King’s Bounty II | Review
King’s Bounty II é uma produção da 1C Entertainment sendo a continuação de um clássico RPG lançado em 1990 para Mega Drive e MS-DOS. Trata-se de um jogo baseado em turnos, no qual o jogador deverá escolher entre três heróis diferentes no começo da saga e cada um deles possui sua própria narrativa. Tudo que é feito in-game irá afetar a história e poderá levar as consequências que tornarão tudo mais fácil ou difícil, dependendo das escolhas feitas. Mas, apesar de ter muitos elementos do primeiro jogo, a produtora prometia novidades que tornarão a experiência única.
Há pouco mais de um mês, fiz uma preview do jogo e agora chegou a hora do veredito final, com a versão completa em mãos. Será que essa versão conseguiu surpreender as minhas expectativas? Venha saber em mais uma review no Pizza Fria!
King’s Bounty II mostra que um jogo pode ser reinventado
Levando em consideração tudo o que foi apresentado no primeiro jogo que foi lançado em 1990, era de se esperar que 30 anos depois, a nova versão fosse ainda melhor. Tendo isso em mente e separando a nostalgia e a revolução que o primeiro levou, o segundo jogo da série conseguiu superar todas as expectativas por tudo que apresentou e vamos falar a seguir.
Falando um pouco sobre as personagens principais, King’s Bounty II consegue surpreender ao apresentar três escolhas que mudam a forma de vivenciar o mundo aberto que o jogo trás. Aivar (Guerreiro), Katharine (Maga) e Elisa (Paladina) são as opções que o jogador pode escolher e começar a jornada. Além dessas opções, existem também uma espécie de personalidade que vão interferir a forma que as missões serão apresentadas e vencidas.
As personalidades podem ser classificadas em 4 diferentes: Ordem (Order), Anarquia (Anarchy), Poder (Power) e sutileza (Finesse). Escolher um caminho libera talentos especiais. Assim como esses talentos, a build deverá ser escolhida desde o inicio, para evitar que recursos sejam desperdiçados.
Tudo no jogo gira em torno do reino no qual a história se passa, seja resolvendo problemas do príncipe ou outras missões que moradores possam pedir durante sua jornada, podendo varias entre matar um grupo de monstro, recuperar um algum objeto roubado/perdido ou resolver um enigma.
Toda missão, seja ela principal ou secundária, está ligada de como as pessoas e o reino virão o personagem principal durante a jornada. As missões secundárias não são obrigatórias, como o mesmo nome diz, mas se fazem necessárias devido a escassez de recursos durante a jornada principal.
Um dos recursos mal utilizados em King’s Bounty II foi a montaria. Montar um cavalo pode facilitar o deslocamento entre algumas regiões, antes de ter liberado o tele transporte, mas não poder interagir com mais nada em cima do cavalo, torna a montaria algo meio travado, imagina toda hora ter que sair de cima do cavalo para realizar uma ação.
As batalhas, como já eram de se esperar, são os pontos altos da gameplay. Cada oponente possuí sua forma de ser combatido e os recursos existentes tornam a experiência bem interessante. As magias precisam sempre ser usadas com sabedoria, pois o custo para se adquiri-las podem pesar no decorrer da história e o jogador se ver travado sem poder prosseguir devido a falta de recurso. Os turnos estão presentes e precisam ser usados de forma bem precisas, pois um movimento errado, pode punir e fazer com que personagens da sua equipe morram.
Falando um pouco mais sobre a equipe de batalha, ela varia de acordo com a opção feita pelo jogador, já que é ele quem compra ou ganha as personagens que farão parte disso. A estratégia feita de acordo com os inimigos já fazem parte anteriormente a batalha, sendo possível ver a força e a forma que eles atacarão. Os membros da equipe terão ranks e isso limitará a quantidade de membros do mesmo tipo que poderá ser usado durante a batalha.
Há também diversos tipos de tropas (cavalaria, curto alcance, longo alcance, mágico, animal, etc.) e é importante avaliar o que será levado para o campo de batalha.
Algo que foi muito sentido em King’s Bounty II foi a falta de legenda ou tradução em português do Brasil, pois isso dificulta muito no aprendizado e também aqueles que não são familiarizados com o inglês.
Infelizmente, os gráficos também ficaram um pouco a quem do que a geração atual apresenta. Falta um pouco de polimento, trabalhar melhor as texturas e mesmo assim, alguns pontos observa-se um pouco de lentidão para o conteúdo gráfico carregar na tela (ficando quebrado ou textura mal renderizada por um certo tempo considerado).
Vale a pena comprar King’s Bounty II?
King’s Bounty II é um bom RPG de estratégia, que consegue ser muito bom no que se propõem mas ficam faltando detalhes que poderiam torna-lo ainda melhor. A parte gráfica não é das melhores, mas não comprometem e o que no nosso ponto de vista poderia ter deixado o jogo ainda melhor seria se o mesmo tivesse o suporte a língua PT-BR. A história é ajustada ao que os jogos do gênero pedem e as batalhas são o ponto forte, com suas variedades.
King’s Bounty II já está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4 e Xbox One e PC, via Steam e Epic Games Store, com preços a partir de R$ 199.00. O título obteve média de 68 pontos no Metacritic.
*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX, com código fornecido pela 1C Entertainment.