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NVIDIA celebra o 25º aniversário da GeForce 256, primeira placa de vídeo do mundo

A NVIDIA anunciou nesta sexta-feira, 11, o 25º aniversário da GeForce 256, a primeira placa de vídeo do mundo. Esta sexta-feira marca o dia em que ela foi disponibilizada aos jogadores pela primeira vez, em 1999. Em um blogpost, a empresa fala sobre como a GPU GeForce 256 ajudou a redefinir os jogos ao introduzir o hardware Transform and Lighting, mudando o foco dos desenvolvedores de jogos para este novo componente de PCs.

nvidia geforce
Imagem: Divulgação

Ao lado de grandes títulos que revolucionaram os jogos como: Unreal Tournament e Quake III Arena, a GeForce 256 abriu as portas para os avanços significativos em pesquisa de IA, fluxos de trabalho do criador e todos os desenvolvimentos e avanços que a NVIDIA vem demonstrando nos últimos 25 anos.

Em 1999, enquanto fãs aguardavam ansiosamente na Blockbuster para alugar Matrix e adolescentes trocavam arquivos de Britney Spears e Eminem pelo Napster, um marco tecnológico passava despercebido pela maioria. O lançamento da GeForce 256 da NVIDIA, há 25 anos, seria um divisor de águas não apenas para os jogos, mas também para o desenvolvimento da inteligência artificial que hoje molda nosso cotidiano.

A primeira GPU do mundo

A GeForce 256 não era apenas mais uma placa de vídeo; ela se autodenominou a primeira GPU do mundo. Com a introdução da transformação de hardware e iluminação (T&L), ela aliviou a carga da CPU, permitindo que os desenvolvedores criassem jogos com detalhes gráficos sem precedentes. “Com a GeForce 256, os desenvolvedores podiam utilizar muitos mais polígonos, resultando em experiências visuais impressionantes”, destacou a publicação Tom’s Hardware.

Para os gamers da época, como os usuários de Quake III Arena e Unreal Tournament, a nova tecnologia representou uma revolução. Os gráficos mais realistas transformaram a forma como os jogos eram vivenciados, tornando a jogabilidade mais fluida e imersiva. Com o tempo, a NVIDIA continuou a colaborar com desenvolvedores, resultando em inovações que não só melhoraram a estética dos jogos, mas também solidificaram o crescimento dos esports, transformando jogadores em artistas e criando uma indústria de trilhões de dólares.

A transição para a Inteligência Artificial

Conforme os jogos tornaram-se mais complexos, a demanda por poder computacional cresceu exponencialmente. As GPUs da NVIDIA, com sua arquitetura paralela, rapidamente se tornaram essenciais também para pesquisadores em IA. A partir de 2011, cientistas da computação, incluindo equipes do Google e da Universidade de Nova York, começaram a usar essas GPUs para acelerar o desenvolvimento de algoritmos de deep learning, desafiando limites antes impostos por supercomputadores.

Um momento crucial ocorreu em 2012, quando Alex Krizhevsky, da Universidade de Toronto, usou GPUs da NVIDIA para vencer a competição de reconhecimento de imagem ImageNet. Essa conquista sinalizou uma nova era, onde a inteligência artificial começou a superar o desempenho humano em tarefas como reconhecimento de imagem e compreensão de fala.

Impacto atual e futuro

Hoje, as GPUs da NVIDIA estão no centro da transformação tecnológica. Elas são fundamentais não apenas no mundo dos jogos, mas também em aplicações práticas de IA que permeiam nossas vidas diárias. Com inovações como o NVIDIA DLSS, que utiliza inteligência artificial para melhorar a performance e a qualidade visual dos jogos, e o NVIDIA ACE, que promete interações mais realistas em jogos, a tecnologia continua a evoluir.

O legado da GeForce 256 é evidente em todas as partes, desde memes na internet até streams no Twitch, onde a cultura gamer se encontra com a inovação tecnológica. À medida que jogos, computação e IA se entrelaçam, o impacto da GPU da NVIDIA no nosso futuro se torna cada vez mais claro. A revolução que começou silenciosamente em 1999 agora é uma força transformadora, moldando o mundo de maneira que poucos poderiam ter imaginado.

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.