AnálisesPCPlayStationSlideXbox

Ghost Recon Breakpoint: Deep State | Review

Faz pouco mais de um mês que a Ubisoft lançou o primeiro conteúdo adicional de Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint, chamado de Deep State. Ele faz parte do Passe de Temporada do Ano 1 do game, e dá começa a responder as questões que ficaram pendentes após o fim da história principal. Portanto, o texto contém pequenos spoilers do fim do game.

Mas como será que a foi a execução dessa expansão? Deep State era realmente necessária? E como foi a sua execução? A resposta para essa e outras perguntas você confere comigo, em mais uma análise do Pizza Fria!

Oi, Sam Fisher!

Enquanto a Ubisoft não nos presenteia com um novo jogo da franquia Spliter Cell, Sam Fisher vai fazendo suas aparições como convidado em games da publisher. Foi assim com Ghost Recon Wildlands e é agora, com Breakpoint.

Ao contrário de Wildlands, em que fez uma participação em um evento especial, Sam aqui é peça-chave na narrativa. Ele está em Auroa para investigar e prender um suspeito conhecido como “O Estrategista”, que está em Auroa comandando as operações de drone que aparecem ao final da história principal.

Ghost Recon Breakpoint Deep State
Sam Fisher luta lado-a-lado de Nomad na expansão (Imagem: Divulgação)

Assim, Sam localiza Nomad e o informa da situação. E um rosto conhecido de outros títulos da franquia está sob custódia de quem Sam procura. Por isso, você decide ajudar. Assim tem início a Operação Xeque-Mate.

Por mais que a narrativa não se alongue muito, afinal, são oito missões principais apenas e poucos pontos surpreendentes. Mesmo assim, temos um gostinho do que esperar na próxima parte da atualização e encontrar o fim da história de Breakpoint. Isso, claro, se a Ubisoft seguir a tendência de manter os conteúdos adicionais que não fazem parte do Ano 1 como apenas produtos de multiplayer, disponibilizando-os de forma gratuita. Nos resta aguardar.

Mudanças no gameplay

Com a chegada de Deep State, Ghost Recon Breakpoint também recebeu a sua atualização 2.0, a maior até hoje no game. Ela trouxe mudanças no gameplay, principalmente nos modos multiplayer.

A principal delas é a disponibilização de duas novas classes nos modos PvE e PvP: Echelon e Engenheiro. Saiba um pouco sobre cada uma delas:

  • Echelon: conta com mais elementos de furtividade e a habilidade exclusiva Sonar Vision, que ajuda os jogadores a detectar inimigos através de paredes e perturbar drones. Seu item exclusivo é a Pistola de Choque, que causa dano elétrico e pode desativar máquinas.
  • Engenheiro: permite que os jogadores causem mais danos aos drones e sejam mais eficazes com os lançadores de granadas. Sua habilidade especial, o Drone de Defesa, ataca os inimigos próximos, enquanto sua ferramenta de classe, o Supply Drone, fornece aos aliados uma carga extra de munição polida.
Ghost Recon Breakpoint Deep State
A missão final deve ser concluída obrigatoriamente no período noturno do jogo (Imagem:. Divulgação)

No entanto, a principal mudança trazida pela atualização é o modo Experiência Ghost. Disponível para todos os jogadores, inclusive quem não possui o Passe de Temporada do Ano 1, ele traz mais opções de personalização, oferecendo até mesmo a remoção do nível de equipamento. Isso é bastante útil, por exemplo, para quem não quer fazer as missões secundárias e focar somente em terminar a história do game. Por fim, o game ganhou mudanças no modo PVP, sendo que o principal destaque são quatro novos mapas.

Até que enfim, desempenho!

Ghost Recon Breakpoint também ganhou diversas melhorias em desempenho. Se à época do lançamento o jogo sofreu com críticas relativas às quedas de FPS, assets que não carregavam no mapa e itens afins, parece que o tempo fez bem ao jogo.

Tirando alguns bugs pontuais, como o cano de um rifle atravessar um muro ou o chão, quando você rasteja, eu não tive problemas gráficos. E o desempenho melhorou consideravelmente, com o game rodando com quase estáveis 60 FPS em boa parte do tempo. Ponto pra Ubisoft!

Ghost Recon Breakpoint Deep State
O desempenho gráfico está muito melhor (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Ghost Recon Breakpoint: Deep State?

Eu gostei bastante do que joguei, tanto no jogo base, quanto em Deep State. No entanto, ainda acho que é bem claro que o que nos é entregue está longe de valer o preço cobrado. Por ser um conteúdo adicional, é necessário ter o Passe de Temporada, que é vendido por um valor absurdo em todas as versões.

No PC, na Uplay sai por R$ 119,99 e na Epic Games por R$ 99,99. No Xbox One, está com valor promocional de R$ 74,97 até a próxima segunda, 4 de maio, mas o valor original é de R$ 149,95. Já no PlayStation 4, custa R$ 203,90, o que desestimula completamente sua aquisição, principalmente porque atualmente só temos oito novas missões.

É lógico que esse cenário vai mudar. Se o próximo conteúdo adicional lançado pela Ubisoft for relevante, talvez justifique o fato de custar quase um jogo novo. Mas, hoje, minha recomendação é para aguardar uma boa promoção…

*Review elaborada no Predator Helios 300, com código fornecido pela Ubisoft.

Ghost Recon Breakpoint: Deep State

7.8

História

7.0/10

Jogabilidade

8.5/10

Gráficos e sons

9.0/10

Extras

6.5/10

Lucas Soares

Jornalista e fã de videogames desde criança. Já teve Mega Drive, Game Boy Color, PS1, PS2, PS3, PS4, PSVR, PS Vita, Nintendo 3DS e agora tem "só" um PS5, um Nintendo Switch e um PC Gamer. Para ele, o melhor jogo da história é Chrono Trigger, mas Metal Gear Solid 3, Final Fantasy X, The Last of Us Part II e Red Dead Redemption 2 completam o Top-5.