Iron Harvest | Preview
A KING Art Games e a Deep Silver irão lançar no dia 1º de setembro Iron Harvest, jogo de estratégia em tempo real (RTS) ambientado em uma realidade alternativa de 1920, logo após o fim da Grande Guerra. Sendo assim, esse mundo paralelo permite que os jogadores controlem mechs dieselpunk gigantes, tendo disponíveis campanhas cooperativas e singleplayer, bem como um modo multiplayer voltado para confrontos intensos.
Confira nossas impressões da versão open beta do game em mais uma análise prévia do Pizza Fria!
Depois da Grande Guerra: a história de Iron Harvest
Em Iron Harvest, a tradição entra na rota de colisão com os avanços científicos e tecnológicos. Ao mesmo tempo, a Europa segue se recupera das batalhas brutais da Primeira Guerra Mundial. Por isso, diversas cidades estão sendo reestruturadas e nos campos começam a era da Colheita de Ferro (tradução literal do título do jogo).
Nessa era, os fazendeiros estão descobrindo diversos destroços das grandiosas máquinas de batalha que lutaram durante a guerra. Diante disso, surge uma nova ameaça que colocará em risco a própria existência do continente europeu. Forças secretas estão colocando tudo o que podem para a desestabilização de países inteiros, determinados a incendiar o mundo mais uma vez e finalmente assumir o controle.
Assim, o jogo traz um pano de fundo interessante, mas com alguns clichês, abrangendo mais de 20 missões divididas em três campanhas. Porém, a versão jogada só permitiu uma prévia de duas campanhas. De toda forma, dá pra se ter uma dimensão do que esperar e, mesmo com os clichês, parece ser divertida e bem dramática. Eu certamente vou querer jogar a versão final pra ver como a história irá se desenrolar.
Tome controle de três facções distintas
Assim como em outros RTS, Iron Harvest permite que você lidere dezenas de unidades diferentes para a batalha. No entanto, seu combate é mais tático, e você precisará usar coberturas e edifícios para defender unidades de infantaria. Não só isso, mas cada unidade tem seus pontos fortes e fracos, portanto ao direcionar ataques, isso deve ser levado em consideração, sobretudo ao construir seus mechs, as unidades mais brutais do game. Outra coisa que o game possibilita é que as unidades de infantaria troquem de função, ao recolher novos equipamentos que caem de mechs, unidades inimigas ou simplesmente são encontrados em caixas pelo mapa.
O jogo te possibilitará escolher entre três facções: Rusviets, Polanians e Saxonians, que somam mais de 40 tipos de unidades e 9 heróis com habilidades únicas, um ponto bem interessante (e útil) no campo de batalha. Todas as facções contam com unidades específicas e diversas opções de construção, tal como em títulos similares, sendo este um aspecto de fácil domínio.
Ao executar as campanhas disponíveis, deu pra ter uma dimensão da gameplay e, honestamente, falta um pouco de polidez nisso. Em diversos momentos a inteligência artificial dos personagens parece ser meio tosca, onde conflitos que parecem fáceis de serem concluídos viram verdadeiras escaramuças, repletas de exagero e tiros errados. Em diversos momentos, ao tentar encaminhar minhas unidades, senti que elas deram algumas voltas desnecessárias, se expondo ao inimigo sem nenhuma necessidade. Mesmo assim, acredito que o jogo está no caminho certo e que esses são apenas detalhes a serem corrigidos.
Nunca aposte demais em trailers…
Ao ver um dos primeiros trailers de Iron Harvest, fiquei extremamente empolgado com a temática e, sobretudo, com os gráficos. No entanto, ao entrar no jogo, vejo que as coisas não são bem assim. As cinemáticas apresentaram travamentos e gráficos mais simples e in game, o jogo não apresenta nada de brilhante. Mas isso não altera a jogabilidade, embora pudesse ser mais bem polida, algo que ainda acho necessário.
Embora as mecânicas de jogo funcionem bem, a fluidez dos movimentos deixa um tanto a desejar. Em alguns diálogos, é possível ver a falta de expressão nos personagens principais e esse é um detalhe importante para um jogo que deseja passar as emoções de uma guerra. No entanto, a parte do áudio é muito boa, tendo o jogo uma trilha sonora de fundo interessante e diálogos muito bem interpretados (em inglês). Os sons das batalhas são ensurdecedores e trazem uma sensação bacana de imersão. Sentir isso é bem insano, sobretudo quando um ataque vem, de surpresa, e quebra o silêncio mórbido do campo de batalha.
O que esperar de Iron Harvest?
Por se tratar de uma versão prévia, é sempre muito difícil definir se o jogo valerá ou não o seu dinheiro. No entanto, de uma maneira geral, ele se apresenta como um bom RTS. Porém, precisa urgentemente corrigir os problemas das cutscenes e dar uma acertada em alguns detalhes gráficos e da inteligência artificial. Essa versão mostrou que o título trará campanhas curtas, mas interessantes e que explorarão as capacidades táticas dos jogadores, algo que é (e será) muito mais cobrado no modo multiplayer.
Mostrando um mundo diferente em 1920, Iron Harvest é um RTS que volta às origens e inova mais em sua história do que em sua jogabilidade, algo que eu não acho que seja ruim. E pode melhorar muito se arrumar esses pequenos probleminhas de execução. No mais, aos fãs de RTS, sobretudo de Company of Heroes e Warhammer 40K Dawn Of War, o jogo pode ser uma agradável surpresa. Por fim, veremos o que nos aguarda no lançamento, marcado para o dia 1º de setembro, para PC, via Steam, Epic Games Store e GOG.com, por R$ 109,99.
*Preview elaborada em um PC equipado com GeForce GTX, com código fornecido pela Deep Silver.