Predator Helios 300 | Review

predator helios 300
(Imagem: Divulgação)

Iniciando nossas reviews de notebooks aqui no Pizza Fria, recebemos recentemente para testes o Predator Helios 300 (G3-572-75L9), modelo da Acer voltado para games. O modelo, lançado em meados de 2016, é vendido no Brasil e conta com um hardware interessante. Confira as especificações abaixo:

  • Processador: Intel Core i7-7700HQ 2.80 GHz/3.8 GHz Quad Core com 6 MB SmartCache
  • Placa de Vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1060 6 GB GDDR5
  • Tela: 15.6′ Full HD (1920 x 1080) IPS
  • Memória: 16 GB DDR4 SDRAM
  • Armazenamento: 2 TB HD
  • Áudio: 2x alto falantes estéreo Dolby Audio e Acer TrueHarmony
  • Rede: 802.11 ac/a/b/g/n com Acer Nplify, Bluetooth 4.1 10/100/1000 Mbps (Gigabit Ethernet), Wake-on-LAN;
  • Dimensão: 390 (L) x 266 (P) x 26.75 (A) mm
  • Peso: 2.7 Kgs

Nossa análise buscará analisar diversos aspectos do modelo, que tem como objetivo rodar jogos. Por isso, para se ter uma dimensão, o valor do modelo oscila no mercado entre R$ 5500,00 a R$ 10000,00. Diante desse alto valor, a questão que fica para os interessados no modelo é: será que compensa mesmo investir tanto dinheiro em um notebook gamer? Confira nossa análise e saiba mais!

Design e estética

Logo de cara, percebemos que o Predator Helios 300 conta com belo design, sendo bem mais arrojado do que os modelos comuns vistos no mercado. Isso é um tanto quanto óbvio, sobretudo para um modelo gamer de valor mais alto, que geralmente apresenta ranhuras e maiores detalhes em sua carcaça. Aliás, sabe-se que muito disso vai além da questão estética, sendo essencial para a dissipação do calor do hardware, algo que é facilmente sentido ao longo do uso. Mas isso não é um problema, sendo aliás uma questão corriqueira em qualquer modelo portátil. Por fim, o modelo da Acer conta com chassi metálico, algo essencial para que os componentes fiquem em segurança.

Já o seu teclado, seguindo os moldes de diversos modelos gamer, conta com iluminação vermelha, que auxilia os jogadores em ambientes escuros e, mais do que isso, acrescenta um charme especial. Além disso, suas teclas WASD, usadas para a locomoção em jogos, conta com marcações que facilitam a visualização.

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O detalhe das teclas de direção do Predator Helios 300 e algumas de suas entradas. (Imagem: Álvaro Saluan/Pizza Fria)

Tela, placa de vídeo e som

Sua tela fosca de 15,6 polegadas, traz resolução em Full HD e a tecnologia IPS, trazendo assim cores muito mais vivas do que as apresentadas nos modelos convencionais. Essa tecnologia ainda dá uma melhor aparência na qualidade da imagem, que é ainda mais nítida.

Agora some isso a uma GeForce GTX 1060 6Gb GDDR5 dedicada para os jogos, que é uma das responsáveis pela qualidade gráfica do notebook. Porém, há de se considerar que o hardware funciona em conjunto, sendo sempre muito importante analisar o conjunto da obra. E bem, como veremos adiante, a máquina é bem servida de processador e memória RAM.

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A tela conta com uma qualidade de imagem surpreendente. (Imagem: Álvaro Saluan/Pizza Fria)

Já no áudio, a máquina apresenta na parte de baixo do aparelho, dois speakers estéreo com as tecnologias Dolby Audio e Acer TrueHarmony. Por conta dessas tecnologias, eles dão uma certa ambiência, não deixando tanto a desejar. Contudo, não sustentam bem os graves mais robustos. Em jogos, ele funciona bem, dando para ouvir os passos dos inimigos, algo que facilita muito a vida dos jogadores, mesmo não contando com a tão falada tecnologia de 5.1 canais. Concluindo, é básico e agrada aos jogadores e ouvintes menos exigentes.

Processamento e desempenho em jogos

O Predator Helios 300 é equipado com processador Intel Core i7-7700HQ 2.80 GHz/3.8 GHz Quad Core com 6 MB SmartCache. Ou seja, o processador de sétima geração é muito forte, mas está a três gerações atrás da atual. Ou seja, assim como sua placa gráfica, que também já é de uma geração mais antiga, pode comprometer o desempenho em alguns jogos. Por exemplo, ao jogar Battlefield V, o modelo por nós testado deixou um pouco a desejar, chegando a oscilar entre 45 a 65 FPS in game, com configurações medianas. Mas o que mais incomodou durante o jogo foram os travamentos ocorridos, que comprometem a jogabilidade.

