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Total War: WARHAMMER III | Review

A franquia Warhammer sempre me chamou muita atenção por ter uma infinidade de jogos eletrônicos em diferentes estilos. Desta vez, a franquia se funde com uma outra bem conhecida pelos gamers, a série Total War, conhecida por toda a sua complexidade e detalhamento de batalhas. Total War: WARHAMMER III, disponível para PC, via Steam, Epic Games Store e Microsoft Store, que também está disponível no lançamento através do Xbox Game Pass. No game, somos colocados em um mundo sombrio e de conflitos constantes no Reino do Caos. Após fazer a preview, chegou a hora de analisar todo o conteúdo final do game. Vamos lá!?

Várias facções, várias campanhas

Antes de mais nada, preciso destacar um ponto bem interessante em Total War: WARHAMMER III. Logo ao iniciarmos o jogo, somos chamados a fazer uma campanha tutorial que nos explica o contexto todo da história, e isso é muito bom, sobretudo para quem não esta habituado com as mecânicas do jogo e até mesmo as raças e histórias. Ao fazê-lo, me senti muito mais seguro para a aventura, mesmo já sendo um veterano da franquia. Afinal de contas, sempre tem um detalhe ou outro que passa batido. Enfim, esse é um ponto positivo e que muito ajuda a quem tem o interesse de entrar de cabeça no jogo.

A narrativa de pano de fundo de Total War: WARHAMMER III nos coloca em uma localização distante dos confins do mundo e das guerras mesquinhas, onde há uma dimensão em que impera a magia nefasta. Este lugar é conhecido como o Reino do Caos, que é terrível e totalmente incompreensível para a mente de um mero mortal. Contudo, é um lugar que atrai a cobiça, já que promete poderes infinitos, que seduzem os que ousam encara-lo. Assim, os jogadores conhecerão localizações como as misteriosas Terras do Oriente até os diabólicos Reinos do Caos. E a cada facção, uma campanha diferente se desdobra nesse contexto citado.

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Se prepare para batalhas enormes em Total War: WARHAMMER III . (Imagem: Divulgação)

Seguindo a premissa dos jogos Total War, Total War: WARHAMMER III deixa claro que que cada escolha tomada de decisão ao longo da gestão de recursos, expansão e criação de exército determina o curso dos conflitos e da história por trás de cada um deles. Tudo isso fica explícito com a infinidade de ações e táticas que nós, jogadores, podemos tomar. Como um bom jogo de estratégia, gerenciamento de recursos e guerra, Total War: WARHAMMER III requer do jogador muito tempo e o mais importante: paciência. Afinal, um mero turno ou batalha pode durar tranquilamente 20 minutos ou mais. No entanto, vale lembrar que é prazerosa a sensação de controlar os exércitos.

As campanhas em Total War: WARHAMMER III prometem ser complexas, grandiosas e beeeem longas… Em cada uma delas, teremos a missão de salvar ou explorar os poderes de um deus moribundo. Cada raça conta com uma jornada exclusiva ao longo do Reino do Caos e cabe a nós, jogadores, trazer o desfecho para essa história que determinará o destino do universo Warhammer. A narrativa atrelada à jogabilidade é extremamente intensa, rica e interessante, além de ser muito bem explicada. Há muita coisa no jogo e em jogo, vale ressaltar.

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O nível de controle que temos do campo de batalha é muito interessante e tudo é bem explicado. (Imagem: Divulgação)

As novidades de Total War: WARHAMMER III 

Total War: WARHAMMER III traz novas e icônicas raças de World of Warhammer Fantasy Battles, incluindo as exclusivas Kislev e Cathay, além das facções do Caos: Khorne, Nurgle, Slaanesh e Tzeentch. Assim, temos a possibilidade de controlar diversos heróis lendários, criaturas bestiais, unidades voadoras e seres mágicos da franquia. Toda essa variedade, que pude testar ao longo da review, nos leva a perceber a complexidade nas batalhas e táticas, que podem englobar uma diversidade incrível de unidades terrestres ou aéreas que nos obrigam a jogar de diferentes maneiras na hora de montar e posicionar nossos exércitos.

