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Knights of Frontier Valley revela motor próprio feito por desenvolvedor solo

MicroProse anunciou nesta terça-feira, 8, mais novidades sobre Knights of Frontier Valley, game que será lançado para PC, via Steam. Desenvolvido inteiramente por Martin Menzel ao longo de anos, o RPG roguelike baseado em turnos ganhou um novo destaque com a publicação de um devlog, no qual o criador compartilha detalhes do motor personalizado que construiu do zero para dar vida ao complexo mundo do jogo.

A façanha de Menzel é de ter feito o jogo de forma praticamente solitária, sem recorrer a ferramentas prontas como Unity ou Unreal Engine. Em vez disso, o desenvolvedor criou seu próprio motor gráfico e de simulação, programando desde rotinas de renderização até algoritmos complexos de comportamento de NPCs, climatologia e geração procedural. Confira os detalhes!

Uma experiência viva e profundamente imersiva

Em Knights of Frontier Valley, o jogador assume o papel de um aventureiro em um mundo hostil e em constante transformação. O que diferencia o jogo de outros títulos do gênero é a sua profundidade sistêmica: o clima muda com as estações, NPCs seguem rotinas próprias mesmo quando não estão sendo observados, e o combate tático é influenciado por fatores como exaustão, ferimentos e até a temperatura ambiente.

Esses elementos são possíveis graças ao motor criado por Menzel, que implementa desde gerenciamento de memória de baixo nível até modelagem de tempo adaptativo, simulação social e pathfinding dinâmico. Mesmo para quem não é da área técnica, o devlog publicado pelo autor apresenta essas complexidades de forma clara, com linguagem acessível e envolvente. O resultado é um retrato fiel do que significa construir um RPG verdadeiramente vivo, onde cada decisão do jogador repercute em um ecossistema em funcionamento constante.

Jogabilidade que honra os clássicos e aponta para o futuro

Knights of Frontier Valley adota uma abordagem por turnos sem grid, o que torna os combates mais fluidos e estratégicos. O jogador pode optar por lutar de forma manual ou permitir a resolução automática dos confrontos, o que confere agilidade para quem deseja focar mais na exploração e sobrevivência. E por falar nisso, os sistemas de sobrevivência são um dos pilares da experiência: fome, sede, exaustão, ferimentos e doenças precisam ser monitorados com cuidado, exigindo planejamento e atenção aos detalhes.

A cada nova partida em Knights of Frontier Valley, o mundo é gerado proceduralmente, oferecendo mapas únicos, tramas inesperadas e desafios variados. Essa estrutura reforça o caráter roguelike do título, promovendo rejogabilidade praticamente infinita. Além disso, todos os NPCs do jogo são persistentes e contam com comportamentos autônomos, o que significa que seus caminhos e ações impactam o mundo do jogador de maneiras imprevisíveis.

Visual artesanal e sem uso de IA generativa

No campo visual, Knights of Frontier Valley também segue um caminho próprio. Todos os elementos gráficos foram desenhados à mão, sem o uso de inteligência artificial generativa. Isso reforça o compromisso do projeto com a originalidade artística e com a manutenção de uma estética coerente com os RPGs da velha guarda, como os clássicos do início dos anos 90. A arte, embora simples em sua forma, transmite uma atmosfera acolhedora e nostálgica, que conversa diretamente com os jogadores que cresceram imersos em mundos pixelados e mapas em papel.

O motor gráfico desenvolvido por Menzel permite efeitos visuais como transições realistas entre dia e noite, mudanças climáticas suaves e estações do ano bem definidas. Todos esses elementos não são apenas cosméticos, influenciando diretamente a jogabilidade, desde a mobilidade no terreno até a eficácia de determinados equipamentos ou feitiços.

Destaques de Knights of Frontier Valley:

  • Mundo gerado proceduralmente com personagens únicos, facções, masmorras e mistérios.
  • Combates por turnos sem grade, onde posicionamento e tática são essenciais.
  • Mecânicas de sobrevivência, incluindo fome, sede, ferimentos e condições climáticas.
  • Sistema de personalização aprofundado, permitindo a criação de personagens com classes, profissões e habilidades variadas.
  • Mundo dinâmico sem marcadores de missão, apenas pistas para serem descobertas pelo jogador.
  • Arte desenhada à mão, sem uso de inteligência artificial generativa.
  • Consequências permanentes para as escolhas do jogador, garantindo uma experiência única em cada partida.

Álvaro Saluan

Completamente apaixonado por videogames, escreve e pesquisa sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte. Vai dos jogos de esporte aos RPGs tranquilamente, admirando cada experiência. Seu maior ídolo dos jogos é Hideo Kojima.