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Silent Hill: veja os 11 jogos da franquia ranqueados do pior ao melhor

A franquia Silent Hill é uma das mais icônicas e influentes séries de terror psicológico nos videogames. Desde o seu lançamento em 1999, ela desafiou os jogadores a explorarem não apenas ambientes assustadores, mas também os recantos mais sombrios da mente humana. Com uma combinação de narrativas sólidas, atmosferas perturbadoras, repletas de névoa, e criaturas grotescas, Silent Hill rapidamente se destacou no cenário dos games de horror.

Ao longo dos anos, a franquia passou por diversas transformações, algumas bem-sucedidas e outras nem tanto, mas sempre manteve uma base de fãs dedicada e uma presença marcante na cultura gamer. Esta lista, baseado na média das notas apresentadas no Metacritic, analisa cada título da série, começando das piores avaliações até aos títulos mais consagrados pela crítica. Confira!

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Imagem: Divulgação

11. Silent Hill: The Short Message (PS5, 2024) – Metascore: 53

Silent Hill: The Short Message marcou o retorno da série após mais de uma década, mas foi amplamente criticado por seu enredo fraco e mecânicas frustrantes. O jogo segue Anita, uma adolescente que recebe mensagens de texto de sua amiga falecida, Maya, que tirou a própria vida. Apesar da promessa de uma história intrigante, os críticos foram unânimes em considerar o enredo forçado e de mau gosto, especialmente pela maneira como lida com temas delicados como suicídio e bullying. A falta de combates e as perseguições frustrantes também contribuíram para a recepção negativa.

Comparado desfavoravelmente com P.T., o teaser jogável cancelado de Silent Hills, The Short Message foi visto como uma grande decepção. A ausência de elementos que definiram a franquia e a execução pobre de novos conceitos resultaram em um retorno que não conseguiu corresponder às altas expectativas dos fãs da série.

10. Silent Hill: Book of Memories (PS Vita, 2012) – Metascore: 58

Silent Hill: Book of Memories representou uma mudança drástica para a série, sendo um dungeon crawler com uma perspectiva isométrica, totalmente diferente da fórmula clássica de terror psicológico em terceira pessoa. Lançado para o PS Vita, o jogo permitia até quatro jogadores em modo cooperativo, e focava mais em combates e coleta de itens do que na exploração assustadora e nos puzzles característicos da série. Essa mudança de gênero foi um risco para a franquia, e a recepção crítica refletiu isso, com muitos considerando o jogo repetitivo e enfadonho.

Embora a inclusão de multiplayer tenha sido uma tentativa interessante de diversificar a jogabilidade, muitos fãs e críticos sentiram que Book of Memories falhou em capturar a essência do que tornava Silent Hill especial. Como resultado, o jogo acabou sendo mais uma curiosidade dentro da série do que uma adição memorável.

9. Silent Hill: Downpour (PS3, 2012) – Metascore: 64

Silent Hill: Downpour foi o último jogo principal da franquia antes de um longo hiato, e sua recepção foi marcada por opiniões mistas. A história segue Murphy Pendleton, um prisioneiro que acaba preso na cidade de Silent Hill, forçado a confrontar seus pecados e segredos mais sombrios. A ambientação do jogo e os segmentos em que o jogador fica preso no “Outro Mundo” foram elogiados por seu suspense e tensão, com puzzles criativos que aproveitavam as mudanças de ambiente para aumentar o terror.

No entanto, Downpour foi amplamente criticado por sua falta de inovação e por problemas técnicos, mesmo após um patch pós-lançamento. A crítica principal foi que o jogo parecia estagnado, oferecendo mais do mesmo sem avançar a franquia de maneira significativa. O resultado foi um título que, apesar de ter momentos de brilho, acabou sendo considerado uma oportunidade perdida para revitalizar a série.

8. Silent Hill: Homecoming (X360, 2008) – Metascore: 70

Silent Hill: Homecoming tentou trazer uma abordagem mais focada na ação, com um novo sistema de combate mais dinâmico e uma quantidade maior de violência gráfica, claramente inspirado pelo filme Silent Hill de 2006. A história segue Alex Shepherd, um veterano de guerra que retorna à sua cidade natal, Shepherd’s Glen, apenas para descobrir que seu irmão está desaparecido e a cidade está em ruínas. O jogo apresentou batalhas mais intensas e chefes criativamente desenhados, mas acabou perdendo parte do charme psicológico e da sutileza que eram a marca registrada da série.