Estes mesmos travamentos foram presenciados em outros títulos como Star Wars Battlefront II, Apex Legends e até mesmo em Counter Strike: Global Offensive, que é um jogo relativamente leve. Contudo, nestes games, o notebook cravava ou até mesmo ultrapassava consideravelmente os 60 FPS com gráficos definidos entre médio e alto. Em Counter Strike: Global Offensive, a máquina chegava facilmente a 130 FPS em gráficos high, embora seguisse tendo quedas. Como se sabe, esses gargalos estranhos fazem toda a diferença em jogos competitivos, onde um piscar de olhos é crucial para a sobrevivência.

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Alguns trechos de Battlefield V sendo rodado no Predator Helios 300. A queda de frames é um ponto complexo. (Imagem: Reprodução/Álvaro Saluan/Pizza Fria)

A bateria

Como podemos perceber nas características descritas no início da análise, o modelo é realmente bem acima dos notebooks convencionais. E, realmente, ao renderizar e editar vídeos, ou até mesmo executar tarefas rotineiras, ele se mostra maravilhoso, sendo muito ágil. Contudo, ele tem falhas.

A bateria, ponto crucial em um dispositivo portátil, durou muito pouco, sendo bem abaixo do tempo estipulado pela Acer. Segundo a fabricante, o Predator Helios 300 tem expectativa de ficar até nove horas sem necessitar de nenhuma recarga. Todavia, ao utilizá-lo para jogos, o modelo suportou apenas três horas e meia. Já em atividades mais simples, realmente, a máquina suportou melhor, mas ainda assim não chegou nas 9 horas propostas. Para se ter uma dimensão, em reprodução de músicas, vídeos e uso em atividades menores como Word e Excel, ele funcionou por cerca de quatro horas e meia.

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O Predator Sense permite controlar a velocidade da ventoinha e outros detalhes. (Imagem: Reprodução/Álvaro Saluan/Pizza Fria)

Vale a pena comprar o Predator Helios 300?

Com especificações acima da média, o Predator Helios 300 é um bom modelo no geral, conseguindo rodar diversos jogos. Porém, durante os vários testes apresentou alguns travamentos, algo que particularmente me frustrou um pouco. Contudo, devemos levar em consideração que um dispositivo portátil como um notebook tem uma arquitetura diferenciada e, por isso, pode perder um pouco do desempenho se comparado a um PC de mesa. Todavia, o modelo se saiu bem melhor em atividades cotidianas como Word, Excel, execução de vídeos e edições em Photoshop e no Premier, programas que requerem mais processamento. E isso é possível graças ao seu processador Intel, que é bem parrudo e sustenta bem o dispositivo.

A imagem do monitor de 15,6′ somada a GeForce GTX 1060, traz nitidez e riqueza de imagens, algo que já era esperado. Porém, o modelo peca em utilizar um HD de 2 TB, embora um SSD fosse muito mais condizente com as especificações. Contudo, o modelo apresenta compatibilidade, o que reduz um pouco a frustração. A bateria foi frustrante mas, francamente, já era esperado, mesmo não sendo o que a empresa alegava. Com configurações potentes e apresentando altas temperaturas (chegando a 62º em sua placa de vídeo), sabe-se que o modelo perde bastante energia.

Por fim, pode-se concluir que o Predator Helios 300 é um bom modelo de notebook, mas apresentou algumas inconstâncias durante as horas de gameplay. Ao atrelar esse e outros aspectos citados nesta análise com o alto valor observado no Zoom, o modelo da Acer e sua configuração poderiam ter um desempenho um pouco melhor, mas infelizmente não foi o ocorrido, sobretudo por ser vendido como um produto gamer.

Acer Predator Helios 300

7.7

Design

8.3/10

Custo-benefício

7.5/10

Funcionalidades

8.0/10

Desempenho

7.8/10

Duração da bateria

6.7/10

Prós

  • Desempenho muito bom para diversas atividades
  • Teclado retroiluminado em vermelho
  • Tela IPS fosca de excelente qualidade

Contras

  • Bateria deixa a desejar
  • HD não condiz com o resto da configuração

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.

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