackwell das GPUs RTX 50 e nos modelos de IA para gerar múltiplos quadros por frame renderizado. Além de melhorar o desempenho em até 8 vezes, ela reduz o consumo de VRAM em 30% e melhora a estabilidade da imagem, garantindo experiências de jogo mais fluídas e responsivas.

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O Multi Frame Generation do DLSS 4 explicado. (Imagem: Divulgação)

Modelos de IA baseados em transformadores

O DLSS 4 adota os primeiros modelos baseados em transformadores na indústria gráfica, os mesmos que alimentam tecnologias de IA como ChatGPT. Esses modelos melhoram a qualidade visual, oferecendo maior estabilidade temporal, menos “ghosting” e mais detalhes em movimento. Isso significa gráficos mais limpos e consistentes, mesmo em cenas complexas com iluminação desafiadora.

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Será que a IA irá aprimorar ainda mais as GPUs? (Imagem: Divulgação)

Melhorias em Reconstrução de Raios e Super Resolução

Jogos como Alan Wake 2 e Horizon Forbidden West já demonstraram melhorias notáveis, com aumento na clareza de texturas, redução de cintilação e aprimoramento em cenas com iluminação complexa. Essas atualizações estarão disponíveis para todas as GPUs GeForce RTX. O vídeo abaixo ilustra a melhoria em Alan Wake 2, explicando de forma didática como se dá a Reconstrução de Raios em tempo real.

Benefícios que podem surpreender os jogadores

Além de gráficos de altíssima qualidade, o DLSS 4 reduz a latência e oferece uma experiência de jogo mais imersiva. A tecnologia é compatível com títulos como Cyberpunk 2077, Star Wars Outlaws, Black Myth: Wukong e Dune: Awakening. Para jogos que ainda não suportam o DLSS 4 nativamente, a NVIDIA introduziu a funcionalidade DLSS Override, permitindo ativar as melhorias diretamente pelo aplicativo NVIDIA.

Com quais placas de vídeo o DLSS 4 será compatível?

O DLSS 4 foi projetado para aproveitar ao máximo a nova geração de GPUs GeForce RTX 50 Series, que incluem as inovadoras Tensor Cores de 5ª geração e a arquitetura Blackwell. Essas GPUs foram desenvolvidas especificamente para suportar as demandas do Multi Frame Generation, que multiplica o desempenho ao gerar até três quadros adicionais por quadro renderizado tradicionalmente.

GPUs Compatíveis com DLSS 4

  1. GeForce RTX 50 Series:
    • Totalmente compatível com todas as funcionalidades do DLSS 4, incluindo Multi Frame Generation, Ray Reconstruction e os novos modelos baseados em transformadores.
    • GPUs como a GeForce RTX 5090 são especialmente otimizadas para entregar o melhor desempenho, permitindo alcançar taxas de quadros de até 240 FPS em 4K com Ray Tracing ativado.
  2. GeForce RTX 40 Series:
    • Algumas funcionalidades do DLSS 4, como o novo modelo de Frame Generation e as melhorias em Super Resolution e Ray Reconstruction, serão retrocompatíveis com as GPUs RTX 40.
    • No entanto, as funcionalidades mais avançadas, como Multi Frame Generation, não estarão disponíveis devido às limitações de hardware.
  3. GeForce RTX 30 Series e RTX 20 Series:
    • As GPUs dessas gerações poderão se beneficiar das melhorias nos modelos de Super Resolution, DLAA e Ray Reconstruction, já que essas atualizações são integradas ao pipeline existente de DLSS.
    • Multi Frame Generation não será suportado, pois exige a nova arquitetura e os Tensor Cores de 5ª geração encontrados apenas na série RTX 50.

Por que a exclusividade para RTX 50 no Multi Frame Generation?

Como citado anteriormente, o Multi Frame Generation é uma tecnologia altamente exigente, que demanda:

  • Tensor Cores mais rápidos para processar múltiplos quadros com eficiência.
  • Recursos avançados de gerenciamento de latência, como o hardware Flip Metering.
  • Maior capacidade de processamento AI, suportada pelos novos Tensor Cores e pela arquitetura Blackwell.

Enquanto as GPUs RTX 40 podem utilizar a Frame Generation introduzida com o DLSS 3, o DLSS 4 aproveita melhorias de hardware específicas da nova geração para oferecer ganhos substanciais em desempenho e qualidade de imagem.

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Essas foram as informações divulgadas oficialmente pela NVIDIA. (Imagem: Divulgação)

Mas afinal, o que esperar do DLSS 4?

Ao que tudo indica, o DLSS 4 da NVIDIA está prestes a se tornar uma revolução na renderização neural, introduzindo a destacada tecnologia Multi Frame Generation, que multiplica as taxas de quadros em até 8 vezes e permite resoluções de 4K a 240 FPS com Ray Tracing ativado, algo exclusivo para a Série 50, alimentada por Tensor Cores de 5ª geração e pela arquitetura Blackwell. Graças a isso, os novos modelos trazem eficiência aprimorada, usando menos VRAM e reduzindo a latência. Além disso, a nova tecnologia de transformação, que utiliza IA, melhora a qualidade visual com maior estabilidade temporal e detalhamento. Ou seja, podemos esperar coisas boas por aí.

Contudo, só poderemos cravar a qualidade do DLSS 4 ao ver a tecnologia ao vivo, sendo utilizada por nós. Confio muito na questão dos dados da NVIDIA, mas sempre temos de ficar com o pé atrás na chegada de uma grande novidade como essa. Mesmo assim, estou bem otimista para ver o que minha RTX 4070 Ti poderá fazer com algumas dessas tecnologias.

Compatível com GPUs da série RTX 50 Series para Multi Frame Generation, outras melhorias, como Ray Reconstruction e DLAA, serão acessíveis a gerações anteriores. Com suporte inicial para 75 jogos, incluindo Cyberpunk 2077 e Alan Wake 2, o DLSS 4 oferece gráficos mais fluídos e realistas, reafirmando a liderança da NVIDIA em inovação gráfica. É uma solução que redefine o padrão visual e de desempenho para jogos e aplicativos.

Para mais informações, acompanhe as atualizações no site oficial da NVIDIA.

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.