Críticos e fãs ficaram divididos sobre o foco maior em combates e o afastamento do terror psicológico mais tradicional. Enquanto alguns apreciaram as batalhas mais dinâmicas, outros sentiram que Homecoming carecia da profundidade emocional e do mistério que fizeram de Silent Hill uma franquia tão icônica. No fim, o jogo foi considerado uma experiência mista, agradando parcialmente a fãs de longa data e novos jogadores.

7. Silent Hill 4: The Room (PS2, 2004) – Metascore: 76

Silent Hill 4: The Room marcou uma mudança significativa no estilo da série, trazendo uma mistura de jogabilidade em primeira e terceira pessoa. O protagonista, Henry Townshend, fica preso em seu apartamento, que lentamente se transforma em um pesadelo claustrofóbico. A ideia de usar o apartamento como ponto central foi inovadora e ofereceu uma nova perspectiva para os jogadores, que agora experimentavam um terror mais íntimo e sufocante. No entanto, a segunda metade do jogo, em que o jogador precisa escoltar sua vizinha, Eileen, foi amplamente criticada por ser repetitiva e frustrante.

Apesar dessas falhas, The Room ainda conseguiu manter a essência perturbadora da série, com cenários surreais e uma história intrigante. O jogo é lembrado por suas ideias inovadoras, mas também por ser o último título desenvolvido pela equipe original da franquia, Team Silent.

6. Silent Hill: Origins (PSP, 2008) – Metascore: 78

Silent Hill: Origins foi o primeiro jogo da série desenvolvido para o PSP, e atuou como um prequel para o primeiro Silent Hill. A trama segue Travis Grady, um caminhoneiro que se vê preso em Silent Hill durante uma entrega. A história de Travis revela mais sobre os eventos que levaram à criação dos horrores da cidade, proporcionando um pano de fundo interessante para os fãs da série. A jogabilidade manteve os elementos clássicos da franquia, com puzzles desafiadores e uma atmosfera densa e opressiva, mas sua curta duração foi vista como um ponto negativo.

Embora elogiado por conseguir capturar a essência do terror da série em um formato portátil, Origins foi criticado por não trazer muitas inovações significativas e por sua repetitividade em certos aspectos. O jogo foi considerado uma boa adição à franquia, mas talvez mais interessante para os fãs já estabelecidos do que para novos jogadores.

5. Silent Hill: Shattered Memories (Wii, 2009) – Metascore: 79

Silent Hill: Shattered Memories é uma reimaginação do primeiro jogo da série, com uma abordagem ousada. Aqui, Harry Mason ainda procura por sua filha desaparecida, mas a história se desenrola de maneira completamente diferente, com novas mecânicas de jogabilidade. Um dos principais destaques foi a ausência de combate; em vez de lutar contra os monstros, os jogadores precisavam fugir ou se esconder, o que aumentava a tensão. Além disso, as decisões do jogador durante o jogo influenciam o curso da história, criando um nível de interatividade inédito na série até então.

Lançado originalmente para o Wii, o jogo utilizava os controles de movimento do console de maneira inovadora, permitindo ao jogador usar a lanterna de Harry para explorar os ambientes. No entanto, apesar de ser elogiado por essa inovação e pela atmosfera, Shattered Memories foi criticado por sua curta duração e algumas sequências de perseguição frustrantes. Ainda assim, foi aclamado por sua narrativa atmosférica e por sua capacidade de perturbar os jogadores com escolhas morais.

4. Silent Hill 3 (PS2, 2003) – Metascore: 85

Silent Hill 3 continua a história do primeiro jogo da série, agora com Heather Mason, filha de Harry, como protagonista. A trama envolve a tentativa de Heather de escapar de um pesadelo persistente, enquanto ela é sugada de volta para o mundo sombrio de Silent Hill. O jogo foi elogiado por sua narrativa envolvente e seus gráficos impressionantes para a época, com ambientes grotescos e criaturas inspiradas na estética de David Cronenberg. Heather foi considerada uma personagem bem construída, e sua luta pessoal contra as forças de Silent Hill adicionou uma camada emocional forte ao jogo.

Os puzzles complexos e o combate básico foram alvo de críticas, mas os elementos psicológicos e o design criativo dos monstros e ambientes compensaram essas falhas. Embora tenha uma duração relativamente curta, Silent Hill 3 conseguiu manter os jogadores em estado de tensão constante, consolidando seu lugar como um dos melhores da franquia.

