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Prison City | Review

Prison City é um empolgante jogo de tiro e plataforma situado em um mundo distópico. Caracterizado por sua ação intensa, o jogo oferece mecânicas precisas e um design de fase complexo. Desenvolvido pela Retroware, criadores de Iron Meat e Toxic Crusaders, Prison City foi inicialmente lançado para PC, via Steam, em 29 de agosto, e chegou para consoles em 16 de outubro.

No jogo, os jogadores enfrentam os Tecnoterroristas usando um chakram e granadas. Para recuperar a vida, é possível comer cachorros-quentes, além de buscar contatos para derrotar os chefes. Prison City destaca-se por suas referências a filmes e jogos dos anos 80 e 90, oferecendo jogabilidade e níveis de dificuldade personalizáveis. Inclui um modo Boss Rush no pós-jogo e uma marcante trilha sonora retrô da Raddland Studios.

Quer saber como essa aventura, com muito tiro, porrada e bomba, ficou no PlayStation 4? Já sabe o que fazer né amigão? Dê aquela pausa na leitura, vai fazer aquele coado quentinho para aquecer o coração, busca a quatro queijos de domingo na geladeira, e vem comigo nessa review frenética do Pizza Fria!

Uma cidade devastada pelo crime

Detroit, outrora uma cidade próspera, agora é uma área devastada pelo crime. Evacuada em 1994 devido ao aumento da criminalidade, seus últimos residentes abandonaram a cidade. Em 1995, um audacioso projeto penal foi implementado, transformando Detroit numa imensa prisão fortificada por grandes muros, destinada aos criminosos mais perigosos. O único acesso à cidade-prisão é através de trens de abastecimento fortemente vigiados.

No entanto, em 1997, um cenário ainda mais sombrio se desenrola em Prison City. Um grupo sinistro conhecido como Techno-Terroristas conseguiu se infiltrar na prisão, assumindo o controle total e armando os prisioneiros, formando um exército temível.

Prison City
O protagonista Hal Bruzer foi retirado de sua aposentadoria para esta missão. (Imagem: Reprodução)

Neste contexto, o ex-policial Hal Bruzer é tirado de sua aposentadoria para uma missão crítica. Convocado por seu mentor, ele deve se infiltrar no trem de carga capturado pelos criminosos e entrar na cidade. Seu objetivo é desmantelar os Tecnoterroristas e seus seguidores em apenas 24 horas, uma tarefa desafiadora que coloca em teste suas habilidades e determinação.

Personalize sua experiência em Prison City

Para personalizar sua experiência em Prison City, uma visita ao menu de configurações é essencial. Lá, você encontrará opções que podem ‘suavizar’ sua jornada pelo jogo. Uma das opções é o ajuste de dimensionamento de tela: escolha entre uma tela alongada ou o nostálgico ‘Pixel Perfeito’. Também é possível ativar ou desativar a borda da tela, embora a diferença seja sutil.

Prison City
O game conta com três diferentes níveis de filtros para imitar as TVs de CRT e deixar a missão ainda mais clássica. (Imagem: Reprodução)

Além disso, para os entusiastas de uma experiência mais vintage, Prison City oferece três tipos de filtros que simulam as antigas TVs de CRT, adicionando um toque clássico à sua missão. Não se esqueça de verificar também as opções de idioma nas configurações. O jogo está disponível em 11 idiomas diferentes, incluindo o português do Brasil, facilitando a imersão para jogadores de diversas nacionalidades.

Dificuldade para todos os gostos

Prison City, apesar de seu estilo visual retrô que remete aos jogos clássicos, é acessível para jogadores de todos os níveis de experiência. O game oferece quatro diferentes níveis de dificuldade para atender a uma ampla gama de jogadores.

  • No nível Fácil, é como ter uma estadia tranquila na prisão. Os jogadores têm vidas infinitas, enfrentam perigos mais brandos, têm mais vida, causam mais dano, ressuscitam automaticamente e lidam com inimigos menos agressivos. As taxas de energização também são equilibradas.
  • O modo Moderno, que é o nível normal, oferece um desafio equilibrado. Os jogadores começam com cinco vidas, podem ressuscitar, enfrentam inimigos agressivos e as taxas de energização são balanceadas.
  • Já o Clássico é o modo difícil, proporcionando uma experiência desafiadora ao estilo dos anos 90. Aqui, os jogadores começam com menos vida, causam menos dano, e os inimigos são significativamente mais agressivos.

Além dessas três opções pré-definidas, Prison City permite personalizar a dificuldade. Embora essa personalização desative os troféus, ela permite que os jogadores moldem a aventura ao seu gosto.

Prison City
Sem dúvidas passaremos uns bons perrengues em Prision City, aproveite para ajustar a dificuldade conforme a sua experiência em jogos de ação em plataforma. (Imagem: Reprodução)

Na dificuldade personalizada, é possível ativar vidas infinitas, ajustar a agressividade dos inimigos, ativar perigos mais amigáveis, habilitar ou desabilitar a ressurreição e até visualizar o conteúdo das caixas armadilhas. Prepare-se para enfrentar desafios em Prison City, ajustando a dificuldade de acordo com sua experiência em jogos de plataforma e ação.

Comandos básicos e a jogabilidade na maior prisão do mundo

Prison City destaca-se como um game de tiro e ação em plataforma em 2D, exigindo dos jogadores destreza, raciocínio rápido e reflexos ágeis. A desenvolvedora se superou ao criar comandos simples e responsivos, fundamentais para uma jogabilidade eficaz. A movimentação básica é intuitiva: use o direcional para esquerda ou direita para mover o personagem, e para baixo para agachar. O botão X é responsável pelo salto – um toque leve para saltos baixos e pressionando mais tempo para saltos mais altos. Ao combinar o direcional para baixo e X, Hal desliza pelo chão.