A jogabilidade, típica da franquia Total War, traz muitos aspectos de gerenciamento, diálogos e combates intensos, tornando a experiência de jogabilidade variada, com as particularidades que cada facção conta. E tudo isso é muito bem explicado, mas não é simples de dominar. Felizmente, Total War: WARHAMMER III é legendado em português, fazendo toda a diferença o jogador compreender detalhadamente o que está acontecendo. Aliás, esse é o tipo de jogo que, caso você não entender o que é dito, certamente irá falhar, pois os diálogos são parte essencial da aventura e das tomadas de decisão apresentadas.

Total War WARHAMMER III 
Os personagens são incrivelmente poderosos e bem desenhados. (Imagem: Divulgação)

É nítido e até óbvio que Total War: WARHAMMER III conte com algumas premissas básicas similares ao que observamos em jogos como A Total War Saga Troy. Mas existem mecânicas específicas e que se adequam ao universo Warhammer que são um diferencial importante para o jogador entender. Ou seja, mais uma vez estamos diante de um jogo de uma complexidade e riqueza de detalhamentos típicos da série Total War, e isso pode afastar ou até frustrar alguns jogadores que são mais interessados na “ação pela ação”.

Outro ponto interessante é a customização dos personagens, que contam com variadas árvores de habilidades diferenciadas, itens e acompanhantes. Em especial, no caso do Daemon Prince, um baita personagem, à medida em que a Glória Demoníaca é conquistada, diversos Presentes Demoníacos são desbloqueados, permitindo um surpreendente grau de personalização que afeta o personagem a partir de sua aparência e estatísticas na batalha.

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As personalizações do Daemon Prince são incríveis. (Imagem: Divulgação)

Gráficos e sons

Total War: WARHAMMER III não é aquele jogo com gráficos absurdos de lindos, mas vale ressaltar que os mapas são detalhados e bem bonitos. Já no momento das batalhas, talvez o mais aguardado pelos jogadores, o game segue o padrão gráfico de outros jogos Total War, ou seja, não são nada de última geração, mas entregam perfeitamente o que se propõe, que é trazer controle e imersão nos campos de batalha. Já na parte sonora, Total War: WARHAMMER III também não deixa a desejar, trazendo exatamente a trilha sonora e os efeitos necessários para o jogo. Resumindo, é um jogo bem dublado (em inglês), esteticamente bonito e com riqueza de detalhes sonoros.

Vale a pena comprar Total War: WARHAMMER III?

Sendo fã dos jogos Total War e da franquia Warhammer, vejo que a versão final de Total War: WARHAMMER III entregou muito bem e sem bugs um conteúdo profundo e um ótimo fechamento para a trilogia. O game nos apresenta detalhadamente a história de cada herói e facção com belíssimas animações e ainda nos coloca em um cenário diferente, no Reino do Caos, a batalhar por incontáveis horas. Este é um jogo que toma muito tempo e prática, mas é recompensador em cada conquista. Sobretudo se ressaltarmos a complexidade das mecânicas apresentadas, que tomam um bom tempo para serem dominadas. Experiência e paciência são as palavras-chave.

Assim, Total War: WARHAMMER III é um ótimo jogo, embora mais voltado aos fãs da franquia ou de games de estratégia densa e em diversas frentes. E ao ter o material final em mãos, percebi o quão vasto é o universo apresentado pelo game, repleto de histórias de glória, guerra e desgraça. Aos jogadores de estratégia e fãs, um prato cheio. Já aos novatos, um baita desafio que pode render experiências bem interessantes. Talvez o único problema seja o alto preço do jogo, que está saindo a R$ 252,00. Porém, vale lembrar novamente que isso pode ser contornado ao assinar o Xbox Game Pass para PC, que terá o jogo disponível desde o lançamento.

*Review elaborada em um PC equipado com GeForce RTX com código fornecido pela SEGA.

Total War: WARHAMMER III

R$ 252,00
8.3

História

8.8/10

Jogabilidade

8.2/10

Gráficos e sons

8.2/10

Extras

8.0/10

Prós

  • Legendado em português do Brasil
  • Variação de heróis, campanhas e unidades
  • História sombria e muito interessante
  • Tutorial no início é excelente para novatos

Contras

  • Gráficos poderiam ser mais detalhados
  • A gestão de recursos e cidades pode ser difícil para alguns jogadores

Álvaro Saluan

Historiador e cientista social de formação, é completamente apaixonado por videogames e escreve sobre o tema há uns bons anos. Vê os jogos para além do entretenimento, considerando todo o processo como uma grande e diversificada arte.