3. Silent Hill 2 (remake) (PS5, PC, 2024) – Metascore: 86

O remake de Silent Hill 2 trouxe uma versão modernizada do clássico de 2001 para a nova geração, com gráficos aprimorados e jogabilidade atualizada. Desenvolvido pela Bloober Team, conhecida por jogos de terror como Layers of Fear e The Medium, o remake conseguiu manter a essência do jogo original, ao mesmo tempo em que introduziu elementos visuais modernos e ajustes na mecânica de jogo. A atmosfera perturbadora e a narrativa envolvente permaneceram intactas, fazendo com que novos jogadores e fãs de longa data voltassem a experimentar o pesadelo de James Sunderland em Silent Hill.

Críticos elogiaram o equilíbrio entre inovação e respeito pelo material original, destacando as melhorias gráficas que trouxeram mais profundidade ao mundo de Silent Hill. No entanto, alguns sentiram falta de uma abordagem mais ousada em termos de inovação na jogabilidade, apontando que o remake, apesar de competente, poderia ter explorado mais mudanças para a nova geração. Ainda assim, o remake foi visto como um grande sucesso, consolidando o lugar de Silent Hill 2 como um dos maiores títulos de terror da história dos videogames.

2. Silent Hill (PS1, 1999) – Metascore: 86

O primeiro Silent Hill estabeleceu as bases do que viria a ser a franquia, trazendo uma nova abordagem ao terror em jogos eletrônicos. O jogador assume o papel de Harry Mason, que chega à cidade de Silent Hill em busca de sua filha desaparecida, Cheryl. O que se segue é uma experiência de terror psicológico em uma cidade envolta em neblina, com criaturas bizarras e ambientes perturbadores. Diferente de jogos como Resident Evil, Silent Hill focou menos na ação e mais na criação de uma atmosfera claustrofóbica e aterrorizante, repleta de puzzles que desafiam a lógica e o raciocínio do jogador.

Os gráficos, para a época, foram revolucionários, com a névoa cobrindo a limitada renderização do PlayStation e servindo como um elemento narrativo eficaz. A trilha sonora e os efeitos sonoros, também compostos por Akira Yamaoka, contribuíram para o tom sombrio e opressor do jogo. Apesar de algumas críticas sobre os controles difíceis e puzzles que variavam entre simples e absurdamente complexos, o jogo foi aclamado por criar uma nova forma de terror que mexia profundamente com as emoções e os medos do jogador.

1. Silent Hill 2 (PS2, 2001) – Metascore: 89

Silent Hill 2 é amplamente considerado o ápice da franquia e um dos melhores jogos de terror psicológico de todos os tempos. A história acompanha James Sunderland, que recebe uma carta de sua esposa falecida, pedindo que ele a encontre em Silent Hill. Ao chegar à cidade, James se depara com criaturas horripilantes e cenários que refletem sua mente perturbada, criando uma experiência densa de terror e suspense. O jogo foi elogiado por sua capacidade de entrelaçar temas complexos como luto, culpa e abuso psicológico, o que o diferencia de outros jogos do gênero que focam mais no horror visual.

A ambientação sombria e o uso magistral da trilha sonora criada por Akira Yamaoka ajudam a elevar a tensão, fazendo o jogador mergulhar em uma atmosfera de pesadelo constante. Embora alguns críticos da época o considerassem um pouco lento, a profundidade emocional e a capacidade do jogo de manter o jogador desconfortável e reflexivo tornaram Silent Hill 2 uma obra-prima. Com uma narrativa inesquecível e um final que depende das escolhas morais do jogador, o título ainda é reverenciado como o ponto alto da série.

Ao longo de mais de duas décadas, Silent Hill passou por altos e baixos, evoluindo e se transformando conforme novas tecnologias e tendências surgiam no mercado de videogames. Enquanto alguns jogos são aclamados até hoje como obras-primas do terror, outros, ao tentar inovar ou mudar o foco da franquia, não conseguiram capturar a essência que fez de Silent Hill um marco. Mesmo com lançamentos mais recentes que dividiram opiniões, a série continua a ser uma referência em jogos de terror psicológico.

Por fim, a esperança dos fãs é que, com novos projetos e remakes, Silent Hill consiga reviver seu antigo brilho e continuar a assombrar gerações de jogadores por muitos anos, algo que não aconteceu com Silent Hill: The Short Message, considerado um grande fracasso.

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.

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