O personagem utiliza Chakrams, discos que retornam após serem lançados, como sua principal arma. O botão quadrado é usado para lançá-los. Mantenha pressionado R1 ou L1 para lançar o Chakram diagonalmente para cima ou para baixo. Pressionar o direcional para cima ou para baixo enquanto lança o Chakram direciona o disco verticalmente.

Prison City
Pendure-se nas grades e seja cirurgicamente preciso ao pressionar o botão para saltar na plataforma certa. (Imagem: Reprodução)

A habilidade de se agarrar a plataformas, escadas, trilhos e cercas adiciona uma camada estratégica à exploração. Segure X ou direcional para cima no ar para se agarrar, e pressione X novamente para saltar para plataformas ao alcance. Além disso, uma poderosa granada está disponível para eliminar vários inimigos simultaneamente.

O botão Options acessa o mapa, essencial para navegar pelos estágios de Prison City, que oferecem diversos caminhos e passagens secretas. Explore cuidadosamente para encontrar cartões que dão acesso às áreas dos chefes e descubra as áreas secretas de cada estágio, indicadas em verde-claro no mapa. Nestas áreas, você pode encontrar itens para aumentar a vitalidade máxima do personagem ou adquirir Chakrams adicionais.

Desempenho e audiovisual de Prison City

Prison City se destaca com seu estilo 8-bits, exibindo gráficos pixelados de alta qualidade e uma paleta de cores extremamente atraente. O game apresenta inimigos e personagens com sprites detalhadamente desenvolvidos, além de cenários variados e envolventes. A performance do jogo é excepcional tanto no PlayStation 4 quanto no PS5. Durante o gameplay, não observei bugs ou lentidão. Mesmo nas fases com muitos tiros e efeitos visuais, tudo fluiu sem problemas, sem quedas na taxa de quadros.

Prison City
Uma pausa para aquela clássica referência a introdução de Mega Man 2. (Imagem: Reprodução)

No quesito trilha sonora, a Raddland Studios, já conhecida por suas faixas em chiptune em jogos como Shakedown Hawaii e Monster Boy, realizou um trabalho espetacular em Prison City. As composições enriquecem a experiência do jogo, tornando até as fases labirínticas e desafiadoras, com inimigos que frequentemente derrubam o jogador de plataformas, uma aventura menos frustrante e mais imersiva.

Vale a pena comprar Prison City?

Prison City se destaca como uma excelente opção para os amantes de jogos de ação e plataforma. Apesar da campanha principal ter uma duração média de 6 horas, o game oferece um conteúdo pós-campanha robusto. Após completar as 9 fases iniciais, dois novos modos são desbloqueados, ampliando a experiência de jogo. O primeiro é o modo ‘Bombardeados’, onde o desafio é encontrar e desativar bombas em cada ala. O segundo é o ‘Treino Contra os Guardas’, que permite enfrentar todos os guardas do jogo em sequência ou escolher um adversário específico para combater.

Além disso, Prison City é repleto de referências a clássicos dos videogames das eras 8-bits e 16-bits. Exemplos notáveis incluem a cena de introdução inspirada em Mega Man 2, o menu de seleção de fases que remete à série do famoso robô azul da Capcom, um rádio comunicador que faz alusão a Metal Gear, e até uma homenagem aos dragões de Puzzle Bobble. Os jogadores também encontrarão um desafio bônus após cada fase, similar ao famoso bônus de destruição de carro de Street Fighter 2. Um destaque especial é dado ao chefe do Freezer, o Arrefecedor, onde os jogadores podem jogar uma partida de pong contra o robô.

Por fim, se você for um jogador saudosista, a procura de um bom jogo ao estilo retrô, com bastante ação, dificuldade acentuada e músicas de qualidade, não perde tempo, Prison City já está sendo vendido na PSN do Brasil por R$89,90 para os consoles Playstation 4|5, na Nintendo E-Shop do Brasil por R$52,49 para o Nintendo Switch, e para o PC via Steam por R$52,49.

Para os jogadores saudosistas em busca de um jogo retrô de alta qualidade, com ação intensa, desafios elevados e uma trilha sonora marcante, Prison City é uma escolha imperdível. O jogo já está disponível em formato digital para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC, via Steam.

*Review elaborada no PlayStation 4, com código fornecido pela Retroware.

Prision CIty

89,90
6.9

História

6.5/10

Jogabilidade

8.0/10

Audiovisual

7.0/10

Extras

6.0/10

Prós

  • Possui localização em português do Brasil.
  • Fases divertidas e muito bem construídas.
  • Gráficos em Pixel-Art muito bem trabalhados.

Contras

  • Seria bacana a inclusão de um manual de instruções digital ou livro de artes.
  • Apesar de possuir um plot twist, o enredo é bem clichê.

Filipe "Bdama" Villela

    Aficionado por jogos desde cedo, de Bomberman, Zelda, Sonic ou Mário, indo dos clássicos das gerações passadas, até os indies e mais variados AAA atuais. Viciado em desafios, colecionador de platinas e consoles antigos, para mim não importa a plataforma ou gráficos de um jogo, sou movido pela emoção da aventura de conhecer e desbravar novos mundos, uma viagem única que apenas cartuchos e cd's podem nos levar. Embarque comigo nesse mundo de possibilidades infinitas e venha descobrir novos mundos e maneiras de se aventurar!